Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/2482 |
Resumo: | Trabalho apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas |
id |
RCAP_367231976cbcaf751bda8c0bd8c09f33 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:bdigital.ufp.pt:10284/2482 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírusTrabalho apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências FarmacêuticasA família Picornaviridae consiste em mais de 200 espécies de vírus associados a enumeras doenças com um elevado interesse clínico, entre as quais, poliomielite, meningite asséptica, constipação e encefalite. Esta família engloba 12 géneros, quatro dos quais (Enterovírus, Hepatovírus, Parechovírus e Kobuvírus) são patogénicos para o homem. Os picornavírus são vírus de RNA positivo constituídos por uma cápside icosaédrica regular. Estes vírus são responsáveis por infecções endémicas, como é o caso do Poliovírus e infecções de carácter epidémico como no caso do Rhinovírus. A intensidade da doença é muito variável, uma vez que na maior parte dos casos estamos perante uma doença assintomática ou um quadro clínico ligeiro que apresenta uma resolução espontânea, mas em outros casos pode originar um quadro patológico grave. Até ao momento não existe nenhuma molécula aprovada para o tratamento específico de infecção por picornavírus. No entanto devido à gravidade de determinadas doenças como é o caso da poliomielite e da hepatite foram desenvolvidas vacinas de modo, a travar a gravidade das infecções e no caso da poliomielite foi possível limitar o seu carácter endémico. Uma vez, que a maior parte das infecções são de resolução espontânea, apenas se realiza o tratamento dos sintomas que o doente apresenta. Contudo devido à enorme influência económica e social das infecções por picornavírus encontram-se em desenvolvimento várias drogas para uso nestas infecções, as quais serão discutidas apesar do seu carácter experimental. Até à data foram desenvolvidos cerca de 100 compostos que demonstraram in vitro, actividade contra picornavírus. Estes actuam em diferentes etapas do ciclo viral, nomeadamente o bloqueio da interacção vírus-receptor, desencapsulação, replicação do RNA viral, síntese de proteínas virais ou a susceptibilidade da célula. Apesar do enorme número de possíveis fármacos para uso neste tipo de vírus, muitos deles não atingiram a fase de ensaios clínicos. Este facto ficou a dever-se a problemas relacionados com a sua fraca biodisponibilidade, eficácia, toxicidade e segurança. Os ensaios clínicos em curso para as restantes drogas ainda não permitiram a sua aprovação para uso comercial. A ausência de aprovações relaciona-se em alguns casos com a fase precoce dos ensaios clínicos, e noutros casos com a dificuldade de encontrar drogas cujos efeitos secundários não ultrapassem o risco de uma infecção que habitualmente se resolve espontaneamente. The Picornaviridae family consists of over 200 species of viruses associated to countless diseases with a high clinical interest, including, poliomyelitis, aseptic meningitis, common cold and encephalitis. This family includes 12 genera, four of which (Enteroviruses, Hepatoviruses, Parechoviruses and Kobuviruses) are pathogenic to humans. The Picornaviruses are RNA viruses consisting of a positive regular icosahedral capsid. They are responsible for endemic infections, such as the Polioviruses and infections of epidemic character as is the case of Rhinoviruses. The intensity of the disease is highly variable, since in most cases we are dealing with an asymptomatic or mild clinical condition that presents a spontaneous resolution, but in other cases it can cause a severe pathological condition. There is, to date, no molecule approved for the specific treatment of picornavírus infection. However due to the severity of certain diseases, as is the case of polio and hepatitis, vaccines were developed to curb the severity of infections and in the case of polio it’s use has limited it’s endemic nature. Given that the majority of infections are of spontaneous resolution, only symptomatic treatment is carried out. Despite the fact that, to date, no molecule has been approved for the specific treatment of picornavírus infection, it’s economic and social burden has driven intensive research in a number of promissing experimental molecules that will be discussed. So far about 100 compounds have been developed that showed in vitro activity against picornaviruses. These act at different stages of the viral cycle, namely the blocking of virus-receptor interaction, uncoating, replication of viral RNA, synthesis of viral proteins or the susceptibility of the cell. Despite the huge number of potential drugs for use in this type of virus, many have not reached the stage of clinical trials. This was due to problems related to their poor bioavailability, efficacy, toxicity and safety. The ongoing clinical trials for other drugs has not yet allowed its approval for commercial use. The lack of approval relates in some cases with early stage clinical trials and in other cases with the difficulty of finding drugs whose side effects do not outweigh the risk of an infection that usually resolves spontaneously.[s.n.]Cabeda, José ManuelRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaSousa, Inês Escudero de2012-01-25T12:05:40Z2011-01-01T00:00:00Z2011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/2482porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:01:58Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/2482Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:39:34.226936Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
title |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
spellingShingle |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus Sousa, Inês Escudero de |
title_short |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
title_full |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
title_fullStr |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
title_full_unstemmed |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
title_sort |
Terapêutica farmacológica antiviral específica em infecções por picornavírus |
author |
Sousa, Inês Escudero de |
author_facet |
Sousa, Inês Escudero de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Cabeda, José Manuel Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sousa, Inês Escudero de |
description |
Trabalho apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-01-01T00:00:00Z 2011-01-01T00:00:00Z 2012-01-25T12:05:40Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10284/2482 |
url |
http://hdl.handle.net/10284/2482 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
[s.n.] |
publisher.none.fl_str_mv |
[s.n.] |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130259933626368 |