Pode a Vegetação das Galerias Ribeirinhas Reflectir as Perturbações Resultantes da Actividade Humana?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte,Maria Cristina
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Aguiar,Francisca Constança, Ferreira,Maria Teresa, Albuquerque,António
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522007000200008
Resumo: Neste trabalho exploram-se as relações entre atributos específicos (e.g. ciclo de vida, hábito, tipo de dispersão), atributos das comunidades vegetais (e.g. riqueza florística, número de estratos) e perturbações antrópicas em cursos de água do tipo mediterrânico. Realizaram-se 205 inventários, no Centro e Sul de Portugal, tendo-se estimado variáveis relacionadas com a perturbação do sistema fluvial, utilizando uma escala de cinco classes (sem alterações significativas a fortemente alteradas). Usaram-se atributos taxonómicos, funcionais e biológicos das espécies presentes em cada local, assim como atributos das comunidades considerados como possíveis indicadores da sua estrutura e naturalidade. As relações entre atributos e variáveis de perturbação foram analisadas usando os coeficientes de correlação de Spearman. Em geral, o ciclo de vida, tipo de reprodução vegetativa, classe taxonómica e consistência foram os atributos das espécies mais reactivos à perturbação. As componentes nativa e exótica da flora apresentaram, geralmente, respostas opostas à perturbação, excepto no caso da conectividade; regime hidrológico, acidificação/toxicidade, input de nutrientes, morfologia do sistema fluvial, qualidade global do habitat e impacto do uso do solo afectaram positivamente a componente exótica e negativamente a nativa. Os resultados apontam para o potencial dos atributos das espécies e das comunidades na bioavaliação da integridade dos ecossistemas ripícolas.
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