Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25755/int.6371 |
Resumo: | A partir da segunda metade do século XX, a cultura vem ampliando seu espectro de ação dentro das práticas sociais e disciplinas tradicionais, e essa “virada cultural”, dentre outras coisas, abala um dos paradigmas centrais da ciência moderna, que é separação entre natureza e cultura. Neste artigo, propondo que a educação em ciências priorize as potências de significação das diferenças, analisaremos a produção de dois diferentes artistas visuais latinoamericanos, cujos trabalhos contribuem para pensarmos os papeis das representações culturais das ciências no processo de significação e poder a partir de imagens e narrativas de suas obras. Exploraremos, a partir das imagens das instalações artísticas e com referencial teórico do campo dos Estudos Culturais das Ciências, em suas vertentes pós-estruturalistas, as imagens como linguagem – produtora de sentido e não reveladora de um sentido já existente no mundo “real”. Inicialmente, nossa reflexão acontecerá com Memento mori, exposição do artista catarinense Walmor Corrêa. Pensamos a partir dela, a construção do discurso biológico, e seus pressupostos de verdade. Somando-se intensidades à crítica à separação entre natureza e cultura, nas artes plásticas, dimensionaremos o trabalho do colombiano Alberto Baraya, via sua reflexividade sobre o “impulso colecionista” na obra Herbário de plantas artificiais. No contexto de discussão sobre dissolução da tênue fronteira que separa a ciência e cultura, será analisada a obra do artista em diálogo com fragmentos textuais de suas entrevistas, reconhecendo os “impulsos que movem o artista”, tais como a desconstrução da imagem do naturalista, e, por consequência, de alguns discursos da ciência. |
id |
RCAP_39b1c60ad17d25ba79f83b9b57972f7b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/6371 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturasArtigosA partir da segunda metade do século XX, a cultura vem ampliando seu espectro de ação dentro das práticas sociais e disciplinas tradicionais, e essa “virada cultural”, dentre outras coisas, abala um dos paradigmas centrais da ciência moderna, que é separação entre natureza e cultura. Neste artigo, propondo que a educação em ciências priorize as potências de significação das diferenças, analisaremos a produção de dois diferentes artistas visuais latinoamericanos, cujos trabalhos contribuem para pensarmos os papeis das representações culturais das ciências no processo de significação e poder a partir de imagens e narrativas de suas obras. Exploraremos, a partir das imagens das instalações artísticas e com referencial teórico do campo dos Estudos Culturais das Ciências, em suas vertentes pós-estruturalistas, as imagens como linguagem – produtora de sentido e não reveladora de um sentido já existente no mundo “real”. Inicialmente, nossa reflexão acontecerá com Memento mori, exposição do artista catarinense Walmor Corrêa. Pensamos a partir dela, a construção do discurso biológico, e seus pressupostos de verdade. Somando-se intensidades à crítica à separação entre natureza e cultura, nas artes plásticas, dimensionaremos o trabalho do colombiano Alberto Baraya, via sua reflexividade sobre o “impulso colecionista” na obra Herbário de plantas artificiais. No contexto de discussão sobre dissolução da tênue fronteira que separa a ciência e cultura, será analisada a obra do artista em diálogo com fragmentos textuais de suas entrevistas, reconhecendo os “impulsos que movem o artista”, tais como a desconstrução da imagem do naturalista, e, por consequência, de alguns discursos da ciência.Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém2015-01-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25755/int.6371por1646-2335Amorim, Antonio Carlos Rodrigues deGonçalves, Maria Lívia Conceição Marques Ramosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-02T18:09:21Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/6371Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:47:48.198571Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
title |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
spellingShingle |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas Amorim, Antonio Carlos Rodrigues de Artigos |
title_short |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
title_full |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
title_fullStr |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
title_full_unstemmed |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
title_sort |
Naturezas artificiais e a diferença paradoxal entre ciências e culturas |
author |
Amorim, Antonio Carlos Rodrigues de |
author_facet |
Amorim, Antonio Carlos Rodrigues de Gonçalves, Maria Lívia Conceição Marques Ramos |
author_role |
author |
author2 |
Gonçalves, Maria Lívia Conceição Marques Ramos |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Amorim, Antonio Carlos Rodrigues de Gonçalves, Maria Lívia Conceição Marques Ramos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos |
topic |
Artigos |
description |
A partir da segunda metade do século XX, a cultura vem ampliando seu espectro de ação dentro das práticas sociais e disciplinas tradicionais, e essa “virada cultural”, dentre outras coisas, abala um dos paradigmas centrais da ciência moderna, que é separação entre natureza e cultura. Neste artigo, propondo que a educação em ciências priorize as potências de significação das diferenças, analisaremos a produção de dois diferentes artistas visuais latinoamericanos, cujos trabalhos contribuem para pensarmos os papeis das representações culturais das ciências no processo de significação e poder a partir de imagens e narrativas de suas obras. Exploraremos, a partir das imagens das instalações artísticas e com referencial teórico do campo dos Estudos Culturais das Ciências, em suas vertentes pós-estruturalistas, as imagens como linguagem – produtora de sentido e não reveladora de um sentido já existente no mundo “real”. Inicialmente, nossa reflexão acontecerá com Memento mori, exposição do artista catarinense Walmor Corrêa. Pensamos a partir dela, a construção do discurso biológico, e seus pressupostos de verdade. Somando-se intensidades à crítica à separação entre natureza e cultura, nas artes plásticas, dimensionaremos o trabalho do colombiano Alberto Baraya, via sua reflexividade sobre o “impulso colecionista” na obra Herbário de plantas artificiais. No contexto de discussão sobre dissolução da tênue fronteira que separa a ciência e cultura, será analisada a obra do artista em diálogo com fragmentos textuais de suas entrevistas, reconhecendo os “impulsos que movem o artista”, tais como a desconstrução da imagem do naturalista, e, por consequência, de alguns discursos da ciência. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-01-05 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25755/int.6371 |
url |
https://doi.org/10.25755/int.6371 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1646-2335 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém |
publisher.none.fl_str_mv |
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130948790386688 |