Diferenças antropométricas e do arco longitudinal medial do pé entre duas localidades, da Região Autónoma da Madeira e Região Norte de Portugal Continental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ornelas, Maria Dina Oliveira de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/1935
Resumo: Objetivo: Verificar a existência de diferenças nas medidas antropométricas e no arco longitudinal medial (ALM) do pé entre as localidades Estreito de Câmara de Lobos (ECL) e Paços de Brandão (PB). Analisar a concordância e calibrar diferentes métodos de avaliação de parâmetros de pedigrafias usados na medição do ALM do pé. Metodologia: Desenhou-se um estudo analítico observacional, com recolha de dados momentânea (estudo transversal). A amostra foi não probabilística por conveniência, sendo constituída por 86 participantes de cada localidade, estratificada por grupo etário e género segundo dados do Censos 2011. Realizou-se um questionário com dados sociodemográficos, tipo de calçado e atividade física diária. Foram adquiridas pedigrafias em estática e considerados quatro métodos de avaliação de parâmetros de pedigrafias. Foram analisadas as medidas antropométricas do pé mais comuns assim como o volume do pé através de pletismografia de água. Analisou-se o grau de associação entre os diferentes métodos através do coeficiente de correlação de Pearson (r) e a concordância dos sistemas de classificação com o coeficiente kappa (κ) de Cohen. A análise comparativa das características antropométricas e do ALM do pé entre localidades foi efetuada com os testes t-student e do qui-quadrado (χ2), respetivamente. Resultados e discussão: A repetibilidade intra-observador foi excelente (ICC>0,8) nos métodos Índice do arco (AI), Índice da impressão (FPI) e Índice de Chippaux-Smirak (CSI) e satisfatória (ICC=0,6) no caso do Ângulo do arco (AA). Os métodos AI, CSI e FPI apresentaram também forte correlação entre eles (r entre 0,873 e 0,959) e correlações moderadas com AA (|r| entre 0,613 e 0,720). No entanto, a concordância entre os sistemas de classificação sugeridos na literatura foi pobre (κ<0,40). Após reclassificação dos métodos em tercis, a concordância entre AI e CSI foi excelente (κ>0,75) e moderada entre estes com FPI (κ entre 0,53 e 0,61). Não existiram diferenças entre localidades na idade, tamanho do calçado, peso, estatura e IMC dos participantes. No entanto, foram encontradas diferenças significativas no ALM do pé direito entre as localidades ECL e PB (AI: p=0,031; CSI: p=0,035) e nas variáveis largura metatársica (p<0,05) e todos os perímetros analisados (perímetros metatársico e do peito do pé: p<0,001; perímetros de entrada no pé e maleolar: p<0,05). Conclusão: Existe uma associação significativa no pé direito do ALM com a localidade, assim como diferenças significativas entre ECL e PB na largura metatársica e em todos os perímetros. Existe associação entre os métodos calibrados em tercis, mostrando que a discordância observada entre os sistemas de classificação sugeridos na literatura é fundamentalmente devida a inconsistências no critério de definição dos pontos de corte, sendo recomendada a aplicação do método CSI pela sua simplicidade e rapidez de cálculo.
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