Actividades biológicas e estruturas secretoras de três espécies de Asteraceae da flora aromática portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Margarida Colaço, 1982-
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/6234
Resumo: Tese de mestrado. Biologia (Biologia Celular e Biotecnologia). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2011
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spelling Actividades biológicas e estruturas secretoras de três espécies de Asteraceae da flora aromática portuguesaBiologia celularEstruturas secretorasPlantas aromáticasPlantas medicinaisTeses de mestrado - 2011Tese de mestrado. Biologia (Biologia Celular e Biotecnologia). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2011A Flora Portuguesa é muito rica em espécies aromáticas, utilizadas desde há séculos, em medicina tradicional sob a forma de “chás”, extractos aquosos obtidos por infusão ou decocção de partes de plantas pertencentes maioritariamente às famílias Asteraceae e Lamiaceae. Realizou-se um estudo de actividades biológicas e metabolismo in vitro de decocções de caules/folhas e flores de três espécies dunares da família Asteraceae (Helichrysum italicum, Solidago virgaurea e Santolina impressa) pertencentes à Flora Aromática Portuguesa. A morfologia e anatomia das estruturas secretoras destas espécies foram também estudadas e sua secreção caracterizada histoquimicamente. Os extractos aquosos das três espécies em estudo apresentam uma elevada actividade biológica. Das três espécies estudadas, o extracto aquoso de flores de H. italicum apresenta as actividades antioxidante e inibitória de acetilcolinesterase mais elevadas, com valores de IC50 de 10,14±0,02 μg/mL e 302,52±1,14 μg/mL, respectivamente. O extracto aquoso de caules/folhas de H. italicum também apresenta também uma maior inibição do crescimento bacteriano de Streptococcus mutans e Streptococcus sobrinus, com MICs de 0,039 ± 0,0047 mg/mL e 0,056 ± 0,031 mg/mL, respectivamente. Foi ainda estudado o metabolismo in vitro por acção dos sucos gástrico e pancreático artificiais como simulação da digestão dos extractos. Os resultados sugerem que os extractos aquosos não sofreram degradação, não tendo sido registadas alterações significativas tanto na sua composição química como nas actividades antioxidante e inibitória de acetilcolinesterase destas espécies. A digestão com a β-glucuronidase de Escherichia coli permite comprovar que nos extractos aquosos em estudo não existem compostos glucuronados. Em relação à biodisponibilidade de compostos dos extractos aquosos verificou-se que quanto maior o tempo de retenção de um composto maior a sua permeabilidade através da membrana, o que sugere que não há necessidade de transportadores específicos. À excepção do extracto aquoso de caules/folhas de H. italicum, todos os restantes foram considerados como pouco citotóxicos para células HeLa e Caco-2, com valores de IC50 superiores a 100 μg/mL. As três espécies de Asteraceae em estudo apresentam nos orgãos vegetativos e florais um indumento misto, constituído por tricomas glandulares bisseriados e tricomas não glandulares, característicos deste género. Em S. impressa e S. virgaurea foram ainda observados canais secretores junto dos feixes vasculares. O estudo histoquímico permitiu concluir que as espécies secretam oleoresinas ricas em compostos fenólicos, provavelmente agliconas flavonólicas.The Portuguese Flora is very rich in aromatic species used for centuries in traditional medicine in the form of "teas", that is aqueous extracts obtained by infusion or decoction of different parts of plants, mainly belonging to Lamiaceae and Asteraceae families. In the present work some biological activities were determined for the decoctions of stems/leaves and flowers of three Asteraceae species (Helichrysum italicum, Santolina impressa and Solidago virgaurea) collected from natural populations occurring throughout western Portugal sandy soils. The in vitro metabolism by the action of gastric and pancreatic artificial juices, as a simulation of the digestion of the extracts, was also evaluated. The morfology and anatomy of the secretory structures of these species were also studied, as well as the major classes of compounds present in its secretion. Among the three species studied, the decoction of H. italicum flowers showed the highest antioxidant and acetylcholinesterase inhibitory activities with IC50 values of 10.14 ± 0.02 mg/mL and 302.52 ± 1.14 mg/mL, respectively. The decoction of H. italicum stems/leaves also showed the highest inhibition of bacterial growth of Streptococcus mutans and Streptococcus sobrinus, with MICs of 0.039 ± 0.0047 mg/mL and 0.056 ± 0.031 mg/mL, respectively. The results of the in vitro metabolism revealed that decoctions did not suffer appreciable degradation, showing no significant changes both in its chemical composition and in its biological activities. Digestion with β-glucuronidase from Escherichia coli has demonstrated that the aqueous extracts don’t have glucuronidated compounds. In which concern the bioavailability of compounds from the aqueous extracts, it was found that as longer as the retention time of a compound, higher is its permeability through the membrane, suggesting that it is not required specific transporters. Except for the aqueous extract of H. italicum leaves, all the other extracts were considered non cytotoxic for HeLa and Caco-2 cells (IC50>100 mg/mL). The aqueous extract of H. italicum leaves showed an IC50 of 90 ± 10 mg/mL for Caco-2 cells. The three species of Asteraceae studied have in their vegetative and floral organs a mixed indumentum consisting of biseriate glandular trichomes and non-glandular trichomes, characteristic of this genus. In S. impressa and S. virgaurea were also observed secretory ducts associated with the vascular bundles. The histochemical study showed that these species secrete oleoresins rich in phenolic compounds, probably flavonol aglycones.Serralheiro, Maria Luísa Mourato de Oliveira Marques, 1957-Sousa, Lia Ascenção Santos e, 1949-Repositório da Universidade de LisboaRodrigues, Ana Margarida Colaço, 1982-2012-05-07T16:06:49Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/6234porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:48:38Zoai:repositorio.ul.pt:10451/6234Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:31:25.184383Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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