Síndrome da Fadiga Crónica: Como? Quando? Porquê?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Sónia Cristina Ferreira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8284
Resumo: Introdução: O Síndrome da Fadiga Crónica é uma patologia crónica, caracterizada principalmente pela presença de fadiga intensa, que pode piorar com a actividade mental ou física, não melhora com o repouso, e onde estão presentes também outros sintomas. Vários nomes foram já atribuídos a esta condição, assim como Encefalopatia ou Encefalomielite Miálgica, Mononucleose crónica e Síndrome da Fadiga Pós-Viral. No que diz respeito à síndrome nas crianças, o quadro clínico da condição caracteriza-se de forma semelhante, contudo as consequências e limitações tonam-se mais marcadas. Objectivos: Analisar a literatura actual sobre como, quando e porquê se desenvolve o Síndrome da Fadiga Crónica, dando particular atenção ao quadro nas crianças e adolescentes. Métodos: Para este estudo, foi realizada pesquisa bibliográfica e revisão de literatura, recorrendo principalmente às plataformas PubMed, ScienceDirect, UpToDate e Medline. Discussão: O Síndrome da Fadiga Crónica pode ser diagnosticado em todas as idades e raças, sendo mais comum no sexo feminino, à excepção do caso das crianças onde é igualmente comum entre os dois sexos. Apesar da etiologia desconhecida da síndrome, muitas teorias foram já colocadas em estudo para uma melhor compreensão da mesma e dos factores predisponentes, precipitantes e perpetuadores. Esta síndrome tem como sintoma fundamental a fadiga persistente, mas caracteriza-se também por sintomas acompanhantes como sono não reparador, mal-estar pós exercício físico, artralgias migratórias, mialgias generalizadas, faringite ou odinofagia, cefaleias, gânglios linfáticos aumentados ou dolorosos, entre outros. O diagnóstico desta patologia é clínico e assenta na exclusão de outras causas possíveis para os sintomas do paciente e na aplicação de critérios diagnósticos como os Oxford Criteria, os Canadian Criteria e os Centre for Disease Control and Prevention Criteria. No que diz respeito ao tratamento, este é baseado na melhoria dos sintomas, no aumento da qualidade de vida e no aumento da funcionalidade destes pacientes, podendo ser aplicadas medidas farmacológicas e não farmacológicas, como a terapia de exercício físico gradual, a terapia cognitiva comportamental e o acompanhamento familiar. Conclusão: A etiologia do Síndrome da Fadiga Crónica mantem-se por esclarecer, acreditando-se hoje em dia que um único agente primário não pode ser o responsável, e tendo-se formulado um modelo biopsicossocial. Apesar dos diferentes critérios de diagnóstico existentes, os mais utilizados na prática clínica são os Centre for Disease Control and Prevention Criteria, que assentam na presença de fadiga por um período maior que 6 meses, acompanhada de pelo menos 4 outros sintomas. Apesar de não existir nenhum tratamento que leve à cura desta síndrome, as terapias mais eficazes para estes doentes mostraram ser a terapia de exercício físico gradual e a terapia cognitiva comportamental.
