Abílio Augusto Monteiro (1851-1913): esboço de uma biografia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daniela Alves
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Hélder Barbosa, José Francisco Queiroz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://www.cepese.pt/portal/pt/publicacoes/obras/arte-cultura-e-patrimonio-do-romantismo-actas-do-1o-coloquio-201csaudade-perpetua201d/abilio-augusto-monteiro-1851-1913-esboco-de-uma-biografia
Resumo: <p>Não obstante ter sido um personagem discreto e hoje até quase desconhecido na história social do Porto do século XIX, a verdade é que Abílio Augusto Monteiro, notário de profissão, foi muito mais do que aquilo que se poderia supor. Dotado de espírito empreendedor e de uma grande multiplicidade de interesses, desde logo destaca-se a sua participação nos primórdios daquela que viria a ser a corporação de bombeiros voluntários da cidade do Porto, instituída em 1875, com base numa ideia do seu amigo - e posterior cunhado - Alexandre Teodoro Glama. O ofício de tabelião levou Abílio Monteiro a mudar-se para a Maia e, consequentemente, a afastar-se da formação da referida corporação de bombeiros. Na Maia, Abílio Monteiro deparar-se-ia com um território acanhado e fortemente rural. Os conhecimentos e a experiência trazidos da cidade do Porto viriam a ser bem adaptados e aplicados ao concelho da Maia, num afã de criação institucional e de desenvolvimento da imprensa local. Aqui, onde desempenhou vários cargos e onde se fez notar em aspectos inusitados da economia local, Abílio Monteiro contou com o suporte do influente “brasileiro de torna-viagem” Visconde de Barreiros, natural de S. Miguel de Barreiros, financiador de uma boa parte dos melhoramentos introduzidos na sua freguesia, à época. Paralelamente à actividade de notário, em que se destacou por ter sido editor de uma publicação periódica especializada, Abílio Augusto Monteiro dedicou-se também, entre outras coisas, à questão dos métodos de ensino da caligrafia, ao problema da falsificação de documentos, e ao uso da caligrafia como método de diagnóstico de personalidade, tendo sido, aliás, pioneiro em Portugal da Grafologia e da Perícia de Escrita Manual.</p>
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