Drivers and potential invasiveness of Eucalyptus globulus in the Iberian Peninsula

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queirós, Luís André Martins Esteves de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9692
Resumo: No último século o Eucalipto tornou-se uma das espécies de crescimento rápido mais popular no planeta. Originário da Austrália, hoje encontra-se na América do Norte e Sul, Africa, Asia, Oceânia e Europa. A Península Ibérica tem provavelmente a maior área de ocupação desta espécie na Europa, sendo a espécie florestal predominante em Portugal. Esta expansão, deve-se principalmente ao seu valor económico para produção de fibra, mas a sua expansão pode afetar os ecossistemas nativos com consequências negativas. Em palgumas regiões esta espécie apresenta um caráter invasor e reproduz-se naturalmente fora das plantações. Na Península Ibérica este comportamento já foi observado e este estudo, baseado na análise de transectos realizados na beira de estradas, pretende conhecer se este comportamento é comum e determinar os seus drivers principais. Selecionámos 4178 transectos (perto de plantações de eucalipto) na Península Ibérica e através do Google Street View, contámos o número de plantas de eucalipto que se instalaram na berma da estrada e registámos outros fatores locais como o declive, exposição, ocupação do solo, tipo de povoamento e a sua maturidade. A análise da frequência da regeneração natural na beira de estradas, mostrounos uma presença de plantas de eucalipto em 33% dos transectos realizados, variando entre 0 e 5882 plantas por hectare. Determinámos os principais drivers da naturalização do eucalipto através de uma Boosted Regression Tree, com uma análise para as variáveis locais e outra para as variáveis regionais. Os resultados obtidos demostram que as variáveis bioclimáticas são mais importantes do que as condições locais. A precipitação anual e a sazonalidade da temperatura representaram mais de metade da importância relativa de todas as variáveis regionais, e ao nível local, a existência de solo nu e uma exposição a norte foram os fatores mais importantes para determinar a naturalização de eucalipto. Utilizando um modelo de distribuição de espécies com a densidade de plantas de eucalipto e as variáveis bioclimáticas e geológicas, foi produzido um mapa de risco de naturalização para a Península Ibérica. Recorrendo a um Sistema de Informação Geográfica, combinámos esta informação com a ocupação atual de Eucalyptus globulus da Península Ibérica, e com o seu potencial para plantação de eucalipto. Os resultados mostram que a maior parte da Península Ibérica não é adequada para a plantação de eucalipto, mas este já está presente na maior parte da área com melhores condições. Existem áreas de baixo risco de naturalização, mas a área com maior risco, encontra-se na sua maioria já ocupada com E. globulus. Na região mais a sul da Península Ibérica (perto de Cadiz), existe a maior área classificada com um risco moderado, ainda sem eucalipto.
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spelling Drivers and potential invasiveness of Eucalyptus globulus in the Iberian PeninsulaEucalyptus globulusGoogle Street ViewNo último século o Eucalipto tornou-se uma das espécies de crescimento rápido mais popular no planeta. Originário da Austrália, hoje encontra-se na América do Norte e Sul, Africa, Asia, Oceânia e Europa. A Península Ibérica tem provavelmente a maior área de ocupação desta espécie na Europa, sendo a espécie florestal predominante em Portugal. Esta expansão, deve-se principalmente ao seu valor económico para produção de fibra, mas a sua expansão pode afetar os ecossistemas nativos com consequências negativas. Em palgumas regiões esta espécie apresenta um caráter invasor e reproduz-se naturalmente fora das plantações. Na Península Ibérica este comportamento já foi observado e este estudo, baseado na análise de transectos realizados na beira de estradas, pretende conhecer se este comportamento é comum e determinar os seus drivers principais. Selecionámos 4178 transectos (perto de plantações de eucalipto) na Península Ibérica e através do Google Street View, contámos o número de plantas de eucalipto que se instalaram na berma da estrada e registámos outros fatores locais como o declive, exposição, ocupação do solo, tipo de povoamento e a sua maturidade. A análise da frequência da regeneração natural na beira de estradas, mostrounos uma presença de plantas de eucalipto em 33% dos transectos realizados, variando entre 0 e 5882 plantas por hectare. Determinámos os principais drivers da naturalização do eucalipto através de uma Boosted Regression Tree, com uma análise para as variáveis locais e outra para as variáveis regionais. Os resultados obtidos demostram que as variáveis bioclimáticas são mais importantes do que as condições locais. A precipitação anual e a sazonalidade da temperatura representaram mais de metade da importância relativa de todas as variáveis regionais, e ao nível local, a existência de solo nu e uma exposição a norte foram os fatores mais importantes para determinar a naturalização de eucalipto. Utilizando um modelo de distribuição de espécies com a densidade de plantas de eucalipto e as variáveis bioclimáticas e geológicas, foi produzido um mapa de risco de naturalização para a Península Ibérica. Recorrendo a um Sistema de Informação Geográfica, combinámos esta informação com a ocupação atual de Eucalyptus globulus da Península Ibérica, e com o seu potencial para plantação de eucalipto. Os resultados mostram que a maior parte da Península Ibérica não é adequada para a plantação de eucalipto, mas este já está presente na maior parte da área com melhores condições. Existem áreas de baixo risco de naturalização, mas a área com maior risco, encontra-se na sua maioria já ocupada com E. globulus. Na região mais a sul da Península Ibérica (perto de Cadiz), existe a maior área classificada com um risco moderado, ainda sem eucalipto.In the last century, Eucalyptus became one of the most popular fast growing species in the world. Originally from Australia, today it is found in North and South America, Africa, Asia and Europe. The Iberian Peninsula has probably the most significant occupation of this species in Europe, and it is the predominant forestry species in Portugal. Its success is primarily due to its economic value, but its expansion may have adverse effects in native ecosystems. In some regions this plant has presented an invasive behavior, naturally expanding beyond plantation edges. This behavior was observed in the Iberian Peninsula, and this study aims to determine how typical is this behavior and what are its main drivers. We selected 4178 surveyed transects in the Iberian Peninsula using Google Street View, in roadsides near E. globulus plantations, counting the number of wildlings. We used the estimated density of wildlings per ha and observed the presence of wildlings in 33% of the transects varying from 0 to 5882 per ha. We determined its main drivers with a Boosted Regression Trees Analysis, dividing or analysis between local and regional variables. Overall the relative importance of the selected variables shows us that bioclimatic conditions are more important than local conditions. Annual precipitation and temperature seasonality represented more than half of the relative importance of the regional variables, and at the local level, a northern aspect and bare soil cover are the most critical factors for wildling prediction. Using a species distribution model (BioMod) with the density of wildlings, bioclimatic variables, and geological variables, we created a naturalization risk probability map for the Iberian Peninsula. In a Geographical Information System environment (GIS), we compared this information with the current distribution of E. globulus and the environmental suitability potential for cultivation of E. globulus in the Iberian Peninsula. The resulting maps, show that most of the areas at a higher risk of naturalization already have a presence of E. globulus. The main exception is an area at the southernmost of the Iberian Peninsula (near Cadiz) where there is a medium risk and E. globulus plantations are absent. There is a significant area where E. globulus is present but with no risk of wildling establishment, however, areas with low risk and an absence of Eucalyptus plantations are rare. Most of the Iberian Peninsula is not suitable for plantations of E. globulus, but it already exists in most places where it is.2020-02-26T15:58:21Z2019-11-04T00:00:00Z2019-11-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/9692engmetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessQueirós, Luís André Martins Esteves dereponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:49:29Zoai:repositorio.utad.pt:10348/9692Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:51.752653Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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