Ondas de choque ou mobilização de tecidos moles, qual a técnica mais eficaz no tratamento de cicatrizes de cesariana: estudo randomizado controlado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Judite Fartaria
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19704
Resumo: Associadas a cicatrizes anormais estão as consequências funcionais, estéticas, psicológicas e sociais. As ondas de choque surgem como uma abordagem imergente, contudo a sua evidência ainda é escassa. Verificar qual a intervenção mais eficaz, mobilização de tecidos moles (MT) ou ondas de choque radiais (OC), na diminuição da dor e na melhoria do aspeto funcional e estético da cicatriz para cicatrizes de cesariana. 25 mulheres com cicatrizes de cesariana entre 1 e 18 meses foram distribuídas de forma aleatória por 3 grupos: Grupo ondas de choque (GOC), grupo mobilização de tecidos moles (GMT) e grupo placebo (GP). Foram avaliadas em 2 momentos MO no início do tratamento e M1, 10 a 12 dias após a última intervenção. A pigmentação, vascularidade, elasticidade, altura foi avaliada através da escala de Vancouver; dor à pressão, através do recurso à escala numérica da dor e a mobilidade da cicatriz foi avaliada com recurso ao aderimento modificado. Na análise estatística forma utilizados os testes Kruskal-wallis e de Fisher com um nível de significância de 0,05. A escala de Vancouver apresentou diferenças significativas nos grupos experimentais (p<0,05) comparativamente com o placebo em M1. Os 2 grupos experimentais apresentaram ainda diferenças significativas entre momentos M0 e M1. Nos questionários índice de qualidade de vida dermatológico e satisfação com vida não apresentam diferenças significativas entre grupos nem entre momentos. Na escala numérica da dor e na mobilidade da cicatriz, apesar de se terem observado alterações intragrupo, as diferenças entre grupos não se demonstraram relevantes. Após as 8 sessões de tratamento, os resultados na diminuição da dor e melhoria da mobilidade da cicatriz não foram conclusivos, não demonstrando uma supremacia de nenhum dos procedimentos de intervenção sobre os outros. Apesar de ambos os procedimentos de intervenção serem eficazes no aumento da funcionalidade e aspeto da cicatriz, não parece existir diferenças entre os dois procedimentos.
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