A amamentação, o feminino e o materno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha,Ana Margarida
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Leal,Isabel, Maroco,João
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005
Resumo: A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) da imprescindibilidade da amamentação durante os primeiros seis meses de vida da criança conduz, em todo o mundo e em todas as circunstâncias, a um conjunto de pressões sociais para a sua prática que colocam a mulher num papel diferenciado ao nível dos cuidados primários à primeira infância e, nessa medida, reforça a assimetria de géneros. Esta investigação tem como objectivo avaliar se a prática da amamentação se traduz em efectivos benefícios para a saúde e bem-estar das crianças, tal como genericamente é assumido, ou se, no mundo dito desenvolvido, a amamentação é mais uma crença de saúde. O estudo, de carácter comparativo, assenta na análise de conteúdo de 300 fichas clínicas de crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os zero e os cinco anos, facultadas por diferentes pediatras, que permitem a avaliação, para lá das características do aleitamento, da saúde geral, do desenvolvimento e das alterações comportamentais das crianças. Foram ainda controladas algumas variáveis que poderiam interferir na saúde, bem-estar e desenvolvimento infantil, como sejam: antecedentes familiares de doenças, intercorrências na gravidez, tempo de gestação e tipo de parto. De acordo com os resultados obtidos, para a variável tipo de alimentação e também para a variável duração do tipo de alimentação, não se observaram diferenças estatisticamente significativas na saúde, no desenvolvimento psicomotor, na evolução estaturo-ponderal, e nas alterações comportamentais (p<0.05) das crianças. Assim sendo, e para lá do prosseguimento da investigação nesta área com recurso a diferentes metodologias e amostras, reforça-se a importância de concluir sobre eventuais vantagens da amamentação já que, enquanto prática exclusivamente feminina, colabora de forma muito importante na manutenção dos estereótipos de género.
id RCAP_38b5aac188c82aa8a9c71e41ee8098cd
oai_identifier_str oai:scielo:S0870-82312007000300005
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A amamentação, o feminino e o maternoAmamentaçãoestereótipo de génerocrenças de saúdeA recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) da imprescindibilidade da amamentação durante os primeiros seis meses de vida da criança conduz, em todo o mundo e em todas as circunstâncias, a um conjunto de pressões sociais para a sua prática que colocam a mulher num papel diferenciado ao nível dos cuidados primários à primeira infância e, nessa medida, reforça a assimetria de géneros. Esta investigação tem como objectivo avaliar se a prática da amamentação se traduz em efectivos benefícios para a saúde e bem-estar das crianças, tal como genericamente é assumido, ou se, no mundo dito desenvolvido, a amamentação é mais uma crença de saúde. O estudo, de carácter comparativo, assenta na análise de conteúdo de 300 fichas clínicas de crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os zero e os cinco anos, facultadas por diferentes pediatras, que permitem a avaliação, para lá das características do aleitamento, da saúde geral, do desenvolvimento e das alterações comportamentais das crianças. Foram ainda controladas algumas variáveis que poderiam interferir na saúde, bem-estar e desenvolvimento infantil, como sejam: antecedentes familiares de doenças, intercorrências na gravidez, tempo de gestação e tipo de parto. De acordo com os resultados obtidos, para a variável tipo de alimentação e também para a variável duração do tipo de alimentação, não se observaram diferenças estatisticamente significativas na saúde, no desenvolvimento psicomotor, na evolução estaturo-ponderal, e nas alterações comportamentais (p<0.05) das crianças. Assim sendo, e para lá do prosseguimento da investigação nesta área com recurso a diferentes metodologias e amostras, reforça-se a importância de concluir sobre eventuais vantagens da amamentação já que, enquanto prática exclusivamente feminina, colabora de forma muito importante na manutenção dos estereótipos de género.ISPA-Instituto Universitário2007-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005Análise Psicológica v.25 n.3 2007reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005Rocha,Ana MargaridaLeal,IsabelMaroco,Joãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:00:17Zoai:scielo:S0870-82312007000300005Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:16:12.195012Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A amamentação, o feminino e o materno
title A amamentação, o feminino e o materno
spellingShingle A amamentação, o feminino e o materno
Rocha,Ana Margarida
Amamentação
estereótipo de género
crenças de saúde
title_short A amamentação, o feminino e o materno
title_full A amamentação, o feminino e o materno
title_fullStr A amamentação, o feminino e o materno
title_full_unstemmed A amamentação, o feminino e o materno
title_sort A amamentação, o feminino e o materno
author Rocha,Ana Margarida
author_facet Rocha,Ana Margarida
Leal,Isabel
Maroco,João
author_role author
author2 Leal,Isabel
Maroco,João
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rocha,Ana Margarida
Leal,Isabel
Maroco,João
dc.subject.por.fl_str_mv Amamentação
estereótipo de género
crenças de saúde
topic Amamentação
estereótipo de género
crenças de saúde
description A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) da imprescindibilidade da amamentação durante os primeiros seis meses de vida da criança conduz, em todo o mundo e em todas as circunstâncias, a um conjunto de pressões sociais para a sua prática que colocam a mulher num papel diferenciado ao nível dos cuidados primários à primeira infância e, nessa medida, reforça a assimetria de géneros. Esta investigação tem como objectivo avaliar se a prática da amamentação se traduz em efectivos benefícios para a saúde e bem-estar das crianças, tal como genericamente é assumido, ou se, no mundo dito desenvolvido, a amamentação é mais uma crença de saúde. O estudo, de carácter comparativo, assenta na análise de conteúdo de 300 fichas clínicas de crianças de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os zero e os cinco anos, facultadas por diferentes pediatras, que permitem a avaliação, para lá das características do aleitamento, da saúde geral, do desenvolvimento e das alterações comportamentais das crianças. Foram ainda controladas algumas variáveis que poderiam interferir na saúde, bem-estar e desenvolvimento infantil, como sejam: antecedentes familiares de doenças, intercorrências na gravidez, tempo de gestação e tipo de parto. De acordo com os resultados obtidos, para a variável tipo de alimentação e também para a variável duração do tipo de alimentação, não se observaram diferenças estatisticamente significativas na saúde, no desenvolvimento psicomotor, na evolução estaturo-ponderal, e nas alterações comportamentais (p<0.05) das crianças. Assim sendo, e para lá do prosseguimento da investigação nesta área com recurso a diferentes metodologias e amostras, reforça-se a importância de concluir sobre eventuais vantagens da amamentação já que, enquanto prática exclusivamente feminina, colabora de forma muito importante na manutenção dos estereótipos de género.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-01-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv ISPA-Instituto Universitário
publisher.none.fl_str_mv ISPA-Instituto Universitário
dc.source.none.fl_str_mv Análise Psicológica v.25 n.3 2007
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137260128436224