Gravidezes não vigiadas e complicações neonatais durante o período 2011-2013 no CHCB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Isabel Fraga
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5379
Resumo: Introdução: A gravidez não vigiada é, ainda, uma constante e tem repercussões a nível neonatal de gravidade variada. Decorre daqui que a vigilância pré-natal seja imprescindível e de parti-cular importância, na medida em que permite a prevenção e a deteção precoce de malforma-ções e fatores de risco que possam influenciar o bom desenvolvimento da gestação. Face a um vasto panorama de co-morbilidades neonatais resultantes de lacunas ao nível da vigilância da gravidez, necessário se torna ter em conta fatores obstétricos, sociais e culturais. Os recém-nascidos fruto de gestações desta etiologia têm uma maior taxa de mortalidade e morbilidade, mormente a nível de patologias respiratórias, icterícia, distúrbios metabólicos e doenças neu-rológicas, face aos de gestações monitorizadas. Objetivo: Avaliar, com base no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do CHCB, o perfil da grá-vidas com gravidez considerada não vigiada, determinar as complicações obstétricas, as reper-cussões neonatais e durante o 1º ano de vida e o cumprimento das orientações técnicas e boas práticas clínicas da vigilância pré-natal. Metodologia: Estudaram-se, retrospetivamente, 92 grávidas com gravidez não vigiada que ti-veram o parto no CHCB num período de 3 anos, entre os anos de 2011 e 2013. Das grávidas com gravidez vigiada que tiveram o parto no CHCB nos mesmos anos, selecionaram-se aleatoria-mente 81 para grupo controlo. Procedeu-se a estudo comparativo entre os dois grupos. Resultados: As grávidas com gravidez não vigiada eram mais jovens, imigrantes, com menor formação académica, com tendência ao desemprego. Neste grupo de grávidas registou-se maior taxa de complicações obstétricas e de prematuridade. Os recém-nascidos apresentaram maior número de complicações à nascença e no primeiro ano de vida, tendo necessidade de recorrer mais frequentemente ao Serviço de Urgência de Pediatria. Conclusões: A gravidez não vigiada constitui um problema clínico a valorizar que acarreta con-sequências negativas para o desenrolar da gestação e repercussões ao nível da saúde do recém-nascido e da criança. Tal merece ser tido em atenção na prática clínica, tanto em termos médicos como pedagógicos.
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Os recém-nascidos fruto de gestações desta etiologia têm uma maior taxa de mortalidade e morbilidade, mormente a nível de patologias respiratórias, icterícia, distúrbios metabólicos e doenças neu-rológicas, face aos de gestações monitorizadas. Objetivo: Avaliar, com base no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do CHCB, o perfil da grá-vidas com gravidez considerada não vigiada, determinar as complicações obstétricas, as reper-cussões neonatais e durante o 1º ano de vida e o cumprimento das orientações técnicas e boas práticas clínicas da vigilância pré-natal. Metodologia: Estudaram-se, retrospetivamente, 92 grávidas com gravidez não vigiada que ti-veram o parto no CHCB num período de 3 anos, entre os anos de 2011 e 2013. Das grávidas com gravidez vigiada que tiveram o parto no CHCB nos mesmos anos, selecionaram-se aleatoria-mente 81 para grupo controlo. Procedeu-se a estudo comparativo entre os dois grupos. Resultados: As grávidas com gravidez não vigiada eram mais jovens, imigrantes, com menor formação académica, com tendência ao desemprego. Neste grupo de grávidas registou-se maior taxa de complicações obstétricas e de prematuridade. Os recém-nascidos apresentaram maior número de complicações à nascença e no primeiro ano de vida, tendo necessidade de recorrer mais frequentemente ao Serviço de Urgência de Pediatria. Conclusões: A gravidez não vigiada constitui um problema clínico a valorizar que acarreta con-sequências negativas para o desenrolar da gestação e repercussões ao nível da saúde do recém-nascido e da criança. Tal merece ser tido em atenção na prática clínica, tanto em termos médicos como pedagógicos.Introduction: Unsupervised pregnancy is still a reality, and it has neonatal repercussions of varying severity. It is utterly necessary to supervise all the pregnancies in order to prevent and detect early in life malformations and risk factors that may change the course of the pregnancy. In the face of all the neonatal comorbidities that are the result of errors in the supervision of the pregnancy, it reveals necessary to take on account de cultural, social and obstetric factors. The new-borns from unsupervised pregnancies have a higher morbidity and mortality indices, specially related to pulmonary, metabolic, neurologic diseases, jaundice, when compared to those whose pregnancy was correctly supervised. Objectives: Evaluate, in the Gynaecology and Obstetrics Service of the CHCB, the profiles of the mothers with unsupervised pregnancies, determinate the obstetrics complications, neona-tal repercussions and during the first year of life, and the compliance of technical guidelines and good clinical practice. Methods: A retrospective study was done with 92 women who delivered in the CHCB between 2011 and 2013 with unsupervised pregnancies. From those who had supervised pregnancies in that period were randomly selected 81 women to the control group. We then proceeded to the comparison of both groups. Results: Women with unsupervised pregnancies were younger, immigrants, with an inferior academic degree, and unemployed. In this group were detected more complications at birth, and in the first year of life of the new-born, with higher needs to get the child to the Paediatrics Emergency Room. Conclusions: Unsupervised pregnancy is a clinical problem that must be taken into account, which brings negative consequences to the pregnancy and to the mother and the child’s health. Therefore, there is a need of awareness of women in childbearing age about the importance of it. It should be given a special attention to this group, medically and pedagogically.Moutinho, José Alberto FonsecauBibliorumOliveira, Ana Isabel Fraga2018-07-23T15:21:11Z2016-5-162016-07-112016-07-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5379TID:201774488porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5379Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:18.450944Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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