Produtividade e qualidade do fruto da cerejeira (Prunus avium L.) em resposta à aplicação em précolheita de cálcio e de bioestimulante à base de algas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11078 |
Resumo: | A cerejeira (Prunus avium L.) é uma das árvores de fruto de maior relevância comercial em climas temperados, e o seu fruto é um dos mais apreciados pelos consumidores pelas suas características organoléticas que proporcionam benefícios para a saúde humana. No entanto, esta cultura apresenta-se desafiadora e de alto risco, estando sujeita a pragas, doenças e fenómenos meteorológicos que provocam desordens de origem fisiológica com redução da produtividade e qualidade dos frutos e que continuam a ser as principais áreas de estudo no presente. Assim, com este trabalho pretende-se avaliar o efeito da aplicação foliar, em pré-colheita, de cálcio e bioestimulante, à base de algas, na produtividade e qualidade do fruto de cerejeira. O ensaio foi realizado em 2019 em cerejeiras da cv. Burlat com 10 anos, na exploração agrícola da Cermouros, localizada na freguesia de São Martinho dos Mouros, concelho de Resende, distrito de Viseu. Foram definidos cinco tratamentos correspondentes ao uso de bioestimulante baseado na aplicação do produto comercial “Foralg BMo” à concentração de 75mL.hL-1 (Bio75) e de 150mL.hL-1 (Bio150), e de cálcio, baseado na aplicação do produto comercial “Kiplant C” à concentração de 150g.hL-1 (Ca150) e de 300g.hL-1 (Ca300). No tratamento controlo positivo (Controlo) foram aplicados ambos os produtos comerciais nas suas concentrações máximas. À colheita, foi determinada a produção total por árvore, e em laboratório analisaramse os parâmetros de qualidade dos frutos, pela quantificação de parâmetros biométricos (peso, altura e diâmetros), cromáticos, físico-químicos (teor em sólidos solúveis totais, acidez titulável, pH, textura, índice de rachamento). Foi também avaliada a qualidade nutricional da cereja pela determinação dos teores em compostos fenólicos e da atividade antioxidante. Adicionalmente, efetuou-se o estudo do perfil sensorial da cereja. Os resultados mostraram que a aplicação foliar de cálcio e bioestimulantes não influenciou de forma significativa a produção, produtividade e qualidade dos frutos. Entre os vários tratamentos em estudo, o tratamento Ca300 originou menor quantidade de refugo mas sem efeito positivo na produtividade e produção total. Por sua vez, o tratamento Ca150 foi o responsável por frutos tendencialmente mais pequenos e menos firmes. Em relação aos tratamentos com bioestimulante, não se observaram diferenças significativas na maioria dos parâmetros avaliados. No entanto, os frutos tratados com bioestimulante na concentração mais elevada (Bio150) apresentaram maior atividade antioxidante, independentemente do método de determinação usado. Em suma, os resultados obtidos neste trabalho sugerem que a aplicação quer de cálcio quer de bioestimulante podem melhorar a produção e qualidade da cereja. Porém, mais estudos deverão ser realizados, tendo em conta as cultivares, as concentrações dos produtos, mas também as condições climáticas dos locais, por forma a melhor entender o efeito destes produtos na produção e qualidade da cereja. |
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Produtividade e qualidade do fruto da cerejeira (Prunus avium L.) em resposta à aplicação em précolheita de cálcio e de bioestimulante à base de algasPrunus aviumAscophyllum nodosunA cerejeira (Prunus avium L.) é uma das árvores de fruto de maior relevância comercial em climas temperados, e o seu fruto é um dos mais apreciados pelos consumidores pelas suas características organoléticas que proporcionam benefícios para a saúde humana. No entanto, esta cultura apresenta-se desafiadora e de alto risco, estando sujeita a pragas, doenças e fenómenos meteorológicos que provocam desordens de origem fisiológica com redução da produtividade e qualidade dos frutos e que continuam a ser as principais áreas de estudo no presente. Assim, com este trabalho pretende-se avaliar o efeito da aplicação foliar, em pré-colheita, de cálcio e bioestimulante, à base de algas, na produtividade e qualidade do fruto de cerejeira. O ensaio foi realizado