Tartarugas do jurássico superior de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/20136 |
Resumo: | Os sedimentos litorais do Jurássico Superior de Portugal, sobretudo do Kimmeridgiano e Titoniano, mostram um registo único e rico de tartarugas. Até ao momento, foram identificadas fósseis de Paracryptodira (Pleurosternidae), Eucryptodira basal (Plesiochelyidae e Hylaeochelys) e Pleurodira (Platychelyidae). Descrevem-se aqui quatro espécimes inéditos que compreendem carapaças e plastrão de tartarugas do Jurássico Superior da Bacia Lusitaniana do Membro da Praia Azul da Formação da Lourinhã, nomeadamente da Praia do Caniçal e Praia de Porto das Barcas, no concelho da Lourinhã, e na Praia Azul, no concelho de Torres Vedras. Os quatros espécimes do Museu da Lourinhã foram preparados, analisados e descritos, permitindo a sua identificação e classificação filogenética. O esqueleto craniano e apendicular continua raro e pouco conhecido. Estes espécimes são atribuídos a Pleurosternidae Selenemys lusitanica, a Plesiochelyidae Plesiochelys e Craspedocheys e a Eucriptodira basal Hylaeochelys kappa o que é coerente com o já previamente reportado para a Bacia Lusitaniana. O espécime Selenemys lusitanica ML1247 e o holótipo de Selenemys lusitanica são os únicos espécimes de Pleurosternidae identificados no registo europeu do Kimeridgiano superior. O espécime de Hylaeochelys kappa ML2033 tem caracteres distintos do holótipo de H. kappa, considerados aqui como variação interespecífica. Além disso, Hylaeochelys kappa ML2033 é a ocorrência de Hylaeochelys mais antiga conhecida, sugerindo que a origem do género poderá ser ibérica. Os espécimes Plesiochelys sp. ML425 e Craspedocheys sp. ML2164 não poderam ser identificados a nível específico devido à sua condição fragmentada. Plesiochelyidae ocorre sobretudo em níveis transgressivos e de influência marinha, o que sugere um habitat marinho costeiro e alguma colonização marinha das tartarugas no Jurássico Superior, em linhagens que não deram origem às tartarugas marinhas do Cretácico Superior nem actuais, que têm uma carapaça mais fenestrada e leve. |
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Tartarugas do jurássico superior de PortugalBacia LusitanianaFormação da LourinhãJurássico SuperiorPleurosternidaePlesiochelyidaeHylaeochelysDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasOs sedimentos litorais do Jurássico Superior de Portugal, sobretudo do Kimmeridgiano e Titoniano, mostram um registo único e rico de tartarugas. Até ao momento, foram identificadas fósseis de Paracryptodira (Pleurosternidae), Eucryptodira basal (Plesiochelyidae e Hylaeochelys) e Pleurodira (Platychelyidae). Descrevem-se aqui quatro espécimes inéditos que compreendem carapaças e plastrão de tartarugas do Jurássico Superior da Bacia Lusitaniana do Membro da Praia Azul da Formação da Lourinhã, nomeadamente da Praia do Caniçal e Praia de Porto das Barcas, no concelho da Lourinhã, e na Praia Azul, no concelho de Torres Vedras. Os quatros espécimes do Museu da Lourinhã foram preparados, analisados e descritos, permitindo a sua identificação e classificação filogenética. O esqueleto craniano e apendicular continua raro e pouco conhecido. Estes espécimes são atribuídos a Pleurosternidae Selenemys lusitanica, a Plesiochelyidae Plesiochelys e Craspedocheys e a Eucriptodira basal Hylaeochelys kappa o que é coerente com o já previamente reportado para a Bacia Lusitaniana. O espécime Selenemys lusitanica ML1247 e o holótipo de Selenemys lusitanica são os únicos espécimes de Pleurosternidae identificados no registo europeu do Kimeridgiano superior. O espécime de Hylaeochelys kappa ML2033 tem caracteres distintos do holótipo de H. kappa, considerados aqui como variação interespecífica. Além disso, Hylaeochelys kappa ML2033 é a ocorrência de Hylaeochelys mais antiga conhecida, sugerindo que a origem do género poderá ser ibérica. Os espécimes Plesiochelys sp. ML425 e Craspedocheys sp. ML2164 não poderam ser identificados a nível específico devido à sua condição fragmentada. Plesiochelyidae ocorre sobretudo em níveis transgressivos e de influência marinha, o que sugere um habitat marinho costeiro e alguma colonização marinha das tartarugas no Jurássico Superior, em linhagens que não deram origem às tartarugas marinhas do Cretácico Superior nem actuais, que têm uma carapaça mais fenestrada e leve.Mateus, OctávioRUNBoas, Rita Isabel Rodrigues Vilas2017-02-24T10:55:15Z2016-122017-022016-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/20136porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:03:24Zoai:run.unl.pt:10362/20136Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:25:59.809187Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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