Análise da capacitação dos doentes com Hipertensão Arterial comparativamente à perspetiva dos Médicos de Medicina Geral e Familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Agrela, Pedro José Francisco
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5269
Resumo: Justificação: A prevalência da hipertensão arterial será de 42,2% na população Portuguesa. A redução da prevalência da hipertensão arterial e, consequentemente, do risco cardiovascular que acarreta, passa por uma abordagem farmacológica individualizada quando indicada e pela educação do doente. A capacitação, ou seja, o que o doente sabe sobre a sua doença e terapêutica para a mesma, faz parte da abordagem médica dos pela equipa de Medicina Geral e Familiar e já mostrou ter efeitos benéficos na redução da hipertensão arterial. O par de questionários CapHTA para PHTA e CapHTA para Médicos permite aferir a capacitação dos doentes com hipertensão arterial e perspetiva dos médicos de Medicina Geral e Familiar sobre a mesma. Objetivos: Analisar a capacitação dos doentes sofrendo de hipertensão arterial; Comparar a capacitação dos doentes sofrendo hipertensão arterial com a perspetiva dos médicos de Medicina Geral e Familiar; Comparar o nível de conhecimento dos doentes com o valor tensão arterial obtido e adesão terapêutica. Materiais e Métodos: Estudo transversal, observacional, por aplicação do par de questionários de resposta fechada, CapHTA para PHTA e CapHTA para Médicos, em três de Unidades de Cuidados e Saúde Primários. Foram medidas a tensão arterial em consulta e a adesão terapêutica do doente por aplicação da Morisky Medication Adherence Scale de quatro itens. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: População de n=202, com n=123 (60,9%) pertencentes ao género feminino e n=112 (54,4%) de formação académica de nível baixo. Os doentes com tensão arterial considerada não controlada foram n=125 (61,9%), sendo que desses, n=77 (61,6%) julgavam ter a tensão arterial controlada. Observou-se uma percentagem de 36,8% de pessoas com o total das seis perguntas corretas, para o questionário CapHTA para PHTA. Está na melhor distribuição quartílica de número de respostas certas 26,7% da amostra. Os pares de questionários CapHTA para PHTA e CapHTA para Médicos revelaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,001) entre as respostas dadas pelos doentes e médicos, respetivamente. Discussão: Os conhecimentos sobre a hipertensão arterial que se pretendem estar difundidos entre os doentes com a doença, não estão presentes em 47,5% desta amostra similarmente a outros estudos. Conclusões: Verifica-se uma grande falta de conhecimentos sobre a hipertensão arterial na população e que os médicos tendem a julgar que os doentes por si seguidos compreenderam todas as informações transmitidas ou sabem mais sobre a hipertensão do que estes revelam. Identificaram-se quais as matérias menos compreendidas pelos doentes e sem perceção do médico.
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O par de questionários CapHTA para PHTA e CapHTA para Médicos permite aferir a capacitação dos doentes com hipertensão arterial e perspetiva dos médicos de Medicina Geral e Familiar sobre a mesma. Objetivos: Analisar a capacitação dos doentes sofrendo de hipertensão arterial; Comparar a capacitação dos doentes sofrendo hipertensão arterial com a perspetiva dos médicos de Medicina Geral e Familiar; Comparar o nível de conhecimento dos doentes com o valor tensão arterial obtido e adesão terapêutica. Materiais e Métodos: Estudo transversal, observacional, por aplicação do par de questionários de resposta fechada, CapHTA para PHTA e CapHTA para Médicos, em três de Unidades de Cuidados e Saúde Primários. Foram medidas a tensão arterial em consulta e a adesão terapêutica do doente por aplicação da Morisky Medication Adherence Scale de quatro itens. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: População de n=202, com n=123 (60,9%) pertencentes ao género feminino e n=112 (54,4%) de formação académica de nível baixo. Os doentes com tensão arterial considerada não controlada foram n=125 (61,9%), sendo que desses, n=77 (61,6%) julgavam ter a tensão arterial controlada. Observou-se uma percentagem de 36,8% de pessoas com o total das seis perguntas corretas, para o questionário CapHTA para PHTA. Está na melhor distribuição quartílica de número de respostas certas 26,7% da amostra. Os pares de questionários CapHTA para PHTA e CapHTA para Médicos revelaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,001) entre as respostas dadas pelos doentes e médicos, respetivamente. Discussão: Os conhecimentos sobre a hipertensão arterial que se pretendem estar difundidos entre os doentes com a doença, não estão presentes em 47,5% desta amostra similarmente a outros estudos. Conclusões: Verifica-se uma grande falta de conhecimentos sobre a hipertensão arterial na população e que os médicos tendem a julgar que os doentes por si seguidos compreenderam todas as informações transmitidas ou sabem mais sobre a hipertensão do que estes revelam. Identificaram-se quais as matérias menos compreendidas pelos doentes e sem perceção do médico.Introduction: The prevalence of arterial hypertension in the portuguese population is 42,2%. The reduction in arterial hypertension prevalence and the consequent cardiovascular risk, is achieved by personalized pharmacological approach and patient education. Patient enablement is defined by what the patient knows about his illness and its therapeutics, which is part of de medical approach by the General Practice team and has shown to have benefic effect in the reduction of arterial hypertension. The pair of surveys CapHTA for PHTA and CapHTA for Physicians allows us to recognize patient enablement and the General Practice physician’s perspective about it. Objectives: To analyze patient enablement in patients with arterial hypertension; Compare patient enablement in patients with arterial hypertension and the General Practice physician’s perspective; Compare the patient’s level of knowledge about arterial hypertension with the value of arterial tension and the medication adherence. Materials and Methodology: Cross-sectional observational study, by application of the pair of closed answer surveys, CapHTA for PHTA and CapHTA for Physicians, in three Primary Health Care Units. The arterial pressure was measured on medical consultation and the medication adherence by application of Morisky Medication Adherence Scale with four items. A descriptive and inferential statistical analysis was performed. Results: A population of n=202 was studied, n=123 (60,9%) women and n=112 (54,4%) with low school education. The proportion of patients with arterial hypertension who considered not to be controlled was n=125 (61,9%). In the population, 36,8% were able to get the right answer in each of six questions of the Cap for PHTA survey. Only 26,7% is in the best quartile of right answers. The pair of surveys, CapHTA for PHTA and CapHTA for Physicians, revealed statistically significant differences (p<0,001) between patients and doctors answers. Discussion: Similarly to other studies, the knowledge about arterial hypertension that is intended to be spread between patients diagnosed with the disease is not present in 47,5% of the population. Conclusions: There seems to be a lack of knowledge about arterial hypertension in the population. Doctors tend to think that their patients have understood the given information about hypertension, more than they really have. It was possible to identify the subjects that were less understood by patient without doctor’s insight.Santiago, Luiz Miguel de Mendonça SoaresuBibliorumAgrela, Pedro José Francisco2018-07-19T15:54:45Z2016-5-132016-07-072016-07-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5269TID:201773643porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:58Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5269Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:13.234585Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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