A TRANSMISSÃO INTERGERACIONAL DOS COMPORTAMENTOS SUICIDÁRIOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: , Sara Sousa Ticló
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: , Carolina Vieira da Costa, , Mara Costa de Sousa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/rpp/article/view/24505
Resumo: A psicopatologia parental tem sido associada a um conjunto de consequências negativas no desenvolvimento psicoafetivo dos filhos. No caso particular dos comportamentos suicidários, muitas vezes inseridos numa doença psiquiátrica, tem-se verificado a manutenção intergeracional deste padrão, com início, geralmente, na fase da adolescência. Neste artigo, parte-se de uma vinheta clínica para fazer uma revisão teórica sobre a transmissão intergeracional dos comportamentos suicidários, por forma a contribuir para uma melhor compreensão e abordagem dos adolescentes e suas famílias na consulta de Pedopsiquiatria. Evidencia-se, para além da transmissão hereditária das doenças psiquiátricas, a persistência, ao longo das gerações, de traços de personalidade como a propensão a reagir com agressividade ou hostilidade perante frustrações e provocações, a exposição a eventos adversos durante a infância e a manutenção de ciclos replicativos de ambientes familiares pouco estruturados/funcionais. Concluímos que a melhor compreensão dos mecanismos subjacentes à transmissão familiar dos comportamentos suicidários tem sido determinante para a identificação destes indivíduos e elaboração de estratégias de prevenção e intervenção efetivas. Realçamos a necessidade de vigilância das crianças e dos adolescentes cujos progenitores apresentem sintomatologia deste tipo.
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