Níveis de ansiedade e toma de ansiolíticos durante a pandemia COVID-19 por profissionais de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/41995 |
Resumo: | O primeiro caso da doença por coronavírus, mais tarde conhecida como COVID-19, foi detetado na China em meados de dezembro de 2019, e rapidamente se espalhou por todos os continentes, causando uma pandemia. No combate a esta pandemia, os profissionais de saúde têm um papel fulcral, a quem é exigido uma enorme resistência física e psicológica. O esforço realizado pelos profissionais de saúde durante esta época gerou grandes níveis de ansiedade e medo, que pode potenciar outro grande problema de saúde pública, a saúde mental. Neste sentido, este estudo pretende avaliar os níveis de ansiedade e a toma de ansiolíticos dos profissionais de saúde durante a pandemia COVID-19. Assim sendo, foi aplicado um questionário para a obtenção dos dados sobre o estado de ansiedade dos profissionais de saúde e o seu recurso a ansiolíticos. Primeiramente, este trabalho consistiu numa revisão bibliográfica que compila a diversa informação sobre a ansiedade, desde a sua definição, os principais sinais e sintomas, o diagnóstico e o tratamento, através do recurso a medicamentos, como os ansiolíticos, ou o tratamento não farmacológico, e a incidência desta patologia em Portugal. Na segunda etapa, este trabalho apresenta um estudo descritivo, correlacional e retrospetivo realizado a 614 profissionais de saúde através de um questionário, dos quais 81,8% eram do género feminino e 18,2% do género masculino, com idade média de 35,36 anos. Destes 10,3% eram médicos, 9,1% enfermeiros, 45,4% profissionais de farmácia, 30,1% técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica. Estes profissionais apresentavam níveis de 24,4% de ansiedade moderada e 9,9% de ansiedade grave. Dos inquiridos, 16% referiram consumir habitualmente medicamentos para o controlo da ansiedade, 19,7% mencionaram recorrer à toma de ansiolíticos durante a pandemia COVID-19 e 61,03% recorreram à prática de exercício físico para o alívio da ansiedade. Considerando a análise dos níveis de ansiedade, os profissionais de saúde do género feminino (11,2%), os enfermeiros (23,2%) e os profissionais que exercem funções nas unidades de cuidados de saúde primários (14,0%) apresentam valores significativamente mais elevados. Por fim, os inquiridos que apresentaram maior consumo de ansiolíticos na COVID-19 foram os médicos (38,1%), os enfermeiros (33,9%) e os profissionais de saúde (24,2%) que possuem pessoas a seu cargo. Através da realização deste trabalho foi possível verificar que a pandemia da COVID-19 não provocou apenas problemas de saúde física, mas também danos na saúde psicológica. Existem profissionais que revelaram níveis de ansiedade elevados e que recorreram ao consumo de ansiolíticos para o seu tratamento. Isto mostra que é necessário monitorizar e promover ambientes psicologicamente mais saudáveis para os profissionais de saúde e garantir o bom uso de medicamentos ansiolíticos. |
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Níveis de ansiedade e toma de ansiolíticos durante a pandemia COVID-19 por profissionais de saúdeAnsiedadeCOVID-19Profissionais de saúdeTratamento farmacológicoTratamento não farmacológicoAnsiolíticosAnxietyHealthcare professionalsPharmacological treatmentNon-pharmacological treatmentAnxiolyticsCiências MédicasO primeiro caso da doença por coronavírus, mais tarde conhecida como COVID-19, foi detetado na China em meados de dezembro de 2019, e rapidamente se espalhou por todos os continentes, causando uma pandemia. No combate a esta pandemia, os profissionais de saúde têm um papel fulcral, a quem é exigido uma enorme resistência física e psicológica. O esforço realizado pelos profissionais de saúde durante esta época gerou grandes níveis de ansiedade e medo, que pode potenciar outro grande problema de saúde pública, a saúde mental. Neste sentido, este estudo pretende avaliar os níveis de ansiedade e a toma de ansiolíticos dos profissionais de saúde durante a pandemia COVID-19. Assim sendo, foi aplicado um questionário para a obtenção dos dados sobre o estado de ansiedade dos profissionais de saúde e o seu recurso a ansiolíticos. Primeiramente, este trabalho consistiu numa revisão bibliográfica que compila a diversa informação sobre a ansiedade, desde a sua definição, os principais sinais e sintomas, o diagnóstico e o tratamento, através do recurso a medicamentos, como os ansiolíticos, ou o tratamento não farmacológico, e a incidência desta patologia em Portugal. Na segunda etapa, este trabalho apresenta um estudo descritivo, correlacional e retrospetivo