Instabilidade multidirecional do ombro: como actuar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves,Pedro AC
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Gutierres,Manuel AP
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000200004
Resumo: Objetivo: Efetuar uma revisão atualizada da literatura sobre o diagnóstico e o tratamento da instabilidade multidirecional do ombro. Fontes dos dados: A informação foi pesquisada através da base de dados PubMed, usando as seguintes palavras-chave: “instability”, “multidirectional”, “shoulder”, “diagnosis”, “treatment” e “surgery”. A pesquisa restingiu-se a artigos em inglês, publicados depois de 2000. Outros trabalhos foram pesquisados a partir de referências dos anteriores. Foram ainda incluídos artigos com data anterior à definida, pela particular relevância ao tema, perfazendo um total de 64 referências. Síntese dos dados: A instabilidade multidirecional do ombro é uma patologia caracteristicamente atraumática, bilateral, resultante da falência dos estabilizadores estáticos e dinâmicos da glenoumeral, originando o aparecimento de subluxações ou mesmo luxações. O diagnóstico é essencialmente clínico, podendo ser complementado pela imagiologia através da ressonância magnética com ou sem injeção de contraste. A abordagem terapêutica deve ser maioritariamente conservadora, pois apresenta taxas de sucesso de cerca de 90%. Em caso de falência, o tratamento cirúrgico aberto ou artroscópico, através de capsulorrafias e plicaturas, pode estar indicado, resultando em taxas de sucesso superiores a 80%. Conclusões: Embora classicamente o tratamento preconizado para a instabilidade multidirecional do ombro seja conservador, através de um programa de reabilitação muscular e propriocetiva, a consulta da bibliografia sugere que, em casos de persistência da sintomatologia, o recurso a técnicas cirúrgicas, abertas ou artroscópicas, está indicado, apresentando taxas de sucesso elevadas (à exceção da capsulorrafia térmica) quando complementadas por adequada reabilitação pós-cirúrgica, embora os períodos de follow-up sejam inferiores a 5 anos.
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