New molecular prognostic and predictive biomarkers in stage II colorectal cancer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/13698 |
Resumo: | O cancro colorectal permanece uma enorme preocupação de saúde, sendo o terceiro cancro mais diagnosticado e o quarto responsável pelo maior número de mortes por cancro na Europa. Em Portugal, o cancro colorectal é simultaneamente o mais diagnosticado e o mais letal. A incidência desta doença aumentou nos últimos 30 anos e espera-se que aumente cerca de 60%, com mais de 2,2 milhões de novos casos e 1,1 milhões de mortes em todo o mundo até 2030. Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, cerca de 20% dos pacientes, diagnosticados com cancro colorectal no estadio II, apesar de sujeitos a cirurgia com intenção curativa, relapsam. Atualmente, a decisão sobre a administração de quimioterapia adjuvante após a cirurgia não é nem consensual, nem eficaz, e baseia-se sobretudo no estadiamento da doença. Seria uma mais valia a existência de biomarcadores de prognóstico para estratificar os pacientes e ajudar a decidir quem deve ser tratado, e biomarcadores preditivos, que previssem o benefício efetivo da administração de determinado quimioterápico. Com este projeto o nosso objetivo é ampliar o conhecimento científico atual relativamente a potenciais marcadores moleculares que consigam estratificar os pacientes e antecipar quais irão efetivamente beneficiar da quimioterapia adjuvante atual. Para isso investigámos, por imunohistoquímica, na nossa série de 230 pacientes com cancro colorectal no estadio II, o potencial biomarcador de 3 fatores de transcrição - CDX2, SOX9 e SOX2 e da instabilidade de microssatélites, por análise de expressão das proteínas de mismatch repair. Para além disso pesquisámos a presença da mutação BRAFV600E por sequenciação de Sanger. Na nossa série de carcinomas colorectais, a baixa expressão de CDX2 e a expressão de novo de SOX2 correlacionaram significativamente com uma menor diferenciação do tumor. A expressão de SOX2 demonstrou valor prognóstico apenas para os casos negativos para o SOX9. Nestes casos, a expressão de SOX2 resultou numa maior probabilidade de recidiva. Para além disso, em pacientes tratados com quimioterapia adjuvante, a expressão de novo de SOX2 correlacionou significativamente com um pior prognóstico dos doentes (p<0.01). Para validar o SOX2 como biomarcador preditivo de resposta à terapia, testámos a viabilidade de uma linha celular de carcinoma colorectal após silenciamento e sobre-expressão de SOX2, mas infelizmente não se observaram diferenças significativas. No entanto, resultados obtidos anteriormente pelo nosso grupo de investigação num modelo celular intestinal diferente já tinham sugerido que a resistência ao 5-FU seria, pelo menos parcialmente, mediada pelo SOX2. Por essa razão, as nossas observações neste estudo retrospetivo merecem continuar a ser investigadas num futuro próximo. |
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Seria uma mais valia a existência de biomarcadores de prognóstico para estratificar os pacientes e ajudar a decidir quem deve ser tratado, e biomarcadores preditivos, que previssem o benefício efetivo da administração de determinado quimioterápico. Com este projeto o nosso objetivo é ampliar o conhecimento científico atual relativamente a potenciais marcadores moleculares que consigam estratificar os pacientes e antecipar quais irão efetivamente beneficiar da quimioterapia adjuvante atual. Para isso investigámos, por imunohistoquímica, na nossa série de 230 pacientes com cancro colorectal no estadio II, o potencial biomarcador de 3 fatores de transcrição - CDX2, SOX9 e SOX2 e da instabilidade de microssatélites, por análise de expressão das proteínas de mismatch repair. Para além disso pesquisámos a presença da mutação BRAFV600E por sequenciação de Sanger. Na nossa série de carcinomas colorectais, a baixa expressão de CDX2 e a expressão de novo de SOX2 correlacionaram significativamente com uma menor diferenciação do tumor. A expressão de SOX2 demonstrou valor prognóstico apenas para os casos negativos para o SOX9. Nestes casos, a expressão de SOX2 resultou numa maior probabilidade de recidiva. Para além disso, em pacientes tratados com quimioterapia adjuvante, a expressão de novo de SOX2 correlacionou significativamente com um pior prognóstico dos doentes (p<0.01). Para validar o SOX2 como biomarcador preditivo de resposta à terapia, testámos a viabilidade de uma linha celular de carcinoma colorectal após silenciamento e sobre-expressão de SOX2, mas infelizmente não se observaram diferenças significativas. No entanto, resultados obtidos anteriormente pelo nosso grupo de investigação num modelo celular intestinal diferente já tinham sugerido que a resistência ao 5-FU seria, pelo menos parcialmente, mediada pelo SOX2. Por essa razão, as nossas observações neste estudo retrospetivo merecem continuar a ser investigadas num futuro próximo.Colorectal cancer (CRC) remains a serious health concern, being the third most commonly diagnosed cancer and the fourth leading cause of cancer-related death in Europe, In Portugal, CRC is both the most frequently diagnosed and the one that causes more cancer-related deaths. The incidente of this disease increased in the