Hiperplasia supra-renal congénita CYP21 na criança
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/81754 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área cientifica de Endocrinologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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Hiperplasia supra-renal congénita CYP21 na criançacortex suprarrenalhiperplasia suprarrenal congénitaCAHCYP21A2esteroidogenesevirilizaçãoDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina área cientifica de Endocrinologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraA hiperplasia suprarrenal congénita CYP21A2 é uma doença autossómica recessiva provocada por mutações deletérias do gene CYP21A2. Estas condicionam uma redução na função do enzima esteroidogénico CYP21A2, o que provoca um hipocortisolismo com consequente ativação do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, uma hiperplasia funcional do córtex suprarrenal e desvio dos percursores enzimáticos acumulados para a síntese de androgénios corticais. A gravidade das suas manifestações clínicas é bastante variável, de acordo com a mutação subjacente, correspondendo por isso a um espectro de sintomas. Agrupamos os fenótipos desta doença em 3 variantes: perdedora de sal, virilizante simples e não-clássica. As duas primeiras associam-se à virilização do feto feminino (em grau variável) por hiperandrogenismo pré-natal. A variante perdedora de sal tem também associado um défice mineralocorticóide, que pode provocar no recém-nascido uma crise adrenal potencialmente fatal. A forma não-clássica é de manifestação mais tardia, apresentando-se geralmente com sinais de hiperandrogenismo durante a infância ou no início da idade adulta. Todas as variantes são potencialmente deletérias para o crescimento da criança, pois o hiperandrogenismo promove uma aceleração prematura do crescimento e encerramento precoce das epífises. O tratamento pré-natal desta doença é possível, onde se pretende evitar a virilização do feto do sexo feminino. Em alguns países está implementado o rastreio neonatal da hiperplasia suprarrenal congénita CYP21A2, o que permite a deteção precoce dos indivíduos afetados para uma intervenção mais eficaz. O diagnóstico é laboratorial, e faz-se perante uma suspeita clínica. Os marcadores mais importantes são a 17-hidroxiprogesterona e a androstenediona, utilizando-se a atividade plasmática da renina para o diagnóstico da variante perdedora de sal. O tratamento da hiperplasia suprarrenal congénita na criança tem como objetivos substituir as hormonas em falta, impedir o hiperandrogenismo e prevenir crises adrenais. A administração do glicocorticóide sintético hidrocortisona diminui a libertação de adrenocorticotrofina pela hipófise permitindo assim controlar a produção cortical de androgénios. É também utilizado o corticóide sintéticos 9α-fludrocortisona como substituição mineralocorticóide. Existem outros fármacos e diferentes formulações em estudo. A genitoplastia é uma atitude terapêutica cirúrgica a considerar na virilização severa do feto feminino. No adulto os objetivos do tratamento incluem evitar o hiperandrogenismo e infertilidade na mulher, e prevenir tumores testiculares no homem.The congenital adrenal hyperplasia CYP21A2 is an autosomal recessive disorder caused by deleterious mutations of the CYP21A2 gene. These mutations cause a reduction in the activity of the steroidogenic enzyme CYP21A2, causing a hypocortisolism that activates the hypothalamic-pituitary-adrenal axis, with consequent functional adrenal cortex hyperplasia and deviation of percursor molecules to the synthesis of cortical androgens. The severity of clinical manifestations varies according to the underlying mutation, and therefore these patients can present a spectrum of symptoms. The different phenotypes are grouped in three variants: salt wasting, simple virilizing and non-classical. The first two are associated with virilization of female fetus (in various degrees) by prenatal hyperandrogenism. The salt-wasting variant is also associated with a mineralocorticoid deficit, which can cause a life-threatening adrenal crisis in the newborn. The non-classical manifestation presents itself later in life, usually with signs of hyperandrogenism during childhood or early adulthood. All variants are potentially harmful to the child's growth since the hyperandrogenism in childhood promotes an acceleration of growth and early closure of the epiphysis. The diagnosis and prenatal treatment of this disease is possible, and aims to prevent virilization of the female fetus. Some countries implement neonatal screening of congenital adrenal hyperplasia CYP21A2, which allows early detection of affected individuals and therefore a more effective intervention. The diagnosis is laboratorial, and is used to confirm a clinical suspicion. The most important markers are 17-hydroxyprogesterone and androstenedione. The plasma renin activity is used for the diagnosis of the salt wasting variant. The treatment of congenital adrenal hyperplasia in children aims to replace the missing hormones, prevent adrenal crises and prevent hyperandrogenism. Administration of the synthetic glucocorticoid hydrocortisone decreases the release of pituitary adrenocorticotropin thereby controlling the production of cortical androgens. The synthetic steroid 9α-fludrocortisone is used as mineralocorticoid replacement. There are different formulations and other drugs being studied. In the severe virilization of the female fetus the genitoplasty is a therapeutic approach to consider. In the adult treatment goals include avoiding hyperandrogenism and infertility in women, and preventing testicular tumors in man.2012-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/81754http://hdl.handle.net/10316/81754porFernandes, Marco António Louroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/81754Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:47.947799Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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