A viragem nas relações entre Portugal e os EUA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ataz, António Pedro
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/2259
Resumo: Constitui hoje em dia quase um lugar comum, quer se trate de abordagens académicas quer se considere as mais diversas análises políticas, dizer que a adesão de Portugal às Comunidades Europeias em 1986 e o fim da "Guerra Fria" — com o consequente simbolismo da queda do Muro de Berlim — motivaram um recentramento das relações bilaterais luso-americanas em torno dos aspectos ligados ao desenvolvimento económico, social e cultural. Embora os EUA tenham sempre constituído um dos mais importantes parceiros económicos de Portugal, a dinâmica da integração europeia, na qual Portugal participa activamente, tem tido, entre outras consequências, a crescente importância do comércio com os nossos parceiros comunitários, a par de algum abrandamento da importância relativa das transacções comerciais com o continente norte-americano, o que não obstou à concretização de alguns avultados investimentos no sector produtivo. Exemplo recente e talvez paradigmático daquilo que se disse é o caso do investimento euro-americano no sector da construção automóvel em Portugal (Palmeia, península de Setúbal), consubstanciado por uma sociedade entre a FORD e a Wolkswagen, cujos rendimentos representavam em 1995 quase 1% do Produto Nacional Bruto e cerca de 4,7% do total das exportações de Portugal. Ao mesmo tempo que tal recentramento de política externa do nosso país ocorria ou, quiçá, por força dessa mesma ocorrência, Portugal e os EUA fizeram entre ambos vigorar, em 1984, um Acordo Técnico de Execução do Acordo de Defesa de 1951, ao qual se sucedeu um novo Acordo de Cooperação e Defesa em Junho de 1995, actualmente em vigor.
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