Avaliação das condições de preparação de complexos polieletrolíticos utilizando extratos ou polímeros com origem marinha

• Autor(a) principal: Rita, Dinis Miguel Faleiro
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19295
• topic: Carragenina; Complexação polieletrolítica; Fucoidan; Nanopartículas; Polímeros marinhos; Quitosano; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas

Os polímeros de origem marinha, como o fucoidan, carragenina e quitosano podem ser utilizados em aplicações muito diversas, seja, por exemplo, como produtos dietéticos ou na cicatrização de feridas. Também têm sido propostos para a produção de sistemas de veiculação de fármacos, como as nanopartículas, tirando vantagem do potencial elevado de biodegradação, biocompatibilidade, baixa toxicidade e das várias atividades biológicas que lhes estão associadas. As algas são uma das possíveis fontes de polímeros marinhos. Um dos objetivos deste trabalho consistiu em avaliar a capacidade dos extratos de Sargassum muticum (FSm) para a formação de nanopartículas poliméricas com quitosano (CS), caraterizando-as quanto ao tamanho, índice de polidispersão e potencial zeta. Foram variados os rácios de massa (FSm/CS = 4/1, 1/1 e 1/4), tendo-se obtido tamanhos compreendidos entre 280 e 1040 nm, índices de polidispersão desde 0,23 a 0,66 e valores de potencial zeta entre +33 e +67 mV. Verificou-se uma tendência de aumento de todos estes parâmetros quando estava presente uma maior concentração de CS e, consequentemente, também uma maior concentração total de polímeros. Para estudar a influência da temperatura de reação nas características físico-químicas das nanopartículas foram produzidas nanopartículas com fucoidan obtido a partir de Fucus vesiculosus (FFv) e CS, e também com carragenina (CRG) e CS, fazendo-se uma comparação entre a produção à temperatura ambiente (25 ºC) e a uma temperatura controlada (15 ºC). As nanopartículas FFv/CS demonstraram que a concentração dos polímeros influenciou as suas propriedades físico-químicas, sendo que os parâmetros analisados (tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta) aumentaram com a adição de CS. No entanto, verificou-se que nas nanopartículas CS/FFv o efeito no tamanho e potencial zeta foi o inverso quanto maior a proporção de CS. A comparação dos parâmetros de caraterização das nanopartículas após produção a ambas as temperaturas, indicou que a temperatura de reação não é um fator com muita influência nas caraterísticas das nanopartículas.