realizado a 614 profissionais de saúde através de um questionário, dos quais 81,8% eram do género feminino e 18,2% do género masculino, com idade média de 35,36 anos. Destes 10,3% eram médicos, 9,1% enfermeiros, 45,4% profissionais de farmácia, 30,1% técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica. Estes profissionais apresentavam níveis de 24,4% de ansiedade moderada e 9,9% de ansiedade grave. Dos inquiridos, 16% referiram consumir habitualmente medicamentos para o controlo da ansiedade, 19,7% mencionaram recorrer à toma de ansiolíticos durante a pandemia COVID-19 e 61,03% recorreram à prática de exercício físico para o alívio da ansiedade. Considerando a análise dos níveis de ansiedade, os profissionais de saúde do género feminino (11,2%), os enfermeiros (23,2%) e os profissionais que exercem funções nas unidades de cuidados de saúde primários (14,0%) apresentam valores significativamente mais elevados. Por fim, os inquiridos que apresentaram maior consumo de ansiolíticos na COVID-19 foram os médicos (38,1%), os enfermeiros (33,9%) e os profissionais de saúde (24,2%) que possuem pessoas a seu cargo. Através da realização deste trabalho foi possível verificar que a pandemia da COVID-19 não provocou apenas problemas de saúde física, mas também danos na saúde psicológica. Existem profissionais que revelaram níveis de ansiedade elevados e que recorreram ao consumo de ansiolíticos para o seu tratamento. Isto mostra que é necessário monitorizar e promover ambientes psicologicamente mais saudáveis para os profissionais de saúde e garantir o bom uso de medicamentos ansiolíticos.The first case of the coronavirus disease, later known as COVID-19, was detected in China in mid-December 2019, and it quickly spread across all continents, causing a pandemic. In the fight against this pandemic, health professionals have a key role and are required to have enormous physical and psychological resistance. The effort made by health professionals during this situation has generated high levels of anxiety and fear, which can potentiate another major public health problem, mental health. Therefore, this study aims to assess anxiety levels and the use of anxiolytics by health professionals during the COVID-19 pandemic. Therefore, a questionnaire was applied to acquire data on the anxiety characteristics of health professionals and their use of anxiolytics. Firstly, this work consisted of a bibliographic review that compiles the diverse information on anxiety, from its definition, the principal signs and symptoms, diagnosis, and treatment, using drugs, such as anxiolytics, or non-pharmacological treatment, and the incidence of this pathology in Portugal. In the second stage, this work presents a descriptive, correlational, and retrospective study carried out with 614 health professionals through a questionnaire, of which 81.8% were female and 18.2% male, with an average age of 35, 36 years. Of these, 10.3% were physicians, 9.1% were nurses, 45.4% were pharmacy professionals, and 30.1% were senior diagnostic and therapeutic technicians. These professionals had levels of 24.4% of moderate anxiety and 9.9% of severe anxiety. Of the respondents, 16% reported habitually consuming medication to control anxiety, 19.7% mentioned taking anxiolytics during the COVID-19 pandemic and 61.03% resorted to physical exercise to relieve anxiety. Considering the analysis of anxiety levels, female health professionals (11.2%), nurses (23.2%) and professionals working in primary health care units (14.0%) present significantly higher values. Finally, the respondents who had the highest consumption of anxiolytics in COVID-19 were doctors (38.1%), nurses (33.9%) and health professionals (24.2%) who have people in their care. Through this work, it was possible to verify that the COVID-19 pandemic not only caused physical health problems but also damage to psychological health. There are professionals who have revealed high levels of anxiety and who use anxiolytics for their treatment. This shows that it is necessary to monitor and promote psychologically healthier environments for health professionals and ensure the good use of anxiolytic drugs.Balteiro, JorgeRocha, ClaraFeliciano, FátimaRepositório ComumPereira, Diana Oliveira2022-10-19T15:55:41Z20222022-05-312022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/41995203081595porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-10-27T02:15:31Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/41995Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:12:10.083459Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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