em 2019 em cerejeiras da cv. Burlat com 10 anos, na exploração agrícola da Cermouros, localizada na freguesia de São Martinho dos Mouros, concelho de Resende, distrito de Viseu. Foram definidos cinco tratamentos correspondentes ao uso de bioestimulante baseado na aplicação do produto comercial “Foralg BMo” à concentração de 75mL.hL-1 (Bio75) e de 150mL.hL-1 (Bio150), e de cálcio, baseado na aplicação do produto comercial “Kiplant C” à concentração de 150g.hL-1 (Ca150) e de 300g.hL-1 (Ca300). No tratamento controlo positivo (Controlo) foram aplicados ambos os produtos comerciais nas suas concentrações máximas. À colheita, foi determinada a produção total por árvore, e em laboratório analisaramse os parâmetros de qualidade dos frutos, pela quantificação de parâmetros biométricos (peso, altura e diâmetros), cromáticos, físico-químicos (teor em sólidos solúveis totais, acidez titulável, pH, textura, índice de rachamento). Foi também avaliada a qualidade nutricional da cereja pela determinação dos teores em compostos fenólicos e da atividade antioxidante. Adicionalmente, efetuou-se o estudo do perfil sensorial da cereja. Os resultados mostraram que a aplicação foliar de cálcio e bioestimulantes não influenciou de forma significativa a produção, produtividade e qualidade dos frutos. Entre os vários tratamentos em estudo, o tratamento Ca300 originou menor quantidade de refugo mas sem efeito positivo na produtividade e produção total. Por sua vez, o tratamento Ca150 foi o responsável por frutos tendencialmente mais pequenos e menos firmes. Em relação aos tratamentos com bioestimulante, não se observaram diferenças significativas na maioria dos parâmetros avaliados. No entanto, os frutos tratados com bioestimulante na concentração mais elevada (Bio150) apresentaram maior atividade antioxidante, independentemente do método de determinação usado. Em suma, os resultados obtidos neste trabalho sugerem que a aplicação quer de cálcio quer de bioestimulante podem melhorar a produção e qualidade da cereja. Porém, mais estudos deverão ser realizados, tendo em conta as cultivares, as concentrações dos produtos, mas também as condições climáticas dos locais, por forma a melhor entender o efeito destes produtos na produção e qualidade da cereja.The cherry tree (Prunus avium L.) is one of the most commercially produced fruit crops in temperate climate regions, and its fruit one of the most appreciated by consumers for its organoleptic characteristics that provide benefits to human health. Nevertheless, this crop is challenging and high risk, being exposed to pests and diseases, as well as weather phenomena that can cause disorders of physiological order, leading to reduced yield and fruit quality, factors which continue to be the main areas of study at present. This work is intended to evaluate the effect of foliar application, at pre-harvest, of calcium and biostimulant based on algae on the productivity and quality of the cherry fruit. The study was carried out in 2019 on sweet cherry trees, cv. Burlat, age 10, on the Cermouros orchard, located in São Martinho dos Mouros, in Resende, district of Viseu. Five treatments corresponding to the application of biostimulants (“Foralg BMo”) and calcium (“Kiplant C”) at the concentrations of 75mL.hL-1 (Bio75), 150mL.hL-1 (Bio150), 150g.hL-1 (Ca150) and 300g.hL-1 (Ca300), respectively, were defined. In the positive control treatment (Control) both commercial products were applied at their maximum concentrations. At harvest, the total production per tree was determined, and in the laboratory the quality parameters of the fruits were analysed by quantifying biometric (weight, height, and diameters), chromatic and physicochemical (total soluble solids content, titratable acidity, pH, texture, cracking index) parameters. The nutritional quality of the fruit was also evaluated by determining the concentration of phenolic compounds and antioxidant activity. Additionally, the sensory profile of the cherry was studied. Results show that the foliar application of calcium and biostimulants did not significantly influenced production per tree, yield, or quality of the fruits. Among the various treatments, ‘Ca300’ resulted in a smaller number of