Uso da internet, psicopatologia e qualidade de vida em estudantes portugueses de ensino superior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/23114 |
Resumo: | Nos últimos anos surgiu uma crescente preocupação com a dependência da internet, sendo que a literatura científica evidencia uma associação entre a dependência da internet e perturbações psiquiátricas. Este estudo procurou caracterizar os estudantes de ensino superior quanto à psicopatologia e dependência da internet, bem como avaliar a psicopatologia e a qualidade de vida em estudantes com diferentes usos da internet. O estudo incluiu 302 estudantes que responderam a um protocolo de questionários: o sociodemográfico, o Internet Addiction Test (Young, 1998; versão portuguesa: Pontes, Patrão, & Griffiths, 2014), o Brief Sympton Inventory (Derogatis, 1993; versão portuguesa: Canavarro, 1995), a Escala de Cognições e Comportamentos na Ansiedade aos Exames (Pinto-Gouveia, Pereira, & Melo, 2005) e o WHOQOL-Bref (WHOQOL Group, 1994; versão portuguesa: Canavarro et al., 2006). Os resultados demonstraram que 67.20% dos participantes manifestaram sintomas de dependência da internet, nomeadamente suave (49.30%) e moderada (17.90%). Os estudantes com dependência moderada e suave da internet apresentaram níveis superiores de psicopatologia e, adicionalmente, menores níveis de qualidade de vida comparativamente com os estudantes não dependentes. Além disso, o número de horas despendidas em redes sociais apareceu associado positivamente com a ansiedade fóbica, ansiedade aos exames, número de queixas sintomáticas e negativamente com os domínios físico e psicológico da qualidade de vida, assim como com a qualidade de vida em geral e perceção geral de saúde. Este estudo sugere que quanto mais grave é a dependência da internet maiores são os níveis de sintomatologia psicopatológica e, simultaneamente, menores os níveis de qualidade de vida. Estes contributos reforçam a importância do desenvolvimento de intervenções primárias direcionadas ao uso da internet |
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Uso da internet, psicopatologia e qualidade de vida em estudantes portugueses de ensino superiorPsicologia clínicaRecursos na InternetQualidade de vida - Alunos do superiorPsicopatologiaEnsino superior - PortugalNos últimos anos surgiu uma crescente preocupação com a dependência da internet, sendo que a literatura científica evidencia uma associação entre a dependência da internet e perturbações psiquiátricas. Este estudo procurou caracterizar os estudantes de ensino superior quanto à psicopatologia e dependência da internet, bem como avaliar a psicopatologia e a qualidade de vida em estudantes com diferentes usos da internet. O estudo incluiu 302 estudantes que responderam a um protocolo de questionários: o sociodemográfico, o Internet Addiction Test (Young, 1998; versão portuguesa: Pontes, Patrão, & Griffiths, 2014), o Brief Sympton Inventory (Derogatis, 1993; versão portuguesa: Canavarro, 1995), a Escala de Cognições e Comportamentos na Ansiedade aos Exames (Pinto-Gouveia, Pereira, & Melo, 2005) e o WHOQOL-Bref (WHOQOL Group, 1994; versão portuguesa: Canavarro et al., 2006). Os resultados demonstraram que 67.20% dos participantes manifestaram sintomas de dependência da internet, nomeadamente suave (49.30%) e moderada (17.90%). Os estudantes com dependência moderada e suave da internet apresentaram níveis superiores de psicopatologia e, adicionalmente, menores níveis de qualidade de vida comparativamente com os estudantes não dependentes. Além disso, o número de horas despendidas em redes sociais apareceu associado positivamente com a ansiedade fóbica, ansiedade aos exames, número de queixas sintomáticas e negativamente com os domínios físico e psicológico da qualidade de vida, assim como com a qualidade de vida em geral e perceção geral de saúde. Este estudo sugere que quanto mais grave é a dependência da internet maiores são os níveis de sintomatologia psicopatológica e, simultaneamente, menores os níveis de qualidade de vida. Estes contributos reforçam a importância do desenvolvimento de intervenções primárias direcionadas ao uso da internetIn recent years there has been a rising concern with internet dependency. Scientific literature has pointed out a possible connection between internet addiction and psychiatric disorders. This study aimed to characterize higher education students regarding psychopathology and internet dependency, as well as to evaluate student’s psychopathology and quality of life with different internet use. The study included 302 students which answered a series of questionnaires, including a sociodemographic, the Internet Addiction Test (Young, 1998; portuguese version: Pontes, Patrão, & Griffiths, 2014), the Brief Symptom Inventory (Derogatis, 1993; portuguese version: Canavarro, 1995), the Cognitive and Behavioral Scale Related to Test Anxiety (Pinto-Gouveia, Pereira, & Melo, 2005) and the WHOQOL-Bref (WHOQOL Group, 1994; portuguese version: Canavarro et al., 2006). The results demontrated that 67.20% of the participants displayed symptoms of internet dependency, 49.30% mild and 17.90% moderate. Students with a moderate and mild internet dependency manifested higher levels of psychopathology and exhibited a lower quality of life, compared to students which did not exhibited internet dependency symptoms. Furthermore, the number of hours spent on social media was shown to be positively associated with phobic anxiety, test anxiety, number of symptomatic complains and negatively associated with both the physic and psychological domain of the quality of life, as well as quality of life in a broader sense and health perception. This study suggests that the more severe the internet dependency, the greater the severity of psychopathological symptomatology and, simultaneously, worsening the quality of life. These contributions reinforce the importance of the development of primary interventions directed to the use of the internet.Universidade de Aveiro2018-05-14T10:01:45Z2017-01-01T00:00:00Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/23114TID:201940205porMarques, Marisa Cristina de Oliveira Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:45:04Zoai:ria.ua.pt:10773/23114Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:57:00.648804Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Nos últimos anos surgiu uma crescente preocupação com a dependência da internet, sendo que a literatura científica evidencia uma associação entre a dependência da internet e perturbações psiquiátricas. Este estudo procurou caracterizar os estudantes de ensino superior quanto à psicopatologia e dependência da internet, bem como avaliar a psicopatologia e a qualidade de vida em estudantes com diferentes usos da internet. O estudo incluiu 302 estudantes que responderam a um protocolo de questionários: o sociodemográfico, o Internet Addiction Test (Young, 1998; versão portuguesa: Pontes, Patrão, & Griffiths, 2014), o Brief Sympton Inventory (Derogatis, 1993; versão portuguesa: Canavarro, 1995), a Escala de Cognições e Comportamentos na Ansiedade aos Exames (Pinto-Gouveia, Pereira, & Melo, 2005) e o WHOQOL-Bref (WHOQOL Group, 1994; versão portuguesa: Canavarro et al., 2006). Os resultados demonstraram que 67.20% dos participantes manifestaram sintomas de dependência da internet, nomeadamente suave (49.30%) e moderada (17.90%). Os estudantes com dependência moderada e suave da internet apresentaram níveis superiores de psicopatologia e, adicionalmente, menores níveis de qualidade de vida comparativamente com os estudantes não dependentes. Além disso, o número de horas despendidas em redes sociais apareceu associado positivamente com a ansiedade fóbica, ansiedade aos exames, número de queixas sintomáticas e negativamente com os domínios físico e psicológico da qualidade de vida, assim como com a qualidade de vida em geral e perceção geral de saúde. Este estudo sugere que quanto mais grave é a dependência da internet maiores são os níveis de sintomatologia psicopatológica e, simultaneamente, menores os níveis de qualidade de vida. Estes contributos reforçam a importância do desenvolvimento de intervenções primárias direcionadas ao uso da internet |
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