Repensar a nostalgia colonial portuguesa e os seus silêncios: um contributo da arte contemporânea para a descolonização do pensamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/93873 |
Resumo: | Nesta dissertação procuramos indagar como, no seio da arte contemporânea, se tem vindo a refletir sobre o legado colonial português, e, em particular, sobre as memórias construídas em torno deste passado. O passado colonial manifesta-se, na contemporaneidade, em narrativas romantizadas e nostálgicas, que implicam um silenciamento do caráter violento do colonialismo. A manutenção deste tipo de discurso evidencia a persistência de estruturas coloniais e, logo, a necessidade de uma descolonização epistémica. O objetivo central desta reflexão é pensar como, ao propor reflexões sobre a memória colonial, a arte contemporânea tem contribuído para uma descolonização do pensamento. Partindo de obras de Daniel Barroca, Maria Lusitano, Ângela Ferreira, Vasco Araújo e Grada Kilomba, concentramo-nos em três temas fulcrais: o fantasma da guerra colonial como reflexo da amnésia generalizada em torno da violência colonial; a ausência de uma reflexão crítica sobre a narrativa glorificadora e romantizada do passado colonial veiculada através de monumentos e construções de índole recreativa edificados pelo Estado Novo (1932-1974), que perpetuam ideais coloniais no presente; e, por fim, as implicações da herança colonial para a condição dos sujeitos da diáspora africana e a necessidade de um processo de descolonização do pensamento que desconstrua as estruturas racistas que persistem do período colonial. |
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