fruits with imperfections but with no positive effect on total production or yield. On the other hand, Ca150 treatment was responsible for smaller and less firm fruits. Regarding the treatments with biostimulant, no differences were observed in most of the parameters. However, fruits treated with biostimulant at the highest concentration (Bio150) had a higher antioxidant activity, regardless of the method of determination used. In summary, the results obtained in this work suggest that the application of either calcium or biostimulant can improve cherry yield and quality. However, more studies should be carried out considering cultivars, product options, but also local climatic conditions, to better understand the effect of these products on cherry production and quality.2022-03-11T16:45:54Z2021-11-15T00:00:00Z2021-11-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11078porPinto, Beatriz de Meneses einfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:55:40Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11078Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:06:10.507018Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A cerejeira (Prunus avium L.) é uma das árvores de fruto de maior relevância comercial em climas temperados, e o seu fruto é um dos mais apreciados pelos consumidores pelas suas características organoléticas que proporcionam benefícios para a saúde humana. No entanto, esta cultura apresenta-se desafiadora e de alto risco, estando sujeita a pragas, doenças e fenómenos meteorológicos que provocam desordens de origem fisiológica com redução da produtividade e qualidade dos frutos e que continuam a ser as principais áreas de estudo no presente. Assim, com este trabalho pretende-se avaliar o efeito da aplicação foliar, em pré-colheita, de cálcio e bioestimulante, à base de algas, na produtividade e qualidade do fruto de cerejeira. O ensaio foi realizado em 2019 em cerejeiras da cv. Burlat com 10 anos, na exploração agrícola da Cermouros, localizada na freguesia de São Martinho dos Mouros, concelho de Resende, distrito de Viseu. Foram definidos cinco tratamentos correspondentes ao uso de bioestimulante baseado na aplicação do produto comercial “Foralg BMo” à concentração de 75mL.hL-1 (Bio75) e de 150mL.hL-1 (Bio150), e de cálcio, baseado na aplicação do produto comercial “Kiplant C” à concentração de 150g.hL-1 (Ca150) e de 300g.hL-1 (Ca300). No tratamento controlo positivo (Controlo) foram aplicados ambos os produtos comerciais nas suas concentrações máximas. À colheita, foi determinada a produção total por árvore, e em laboratório analisaramse os parâmetros de qualidade dos frutos, pela quantificação de parâmetros biométricos (peso, altura e diâmetros), cromáticos, físico-químicos (teor em sólidos solúveis totais, acidez titulável, pH, textura, índice de rachamento). Foi também avaliada a qualidade nutricional da cereja pela determinação dos teores em compostos fenólicos e da atividade antioxidante. Adicionalmente, efetuou-se o estudo do perfil sensorial da cereja. Os resultados mostraram que a aplicação foliar de cálcio e bioestimulantes não influenciou de forma significativa a produção, produtividade e qualidade dos frutos. Entre os vários tratamentos em estudo, o tratamento Ca300 originou menor quantidade de refugo mas sem efeito positivo na produtividade e produção total. Por sua vez, o tratamento Ca150 foi o responsável por frutos tendencialmente mais pequenos e menos firmes. Em relação aos tratamentos com bioestimulante, não se observaram diferenças significativas na maioria dos parâmetros avaliados. No entanto, os frutos tratados com bioestimulante na concentração mais elevada (Bio150) apresentaram maior atividade antioxidante, independentemente do método de determinação usado. Em suma, os resultados obtidos neste trabalho sugerem que a aplicação quer de cálcio quer de bioestimulante podem melhorar a produção e qualidade da cereja. Porém, mais estudos deverão ser realizados, tendo em conta as cultivares, as concentrações dos produtos, mas também as condições climáticas dos locais, por forma a melhor entender o efeito destes produtos na produção e qualidade da cereja. |
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