Adversidade e resiliência de jovens portugueses em meios naturais de vida e em lares de infância e juventude

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Judite Zamith
Data de Publicação: 2012
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/20132
Resumo: Na União Europeia, Portugal foi o país que primeiro informou ter crianças/jovens de rua. Em 2011, com cerca de 10 milhões de habitantes , encontravam-se em acolhimento 8.938 crianças e jovens, um decréscimo de 2,2% relativamente a 2010, valores em Março de 2012 do Instituto de Segurança Social - ISS. Eram então menos as entradas do que as saídas (19,9%). Em 2012, ainda há jovens de rua em Portugal, mas também estão a aumentar os que são orientados para institutições de acolhimento. Foi o Instituto de Apoio à Criança (IAC) que, logo em 1989, retirou cerca de 600 da rua. Na atualidade, são diferentes e quisemos conhecer novas realidades, em Lisboa e Braga: os fugitivos têm pais que podem trabalhar; já não são órfãos, que vêm de famílias alargadas e pobres; e têm escola, mas preferem ir ao centro comercial. A internet favorece a fuga e sobrevivem de expedientes cmo arrumar carros e prostituição. Ainda que certas pessoas não saibam amar os filhos, também as questões económicas, sociais e culturais não são de desvalorizar na negligência, violência familiar e abuso. Vivemos uma pobreza radical, quando à fome se acrescenta a falta de cultura de um povo e os "problemas de comportamento" evidenciam-se, em conformidade com o referido levantamento do ISS, na prevalência de 1.622, ou seja, 18,1%, cerca de mais de 400 casos do que em 2010, sendo o nível etário dominante de 15-17 anos. O presente estudo de investigação-ação, no domínio psicossocial - social e afetivo, iniciado em 2012, abrange seis jovens fugitivos, de 13 a 18 anos, a viverem exploração sexual, trabalho infantil ou apanhados nas redes para a toxicodependência e mendicidade. Hoje não aludem tanto terem mães prostitutas ou serem batidas por padrastos. Os objetivos da investigação centram-se em querermos conhecer melhor, jovens que vivem em "meios naturais de vida" ou institucioalizadas, relativamente aos seguintes aspectos: (1) (auto)proteção de condições/fatores adversos; (2) integração de uns quantos pilares de vida, forjados em experiências precoces; e (3) (aprendizagem)tolerância face a adversidades, tendo enfrentado eventos traumáticos. Debater-se-á a limitada resiliência de quem viva em famílias "desestruturadas". Com a mudança de vida, o desenvolvimento em lares/residências, onde se agudizam problemas de conduta reflete-se no modo como reagem a situações de tensão.
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Na atualidade, são diferentes e quisemos conhecer novas realidades, em Lisboa e Braga: os fugitivos têm pais que podem trabalhar; já não são órfãos, que vêm de famílias alargadas e pobres; e têm escola, mas preferem ir ao centro comercial. A internet favorece a fuga e sobrevivem de expedientes cmo arrumar carros e prostituição. Ainda que certas pessoas não saibam amar os filhos, também as questões económicas, sociais e culturais não são de desvalorizar na negligência, violência familiar e abuso. Vivemos uma pobreza radical, quando à fome se acrescenta a falta de cultura de um povo e os "problemas de comportamento" evidenciam-se, em conformidade com o referido levantamento do ISS, na prevalência de 1.622, ou seja, 18,1%, cerca de mais de 400 casos do que em 2010, sendo o nível etário dominante de 15-17 anos. O presente estudo de investigação-ação, no domínio psicossocial - social e afetivo, iniciado em 2012, abrange seis jovens fugitivos, de 13 a 18 anos, a viverem exploração sexual, trabalho infantil ou apanhados nas redes para a toxicodependência e mendicidade. Hoje não aludem tanto terem mães prostitutas ou serem batidas por padrastos. Os objetivos da investigação centram-se em querermos conhecer melhor, jovens que vivem em "meios naturais de vida" ou institucioalizadas, relativamente aos seguintes aspectos: (1) (auto)proteção de condições/fatores adversos; (2) integração de uns quantos pilares de vida, forjados em experiências precoces; e (3) (aprendizagem)tolerância face a adversidades, tendo enfrentado eventos traumáticos. Debater-se-á a limitada resiliência de quem viva em famílias "desestruturadas". Com a mudança de vida, o desenvolvimento em lares/residências, onde se agudizam problemas de conduta reflete-se no modo como reagem a situações de tensão.In the European Union, Portugal was the first country that reported having children / street youth. In 2011, about 10 million inhabitants were in foster children and youth 8938, a decrease of 2.2% compared to 2010 figures in March 2012 the Institute of Social Security - ISS. They were then less inputs than outputs (19.9%). in 2012, there are still street youth in Portugal, but also are increasing that are oriented towards the host institutions. It was the Office and Child Support (IAC) that, as early as 1989, drew about 600 street. Currently, they are different and we wanted to meet new realities, in Lisbon and Braga, the fugitives have parents who can work, are no longer orphans, who come from extended families and poor and have school, but prefer to go to the mall. The internet favours the escape and survive by their wits how to fix cars and prostitution. Although some people do not know love their children, also the economic, social and cultural rights are not to devalue the neglect, family violence and abuse. We live a radical poverty, hunger when you add the lack of culture and a people " behaviour problems "are apparent, in accordance with said lifting of the lSS, the prevalence of 1622, ie, 18.1%, or more than 400 cases in 2010, the age range 15-17 years dominant. This study Research-Action in the psychosocial field - social and emotional, started in 2012, covers six young runaways from 13 to 18 years, living sexual exploitation, and child labour or caught in nets for addiction and begging. Today they do not elude either prostitutes or mothers being beaten by stepfathers. The research objectives focus on wanting to know more about young people living in ‘natural ways of life‘ or institutionalized on the following aspects: (1) (self) protection conditions / adverse factors, (2) integration of a few pillars of life, forged in early experiences, and (3) (teaming) tolerance of adversity and faced traumatic. Debater events will be limited to the resilience of those who live in families "dysfunctional." With the change of life, developing in homes / residences, where more acute problems of conduct is reflected in how they react to stressful situations.Universidade Federal do MaranhãoUniversidade do MinhoCruz, Judite Zamith20122012-01-01T00:00:00Zconference paperinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/20132porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-11T06:35:21Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/20132Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-11T06:35:21Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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