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spelling Síndrome da Fadiga Crónica: Como? Quando? Porquê?Encefalomielite MiálgicaEncefalopatiaFadigaPerturbações SomatoformesSíndrome da Fadiga CrónicaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O Síndrome da Fadiga Crónica é uma patologia crónica, caracterizada principalmente pela presença de fadiga intensa, que pode piorar com a actividade mental ou física, não melhora com o repouso, e onde estão presentes também outros sintomas. Vários nomes foram já atribuídos a esta condição, assim como Encefalopatia ou Encefalomielite Miálgica, Mononucleose crónica e Síndrome da Fadiga Pós-Viral. No que diz respeito à síndrome nas crianças, o quadro clínico da condição caracteriza-se de forma semelhante, contudo as consequências e limitações tonam-se mais marcadas. Objectivos: Analisar a literatura actual sobre como, quando e porquê se desenvolve o Síndrome da Fadiga Crónica, dando particular atenção ao quadro nas crianças e adolescentes. Métodos: Para este estudo, foi realizada pesquisa bibliográfica e revisão de literatura, recorrendo principalmente às plataformas PubMed, ScienceDirect, UpToDate e Medline. Discussão: O Síndrome da Fadiga Crónica pode ser diagnosticado em todas as idades e raças, sendo mais comum no sexo feminino, à excepção do caso das crianças onde é igualmente comum entre os dois sexos. Apesar da etiologia desconhecida da síndrome, muitas teorias foram já colocadas em estudo para uma melhor compreensão da mesma e dos factores predisponentes, precipitantes e perpetuadores. Esta síndrome tem como sintoma fundamental a fadiga persistente, mas caracteriza-se também por sintomas acompanhantes como sono não reparador, mal-estar pós exercício físico, artralgias migratórias, mialgias generalizadas, faringite ou odinofagia, cefaleias, gânglios linfáticos aumentados ou dolorosos, entre outros. O diagnóstico desta patologia é clínico e assenta na exclusão de outras causas possíveis para os sintomas do paciente e na aplicação de critérios diagnósticos como os Oxford Criteria, os Canadian Criteria e os Centre for Disease Control and Prevention Criteria. No que diz respeito ao tratamento, este é baseado na melhoria dos sintomas, no aumento da qualidade de vida e no aumento da funcionalidade destes pacientes, podendo ser aplicadas medidas farmacológicas e não farmacológicas, como a terapia de exercício físico gradual, a terapia cognitiva comportamental e o acompanhamento familiar. Conclusão: A etiologia do Síndrome da Fadiga Crónica mantem-se por esclarecer, acreditando-se hoje em dia que um único agente primário não pode ser o responsável, e tendo-se formulado um modelo biopsicossocial. Apesar dos diferentes critérios de diagnóstico existentes, os mais utilizados na prática clínica são os Centre for Disease Control and Prevention Criteria, que assentam na presença de fadiga por um período maior que 6 meses, acompanhada de pelo menos 4 outros sintomas. Apesar de não existir nenhum tratamento que leve à cura desta síndrome, as terapias mais eficazes para estes doentes mostraram ser a terapia de exercício físico gradual e a terapia cognitiva comportamental.Introduction: Chronic Fatigue Syndrome is a chronic condition characterized mainly by the presence of intense fatigue, which can worsen with mental or physical activity, doesn't improve with rest, and is associated with other symptoms. Several names have already been given to this condition, such as Encephalopathy or Myalgic Encephalomyelitis, Chronic Mononucleosis and Post-Viral Fatigue Syndrome. Regarding the syndrome in children, the clinical outcome of the condition is characterized in a similar way, however the consequences and limitations become more pronounced. Objective: To analyze the current literature on how, when and why Chronic Fatigue Syndrome develops, paying particular attention to the situation in children and teenagers. Methods: For this study, a bibliographic research and literature review was carried out, mainly using the PubMed, ScienceDirect, UpToDate and Medline platforms. Discussion: Chronic Fatigue Syndrome can be diagnosed in all ages and ethnies, being more common in females, except in the case of children where it’s equally common between the two genders. Despite the unknown etiology of the syndrome, many theories have already been put under investigation for a better understanding of the syndrome and the predisposing, precipitating and perpetuating factors. This syndrome has as its fundamental symptom the persistent fatigue, but is also characterized by accompanying symptoms such as non-repairing sleep, discomfort after physical exercise, migratory arthralgia, generalized myalgias, pharyngitis or odynophagia, headache, enlarged or painful lymph nodes, among others. The diagnosis of this pathology is clinical and is based on the exclusion of other possible causes for the patient's symptoms and on the application of diagnostic criteria such as the Oxford Criteria, the Canadian Criteria and the Centers for Disease Control and Prevention Criteria. In what concerns the treatment, is based on improving the symptoms, increasing the quality of life and increasing the functionality of these patients, being pharmacological and non-pharmacological measures appliable, such as the gradual physical exercise therapy, cognitive behavioral therapy and family support. Conclusion: The Chronic Fatigue Syndrome etiology remains unclear, and it's believed that a single primary agent can't be held responsible and a biopsychosocial model has been formulated. Despite the different diagnostic criteria, the most used in clinical practice are the Center for Disease Control and Prevention Criteria, which rely on the presence of fatigue for a period longer than 6 months, accompanied by at least 4 other symptoms. Although there’s no treatment that leads to the cure of this syndrome, gradual physical exercise therapy and cognitive behavioral therapy have shown to be the most effective therapies for these patients.Correia, Paula Cristina Moreira AntunesuBibliorumSilva, Sónia Cristina Ferreira da2020-01-14T17:29:17Z2018-04-202018-06-082018-06-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8284TID:202363104porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:12Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8284Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:39.240275Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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