O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branca, Bianca Sofia Conde da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/86459
Resumo: Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses apresentada à Faculdade de Direito
id RCAP_3566d6c8313ba0cd971195d1011a8881
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/86459
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justaThe internuptial term in portuguese law: the problem of just paternityPrazo internupcialEstabelecimento de paternidadeFiliaçãoInternuptial termEstablishment of paternityFiliationDissertação de Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses apresentada à Faculdade de DireitoOs prazos internupciais consagrados no nosso ordenamento jurídico consistem numa limitação das segundas núpcias, são um impedimento impediente, em que estas para se realizarem têm de respeitar um determinado período de tempo. Isto significa que qualquer um dos cônjuges que viu o seu casamento dissolvido por morte ou divórcio, declarado nulo ou anulável, tem de respeitar um prazo legal antes de ser autorizado a celebrar um novo casamento. Contudo este é diferente entre homem e mulher: ao primeiro aplica-se um prazo de cento e oitenta dias, à segunda de trezentos – arts. 1605º, nº1 do Código Civil e 1604º, al.b). As razões que o sustentam são essencialmente duas: em primeiro o tempus lugendi e em segundo a pretensão de evitar a turbatio sanguinis.Apesar de existirem algumas exceções a esta regra geral, coloca-se a questão de saber se esta deverá existir ou não atualmente, tendo em conta toda a evolução histórica, social e legislativa já vivida no nosso ordenamento. Torna-se necessário abordar a questão do prazo à luz dos princípios constitucionais que aparentam colidir com este, como sejam a igualdade dos cidadãos, o direito a celebrar casamento e até mesmo o direito a constituir família, princípios que aparentam estar de certo modo “abalados” pela essência e pelo resultado deste prazo. O instituto da filiação, o modo de estabelecimento da paternidade, o momento da conceção, o tempo de duração máxima e mínima da gravidez, a impugnação da paternidade e até os meios de prova admitidos na investigação da mesma, são todos eles, e a sua utilidade prática, postos em causa com a existência do prazo internupcial. Será então que o nosso ordenamento jurídico não tem já os meios e as formas necessárias à determinação a paternidade, sem existir a necessidade de uma limitação temporal?The internuptial term in the portuguese law consistis in a limitation to the second marriage, it is an impediment, that states that a determinate time window until he can remarry. That means that any spuse that has seen his marriage dissolved either be it by death, divorce or by legal annulment, yet that time window differs either we are talking about husband or wife. The difference in treatment is justified by legal stipulations, article 1605º Civil Code and with two principles, tempus lugandi and turbatio sanguinis. There are some few exceptions to the rule but the question in hand is if the internuptial term is still necessary and actual according to the social and historical evolution. And if they are in line with portuguese constitutional principles, both the equality principle and the freedom to marry. In this dissertation we will analyze if the principles, tempus lugandi and turbatio sanguinis, are still valid as a juridical and social argument, and how the Civil Code gives the solutions needed to resolve the situations that both argue that they prevent. We will too analyze the law projets presented by three parties and the viability of the proposed alterations to the internuptial term. In the end, we will gather all the information given us by the law, the principle, by the social and historical evolution, the evolution of the Civil Codes and jurisprudence to determinate if it is still needed in the portuguese law the existence of the internuptial term has we know it.2019-03-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/86459http://hdl.handle.net/10316/86459TID:202221377porBranca, Bianca Sofia Conde dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-01-02T11:30:18Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/86459Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:07:36.255509Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
The internuptial term in portuguese law: the problem of just paternity
title O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
spellingShingle O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
Branca, Bianca Sofia Conde da
Prazo internupcial
Estabelecimento de paternidade
Filiação
Internuptial term
Establishment of paternity
Filiation
title_short O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
title_full O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
title_fullStr O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
title_full_unstemmed O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
title_sort O prazo internupcial no nosso ordenamento jurídico: a questão da atribuição da paternidade justa
author Branca, Bianca Sofia Conde da
author_facet Branca, Bianca Sofia Conde da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Branca, Bianca Sofia Conde da
dc.subject.por.fl_str_mv Prazo internupcial
Estabelecimento de paternidade
Filiação
Internuptial term
Establishment of paternity
Filiation
topic Prazo internupcial
Estabelecimento de paternidade
Filiação
Internuptial term
Establishment of paternity
Filiation
description Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses apresentada à Faculdade de Direito
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-03-25
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/86459
http://hdl.handle.net/10316/86459
TID:202221377
url http://hdl.handle.net/10316/86459
identifier_str_mv TID:202221377
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133967116402688