Biocerâmica como futuro do MTA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonte, Susana José Fernandes da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/2724
Resumo: A necrose pulpar de dentes imaturos permanentes, implica a interrupção da formação de raízes e posteriormente o seu fechamento apical. Como escolha de um material obturador endodôntico ideal, é a própria polpa assintomática vital, ainda hoje considerada uma opção de tratamento bem sucedido. Quando não é possível, surge então a necessidade de implementar uma terapia, designada apexificação para alcançar a obturação definitiva do canal e o sucesso depende da cooperação do paciente jovem. Estes procedimentos clínicos envolvem a colocação de um material dentário, diretamente sobre os tecidos ou em contato direto com os tecidos orais periapicais. O objetivo final é promover a cicatrização e a função do dente. O “Mineral Trioxide Aggregate” (MTA) é considerado uma alternativa promissora nestes casos, para a formação de uma barreira apical, apresentando uma alta taxa de sucesso quando utilizado como material de obturação. Contudo, alguns autores consideram existir algumas desvantagens do MTA, especialmente relacionadas com a manipulação, o manuseamento, o elevado custo e a descoloração dos dentes. Assim sendo, recentemente foram introduzidos em endodontia, materiais à base de Biocerâmica, principalmente como cimento de reparação e como cimento endodôntico. Neste âmbito, foi realizado um trabalho de revisão bibliográfica “Biocerâmica como Futuro do MTA”. Objetivos: Este estudo tem como objetivo, descobrir se o material biocerâmico é uma alternativa viável ao MTA como material de reparação endodôntico e inclusivé ser capaz de colmatar algumas desvantagens do mesmo. Metodologia: Realizada através do acesso online à base de dados PubMed e do repositório ResearchGate, através do motor de busca Google. Os artigos analisados foram publicados desde 2007 até 2015, incluindo um artigo de 1995, em língua inglesa. Tendo sido efetuada a busca com as seguintes palavras-chave: “MTA”; “Mineral Trioxide Aggregate”; “MTA apical plug”; “MTA marginal adaptation”; “MTA apexification”; “MTA Root Canal”; “Bioceramic Root Repair Material”; “Endodontics”; “Bioceramics”; “Bioceramics in Endodontics”; “Endosequence Root Repair”. Discussão: O MTA tem sido alvo de variados estudos, nas suas vastas aplicações clínicas e na tentativa de melhorar a sua manipulação; pois pode resultar numa falha da adaptação e de extrusão acidental deste material. A Biocerâmica foi introduzida na prática diária de Odontologia, como sendo um material inovador devido à sua apresentação, manuseamento (pronto a usar), selamento e por apresentar caraterísticas superiores de biocompatibilidade e forte atividade antibacteriana. Com um tempo de “presa” mais curto e uma consistência uniforme na sua aplicação, pode fornecer uma alternativa útil ao MTA e com melhor comportamento. Ambos os materiais são biocompatíveis e apresentam uma excelente capacidade de selamento, quando utilizados como material retrobturador. Conclusão: Com este estudo conhecemos ao pormenor, o tão curioso MTA e através das suas poucas desvantagens, descobrimos que a Biocerâmica é uma alternativa viável; sendo um novo material que apresenta as mesmas propriedades do MTA mas com maior amplitude a nível do seu manuseamento e da sua aplicação. Apresenta-se em forma de seringa e pré-misturado, com partículas mais reduzidas e tornando-se assim mais fluído, obtendo um selamento mais eficaz e com maior longevidade.
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