Festa e identidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Joaquim de Sousa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/10485
Resumo: A festa é, por definição, um evento colectivo. Depois de uma breve crítica a algumas teorias, conclui-se pela importância de dois elementos nucleares: o formal (o objecto da festa) e o material (os ingredientes). Toda a festa é cerimónia e festividade. O tempo da festa, essencial na sua caracterização, é uma ruptura com o tempo anódino, visando dar mais sentido à existência de quem celebra. Apesar do fim de certas festas na Europa moderna, do avanço do utilitarismo racionalista e das revoluções, defende-se o carácter antropologicamente necessário da celebração festiva e o seu papel insuprível no processo de identificação dos indivíduos, dos grupos sociais, das nações. Contra a tentativa pós-moderna e pagã de fazer da festa um acontecimento de indiferenciação ou dissolução na Natureza, reivindica-se, no seio da própria exultação festiva, a «diferenciação da consciência».
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