Padrões de desflorestação e sua relação com redes rodoviárias e ferroviárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sismeiro, Pedro Afonso Perdigão
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/59300
Resumo: Tese de Mestrado, Ecologia e Gestão Ambiental, 2023, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências
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spelling Padrões de desflorestação e sua relação com redes rodoviárias e ferroviáriasEcologia de rodoviasEcologia de ferroviasInfraestruturas linearesBiomas tropicaisTeses de mestrado - 2023Domínio/Área Científica::Ciências Naturais::Ciências BiológicasTese de Mestrado, Ecologia e Gestão Ambiental, 2023, Universidade de Lisboa, Faculdade de CiênciasO continente Africano é detentor da segunda maior floresta tropical do mundo. As condições históricas do continente levaram a situações socioeconómicas e políticas que na maioria dos países resultaram numa rede rodoviária limitada e de uso temporário. Devido à governança vigente na região, existe atualmente uma incerteza e um desconhecimento relativo à sua situação infraestrutural. Com o crescimento populacional que o continente irá sofrer nas próximas décadas, torna-se imperativo aliviar a pobreza da região através de crescimento económico, o que implica um desenvolvimento infraestrutural. Neste momento existem vários projetos de desenvolvimento infraestrutural na região, que incluem 33 corredores de desenvolvimento, que consistem em infraestruturas lineares como rodovias e ferrovias. No seu total, estes projetos irão atravessar 400 áreas protegidas, deixando-as suscetíveis à desflorestação e colonização, entrando em conflito com a conservação dos biomas tropicais do continente. De momento, os impactos associados a rodovias em biomas tropicais já se encontram bastante estudados nos restantes continentes tropicais, mas o conhecimento relativo à ecologia de ferrovias encontra-se ainda severamente limitado. Como tal, torna-se imperativo expandir o conhecimento relativo aos impactos das ferrovias, de modo a determinar se poderão funcionar como uma alternativa às rodovias relativamente à questão da desflorestação, uma vez que, comparativamente às rodovias, são uma infraestrutura mais isolada. Ou se, em alternativa, será preferível aplicar uma política de prevenção do primeiro corte para garantir a conservação das florestas do continente Africano. Recorrendo à plataforma “OpenStreetMap” foram obtidos ficheiros vetoriais (em formato shapefile) resultantes de uma colaboração coletiva (crowdsourcing) referentes às infraestruturas rodoviárias e ferroviárias de vários países Africanos. Estes ficheiros foram então utilizados para selecionar pontos de amostragem e de controlo para cada país. Os pontos foram então exportados para a plataforma “Google Earth Engine”, onde, recorrendo às bases de dados de Hansen (Global Forest Change Data), foram identificadas as coberturas florestais no ano 2000 e a desflorestação dentro do período 2000-2018. A aplicação de testes de hipóteses revelou que ambos os tipos de infraestrutura induzem positivamente a desflorestação, o que indica que uma política de prevenção do primeiro corte poderá ser a melhor alternativa para o continente. No entanto, não podemos esquecer que a origem da informação referente às vias de comunicação utilizada poderá influenciar os resultados, assim como a incerteza associada ao continente Africano. Torna-se então imperativo repetir este estudo recorrendo a informação oficial relativa às vias de comunicação, assim como expandir este tipo de estudo para os restantes continentes com biomas tropicais, para ser possível definir planos oficiais de atuação e perceber a existência ou não de variabilidade ao nível do continente.The African continent holds the second-largest tropical rainforest in the world. The continents’ historical conditions lead to socioeconomic and political situations that resulted in limited and of temporary use road networks. Due to the governance of the region at the moment there is uncertainty and lack of knowledge regarding its infrastructural situation. With the population growth that the continent will endure in the next decades, it becomes imperative to relieve the region from poverty with economic growth, which involves infrastructural development. At present, there are various infrastructural development projects in the region, including 33 development corridors, which consist of linear infrastructures such as roads and railways. In total, these projects will cross 400 protected areas, leaving them susceptible to deforestation and colonization, getting into conflict with the conservation of continents’ tropical biomes. At the moment, the impacts of roads on tropical biomes are already thoroughly studied in the remaining tropical continents, but the knowledge regarding railway ecology is still severely limited. Therefore, it becomes imperative to expand the knowledge related to the impacts of railways, so it can be determined if they might work as an alternative to roads regarding deforestation, since, once compared to roads, they appear to be a more isolated structure. Or if it might be preferable to apply an avoiding first-cut policy to ensure the conservation of the African continents’ forests. Using the “OpenStreetMap” platform crowdsourced shapefiles with the road and railway infrastructure of various African countries were obtained. These shapefiles were used to create sampling points and control points for each country. The points were then exported to the Google Earth Engine platform, where, using the Hasen databases (Global Forest Change Data), the forest cover for the year 2000, alongside the deforestation during the period 2000-2018, was measured. The application of hypothesis tests revealed that both types of infrastructure induce positive deforestation, which indicates that a policy of avoiding the first cut might be the best option for the continent. However, it can’t be forgotten that the source of the shapefiles might have influenced the results, as well as the uncertainty associated with the African continent. It becomes imperative to repeat this study with official shapefiles for the infrastructures, as is to expand this type of study for the remaining continents with tropical biomes so it can be possible to define official conservation programs and to perceive the variability at a continent level.Ascensão, Fernando Jorge Portela MartinsFerreira, Ana Cristina NavarroRepositório da Universidade de LisboaSismeiro, Pedro Afonso Perdigão2023-09-14T14:59:52Z202320222023-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/59300porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:08:20Zoai:repositorio.ul.pt:10451/59300Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:09:13.757757Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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