Adaptação ao cultivo de oregão (Origanum vulgare L.) na região de Elvas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.19084/RCA16182 |
Resumo: | A espécie Origanum vulgare L. é utilizada como planta aromática, condimentar e medicinal, existindo em estado silvestre no Alentejo. O seu cultivo, de forma sustentável, deverá contribuir para reduzir a erosão genética provocada pela colheita na natureza. O principal objetivo do trabalho foi responder à solicitação de um agricultor da região de Elvas, focando-se na avaliação da adaptação ao cultivo de seis acessos, três de origem silvestre (OV1 de Vila Fernando, OV2 de Estremoz, OV3 de Vila Boim), as restantes três de origem comercial (OVT1, OVT2, OVT3). Efetuou-se propagação vegetativa para os três acessos silvestres e propagação seminal para as 3 entradas comerciais. Utilizando material de OV2, foi feito um ensaio de propagação vegetativa em que se testou a sobrevivência e o crescimento das estacas terminais, subterminais e basais. Foi efetuado um teste de germinação às sementes dos acessos comerciais, assim como às sementes dos acessos silvestres (colhidas na natureza e cultivadas), a 20ºC com fotoperiodo de 12 h. Para a caraterização dos acessos utilizaram-se os seguintes descritores: data da floração; comprimento, largura e cor da folha basal; hábito de crescimento; largura e altura da planta; comprimento do caule principal, comprimento e largura da inflorescência terminal, comprimento e largura do caule com flor, biomassa da planta (verde e seca). No ensaio das estacas, sobreviveram melhor as estacas subterminais (com 83,8%), sendo significativamente superiores às estacas basais (56,8%). No ensaio de germinação, os resultados variaram de 69,5 a 92%, com diferenças significativas entre as sementes comerciais e as sementes dos acessos silvestres após cultivo. Na caraterização, verificaram-se diferenças significativas entre os acessos silvestres apenas na data da floração. O acesso mais precoce foi OV1 e o mais tardio foi OV2. A diferença entre as datas de floração destes acessos foi de 13 dias. O trabalho forneceu dados úteis ao agricultor para o cultivo do orégão na sua exploração, mas o estudo deve ser continuado. |
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Adaptação ao cultivo de oregão (Origanum vulgare L.) na região de ElvasAdaptação ao cultivo de oregão (Origanum vulgare L.) na região de ElvasGeralA espécie Origanum vulgare L. é utilizada como planta aromática, condimentar e medicinal, existindo em estado silvestre no Alentejo. O seu cultivo, de forma sustentável, deverá contribuir para reduzir a erosão genética provocada pela colheita na natureza. O principal objetivo do trabalho foi responder à solicitação de um agricultor da região de Elvas, focando-se na avaliação da adaptação ao cultivo de seis acessos, três de origem silvestre (OV1 de Vila Fernando, OV2 de Estremoz, OV3 de Vila Boim), as restantes três de origem comercial (OVT1, OVT2, OVT3). Efetuou-se propagação vegetativa para os três acessos silvestres e propagação seminal para as 3 entradas comerciais. Utilizando material de OV2, foi feito um ensaio de propagação vegetativa em que se testou a sobrevivência e o crescimento das estacas terminais, subterminais e basais. Foi efetuado um teste de germinação às sementes dos acessos comerciais, assim como às sementes dos acessos silvestres (colhidas na natureza e cultivadas), a 20ºC com fotoperiodo de 12 h. Para a caraterização dos acessos utilizaram-se os seguintes descritores: data da floração; comprimento, largura e cor da folha basal; hábito de crescimento; largura e altura da planta; comprimento do caule principal, comprimento e largura da inflorescência terminal, comprimento e largura do caule com flor, biomassa da planta (verde e seca). No ensaio das estacas, sobreviveram melhor as estacas subterminais (com 83,8%), sendo significativamente superiores às estacas basais (56,8%). No ensaio de germinação, os resultados variaram de 69,5 a 92%, com diferenças significativas entre as sementes comerciais e as sementes dos acessos silvestres após cultivo. Na caraterização, verificaram-se diferenças significativas entre os acessos silvestres apenas na data da floração. O acesso mais precoce foi OV1 e o mais tardio foi OV2. A diferença entre as datas de floração destes acessos foi de 13 dias. O trabalho forneceu dados úteis ao agricultor para o cultivo do orégão na sua exploração, mas o estudo deve ser continuado.Origanum vulgare L. species is used as an herb, spice and medicinal plant, occurring spontaneously in the Alentejo region. Its sustainable cultivation should be promoted in order to reduce genetic erosion caused by harvest in nature. The main goal of this study was to respond to the request of a farmer from the Elvas region, focusing on the assessment of the adaptation to cultivation of six accessions, three spontaneous (OV1 from Vila Fernando, OV2 from Estremoz, OV3 from Vila Boim) and the remaining three commercial (OVT1, OVT2, OVT3). Plant propagation was carried out from stem cuttings for the three spontaneous accessions and from seed for the three commercial accessions. Using material from OV2, a stem cutting vegetative propagation trial was carried out, using softwood (terminal and sub-terminal) and semi-hardwood (basal) stem cuttings; cuttings survival and growth was observed. Seed germination was tested using the three commercial seed accessions and the three spontaneous accessions (harvest in nature and after cultivation) at 20°C with 12 h photoperiod. The following descriptors were observed on the filed characterization essay: flowering date; length, width and color of the basal leaf; growth habit; width and height of the plant; length of the main stem, length and width of the terminal inflorescence, flowered portion of the stem length and width; plant biomass (fresh and dry). The subterminal stem cuttings survived better (83.8%) and survival rate was significantly higher than basal cuttings (56.8%). Seed germination varied from 69.5% to 92%, with significant differences between the commercial seeds and seeds of the spontaneous accessions after cultivation. On the characterization field essay, the flowering date was the only descriptor with significant differences between spontaneous accessions. The earliest-flowering accession was OV1 and the later-flowering accession was OV2. The difference between the flowering dates of these accessions was 13 days. The work provided useful information to the farmer for oregano growing, however the study should be continued.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2019-01-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/RCA16182por2183-041X0871-018XPóvoa, OrlandaFarinha, NoémiaClaré, Cátiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:24:37Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/16541Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:30:57.270953Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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