(In) Tolerância social na Europa: minorias étnicas, grupos estigmatizados e toxicodependentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Candeias, Pedro Miguel Esteves Varela
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/6462
Resumo: Os primeiros estudos de grande porte sobre a tolerância foram efetuados nos EUA e datam dos anos 1950. Desde então, a análise tem vindo a tornar-se mais abrangente, de tolerância política passou a estudar-se também tolerância social. De uma análise centrada em grupos associados à esquerda do espectro político passaram a ser contemplados diversos grupos políticos minoritários bem como grupos socialmente marginalizados. A dissertação que se apresenta tem com objetivo testar um modelo de preditores para um indicador de intolerância social geral e três indicadores de intolerância face a grupos-alvo específicos: minorias étnicas, grupos estigmatizados e toxicodependentes. Com dados do European Value Study de 2008 e com recurso a regressões multinível são testados preditores de nível contextual e individual. Nos primeiros incluem-se indicadores de modernização, democratização e sentimento de ameaça. Os preditores de nível individual são classificados em sociodemográficos, sociopolíticos, de capital social e psicossociais. Os resultados indicam que, nos preditores sociodemográficos nenhum deles prediz de forma significativa e transversal a intolerância face a todos os grupos-alvo. Nos preditores referentes à dimensão política o eixo de valores materialistas/pós-materialistas, o auto-posicionamento no eixo esquerda-direita, a participação política extraeleitoral e o suporte ao multiculturalismo são transversalmente significativos em todos os modelos. Na dimensão do capital social, a confiança interpessoal é relevante em todos os modelos. Na dimensão psicossocial tanto o bem-estar subjetivo como o conformismo são significativos na relação com a intolerância face a todos os grupos-alvo. Nenhum dos preditores de nível agregado se revelou significativo nos quatro modelos, o indicador de modernização não é significativo na intolerância face a minorias étnicas, já o sentimento de ameaça apenas é significativo no modelo de intolerância face a toxicodependentes. Foram ainda testadas duas interações cross-level: entre o sentimento de ameaça e o habitat e entre a longevidade e o suporte à democracia.
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Com dados do European Value Study de 2008 e com recurso a regressões multinível são testados preditores de nível contextual e individual. Nos primeiros incluem-se indicadores de modernização, democratização e sentimento de ameaça. Os preditores de nível individual são classificados em sociodemográficos, sociopolíticos, de capital social e psicossociais. Os resultados indicam que, nos preditores sociodemográficos nenhum deles prediz de forma significativa e transversal a intolerância face a todos os grupos-alvo. Nos preditores referentes à dimensão política o eixo de valores materialistas/pós-materialistas, o auto-posicionamento no eixo esquerda-direita, a participação política extraeleitoral e o suporte ao multiculturalismo são transversalmente significativos em todos os modelos. Na dimensão do capital social, a confiança interpessoal é relevante em todos os modelos. Na dimensão psicossocial tanto o bem-estar subjetivo como o conformismo são significativos na relação com a intolerância face a todos os grupos-alvo. Nenhum dos preditores de nível agregado se revelou significativo nos quatro modelos, o indicador de modernização não é significativo na intolerância face a minorias étnicas, já o sentimento de ameaça apenas é significativo no modelo de intolerância face a toxicodependentes. Foram ainda testadas duas interações cross-level: entre o sentimento de ameaça e o habitat e entre a longevidade e o suporte à democracia.The first large studies on tolerance were made in the USA and date from the 1950s. Since then, analysis has become broader, covering political and social tolerance. Also, from an analysis centered on leftist groups, to span various political minorities, as well as some socially marginalized groups. The thesis presented here aims to test a model of predictors for a measure of general social intolerance, and social intolerance against three groups: ethnic minorities, stigmatized groups and drug addicts. With data from the 2008 European Value Studies and using multilevel regression models, predictors both from national as individual level are tested. The first level includes indicators of modernization, democratization and threat feeling. The individual-level predictors are classified as demographic, sociopolitical, social capital, and psychosocial. Results indicate that none of the sociodemographic predictors are significative and transversal towards all target groups. In predictors related to the political dimension, the axis materialistic/ post-materialistic values, the self position in left-right axis, the extraeleitoral political participation and the support for multiculturalism are significant across all models. In the dimension of social capital, interpersonal trust is relevant in all models. In the psychosocial dimension subjective, well-being, as well as conformism, are significant in relation to intolerance of all target groups. None of the predictors of the aggregate level proved to be significant in all four models, the indicator of modernization is not significant in intolerance against ethnic minorities; the threat feeling is significant only in the model of intolerance against drug abusers. Further, we tested the existence of two cross-level moderation effects: between threat feeling habitat and between longevity and support for democracy.2014-02-13T16:28:10Z2012-01-01T00:00:00Z20122012-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/6462porCandeias, Pedro Miguel Esteves Varelainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:47:56Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/6462Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:23:19.298405Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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