Fobia social em adolescentes: o papel da vergonha e do autocriticismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rebelo, Soraia Ferreira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/22653
Resumo: Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica e de Saúde (Intervenções Cognitivo-Comportamentais nas Perturbações Psicológicas e de Saúde) apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
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O mesmo não se tem constatado com a população adolescente, e em particular, na população clínica adolescente, sendo que o número de estudos documentados na literatura é, ainda, bastante diminuto. Perante estes factos, foram realizados dois estudos. O primeiro teve como principal objetivo a comparação de um grupo de adolescentes com fobia social generalizada, com um grupo de adolescentes com outras perturbações de ansiedade (que não fobia social) e com um grupo com ausência de patologia, nas variáveis de vergonha e autocriticismo. Os resultados obtidos revelaram que o grupo de adolescentes com fobia social generalizada apresentou níveis mais elevados de vergonha interna, vergonha externa e autocriticismo do que o grupo de adolescentes com outras perturbações de ansiedade, e estes por sua vez, mais elevados do que o grupo com ausência de patologia. Em relação ao segundo estudo, que teve como objetivo principal perceber o papel da vergonha interna, vergonha externa e autocriticismo na fobia social, os resultados demonstraram que a vergonha interna e a ansiedade social estavam positiva, moderada e significativamente correlacionadas; a ansiedade social revelou uma correlação positiva, moderada e significativa com o total da Escala de Vergonha Externa e com os fatores inferioridade e reação dos outros aos meus erros. Foi, ainda, encontrada uma correlação positiva, moderada e significativa entre a ansiedade social e o fator eu-inadequado e a medida de autocriticismo constituída pelos fatores eu-inadequado e eu-detestado juntos, sendo que com o fator eu-detestado foi encontrada uma correlação positiva, baixa e significativa. Por fim, no que concerne à relação entre ansiedade social e autotranquilização a correlação encontrada não foi significativa. Ainda em relação a este estudo, a vergonha interna e a vergonha externa revelaram-se, isoladamente, fatores preditores significativos na explicação da ansiedade social. No entanto, quando incluídas no mesmo modelo foram os fatores da vergonha externa e não a vergonha interna que revelaram poder preditivo relativamente à ansiedade social. Contrariamente, o autocriticismo nãoThe study of social anxiety during adolescence is well documented in literature, proving that high levels of Social Anxiety are synonym of high personal, social and academic maladjustment, of significant interference in adolescents’ lives, and it can also lead to depressive symptoms. On the other hand, both the shame (internal and external) as the self-criticism, which are quite associated with the presence of psychopathology, have been target of a growing number of studies in relation to adult population. The same has not been evidenced with the adolescent population, and in particular in clinical adolescent population, being the number of studies documented in the literature still very low. Given these facts, two studies were conducted. The first aimed to compare a group of adolescents with generalized social phobia with a group of adolescents with other anxiety disorders (not social phobia) and with a group with no pathology, in the variables of shame and self-criticism. The results revealed that the group of adolescents with generalized social phobia showed higher levels of internal shame, external shame and self-criticism than the group of adolescents with other anxiety disorders, and these, higher levels than the group with no pathology. Regarding the second study, which aimed to understand the role of internal shame, external shame and self-criticism in social phobia, the results showed that the internal shame and social anxiety were positively, moderately and significantly correlated; social anxiety showed a significant positive, moderate correlation, with the total of External Shame and the factors inferiority and others' reactions to my mistakes. It was also found a positive, moderate and significant correlation between social anxiety and factor inadequate self and the measure of self-criticism composed by factors inadequate self and hated self together, with factor hated self was found a positive correlation, low and significant. Finally, regarding the relationship between social anxiety and self-reassuring the correlation found was not significant. Also in relation to this study, the internal shame and the external shame have proved to be, singly, significant predictors to explain the social anxiety. However, when included in the same model were the factors of external shame and not the internal shame that revealed predictive power with regard to social anxiety. In contrast, the self-criticism has not proved a significant predictor to explain the social anxiety.2012-09-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/22653http://hdl.handle.net/10316/22653porRebelo, Soraia Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:49Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/22653Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:49:16.035967Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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