Vulnerabilidade das mulheres em trabalho de parto :

• Autor(a) principal: Pereira, Susana Cristina Vaz
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/44438
• topic: Enfermagem obstétrica; Vulnerabilidade em saúde; Mulheres; Trabalho de parto

O trabalho de parto é um processo fisiológico do qual pode emergir um conjunto de tensões negativas nas mulheres, motivadas por uma panóplia de emoções e sentimentos, traduzidos por medos, receios, incertezas, ansiedades e desejos, cuja intensidade varia em função da individualidade, crenças, conhecimentos, cultura, e padrões socioeconómicos de cada mulher. Este stress afeta as suas respostas físicas, fisiológicas, psicológicas, e comportamentais, de que resultam necessidades que terão necessariamente de ser satisfeitas, caso contrário, poderão potenciar um estado de vulnerabilidade nas mulheres que, por sua vez, se irá repercutir na forma como estas vão vivenciar um momento que deve ser único, tranquilo, positivo e humanizado. Neste trabalho privilegiou-se a dimensão individual da vulnerabilidade, pois é nesta que mais facilmente o enfermeiro pode atuar no bloco de partos. Efetuada uma revisão scoping, partindo da pergunta “quais os fatores que influenciam a vulnerabilidade das mulheres durante o trabalho de parto?”, foi possível identificar três ordens de fatores: o ambiente de cuidados, os cuidados de enfermagem especializados e o trabalho de equipa. No sentido de diminuir a vulnerabilidade das mulheres durante o trabalho de parto, é importante que o enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica atue ao nível da advocacy, intervindo nos fatores referidos, a fim de satisfazer as necessidades de alívio, tranquilidade e transcendência das mulheres, nos contextos físico, psico-espiritual social e ambiental, de acordo com a teoria de conforto de Kolcaba. Conclui-se que as intervenções recomendadas devem passar pela promoção de cuidados centrados nas mulheres e seus conviventes significativos, com respostas holísticas e apoio permanente e solidário.