A Grande Guerra nas Colónias Portuguesas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/667 |
Resumo: | A Grande Guerra foi um marco fulcral e decisivo de mudança política na vida nacional até quase ao começo dos anos trinta do século passado. Contudo, não foi o conflito bélico que deu importância aos territórios ultramarinos de África. Eles eram uma herança recebida da Monarquia e integralmente assumida pela República. Julgamos que poderemos ir até mais longe na nossa afirmação: as colónias eram desejadas pelos republicanos para mostrarem ao país e ao mundo quanto poderiam fazer de diferente na administração dos territórios de além-mar, patenteando os erros coloniais da Monarquia. Esse era o objectivo dos mais conscientes republicanos, que olhavam as províncias do ultramar como fonte de progresso local e nacional. Desta feita, a República assumiu para si responsabilidades coloniais que, ao contrário de enjeitar, acalentava, na lembrança da defesa de um património recebido da gesta heróica dos descobridores dos séculos XV e XVI. É segundo este enquadramento estratégico que nos iremos debruçar ao traçar a problemática desta exposição, tendo como objectivo recordar e realçar o que foi a Grande Guerra nas colónias de Angola e Moçambique, passando pelas motivações abscônditas da beligerância nacional e pela razão por que, a par de uma defesa local, era inteligente o empenhamento na frente de combate em França. Dissociar a guerra no ultramar da guerra na Europa correspondia a um erro de cálculo político, cometido por alguns, mas escorraçado por aqueles que possuíam a visão abrangente de que a defesa de Portugal não se fazia só dentro dos seus territórios. |
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