last thirty years and i tis expected to rise by 60% to more than 2.2 million new cases and 1.1 million cancer deaths by 2030. Despite advances in diagnosis and treatment, up to 20% of stage II CRC patientes subjected to tumor resection with curative intente develop disease recurrence. The therapeutic approach after surgery is yet not consensual, nor effective, and depends to a large extent on disease staging. It would be desirable to have both prognostic biomarkers, that stratify better the patients and thus help to identify who should be treated, and predictive biomarkers that foretold of the benefit of administering a specific chemotherapeutic drug to cancer patientes. With this project, we intend to improve scientific insight into new molecular parameters that could help to distinguish specific of CRC stage II patientes and foresee which can effectively benefit from current adjuvante therapy treatments. For thispurpose, in our 230 stage II CRC patient cohort, we investigated by immunohistochemistry the biomarker of 3 transcription factos – CDX2, SOX2, SOX9 – and also microsatellite status, by analysis of expression of the mismatch repair proteins. We have also assessed BRAFV600E mutation status by Sanger Sequencing. In our CRC series, low CDX2 expression and de novo SOX2 expression significantly correlated with less tumor differentiation SOX2 expression showed prognostic value but when considering only cases negative for SOX9. In this case, SOX2 expression resulted in worst disease-free survival. Moreover, in patients treated with adjuvante chemotherapy, de novo SOX2 expression significantly correlated with worse patient outcome (P<0.01). For further validation of SOX2 as a predictive biomarker of resistance to therapy, we tested the viability of a CRC cell line treated with 5-FU, after up- and down-regulation of SOX2 expression but unfortunately, we did not observe significant diferences. Despite this, previous results from our research group in a diferente intestinal celular model had already suggested that 5-FU therapy resistance is at least partially mediated by SOX2. For that reason, our observations in the retrospective study desserve to be further exploited in the near future.Almeida, RaquelMesquita, PatriciaPrudêncio, CristinaRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoSoares, Sara Maria Azevedo Ribeirinho2019-05-09T14:16:05Z2018-102018-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/13698TID:202243435enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:55:28Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/13698Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:33:32.244149Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O cancro colorectal permanece uma enorme preocupação de saúde, sendo o terceiro cancro mais diagnosticado e o quarto responsável pelo maior número de mortes por cancro na Europa. Em Portugal, o cancro colorectal é simultaneamente o mais diagnosticado e o mais letal. A incidência desta doença aumentou nos últimos 30 anos e espera-se que aumente cerca de 60%, com mais de 2,2 milhões de novos casos e 1,1 milhões de mortes em todo o mundo até 2030. Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, cerca de 20% dos pacientes, diagnosticados com cancro colorectal no estadio II, apesar de sujeitos a cirurgia com intenção curativa, relapsam. Atualmente, a decisão sobre a administração de quimioterapia adjuvante após a cirurgia não é nem consensual, nem eficaz, e baseia-se sobretudo no estadiamento da doença. Seria uma mais valia a existência de biomarcadores de prognóstico para estratificar os pacientes e ajudar a decidir quem deve ser tratado, e biomarcadores preditivos, que previssem o benefício efetivo da administração de determinado quimioterápico. Com este projeto o nosso objetivo é ampliar o conhecimento científico atual relativamente a potenciais marcadores moleculares que consigam estratificar os pacientes e antecipar quais irão efetivamente beneficiar da quimioterapia adjuvante atual. Para isso investigámos, por imunohistoquímica, na nossa série de 230 pacientes com cancro colorectal no estadio II, o potencial biomarcador de 3 fatores de transcrição - CDX2, SOX9 e SOX2 e da instabilidade de microssatélites, por análise de expressão das proteínas de mismatch repair. Para além disso pesquisámos a presença da mutação BRAFV600E por sequenciação de Sanger. Na nossa série de carcinomas colorectais, a baixa expressão de CDX2 e a expressão de novo de SOX2 correlacionaram significativamente com uma menor diferenciação do tumor. A expressão de SOX2 demonstrou valor prognóstico apenas para os casos negativos para o SOX9. Nestes casos, a expressão de SOX2 resultou numa maior probabilidade de recidiva. Para além disso, em pacientes tratados com quimioterapia adjuvante, a expressão de novo de SOX2 correlacionou significativamente com um pior prognóstico dos doentes (p<0.01). Para validar o SOX2 como biomarcador preditivo de resposta à terapia, testámos a viabilidade de uma linha celular de carcinoma colorectal após silenciamento e sobre-expressão de SOX2, mas infelizmente não se observaram diferenças significativas. No entanto, resultados obtidos anteriormente pelo nosso grupo de investigação num modelo celular intestinal diferente já tinham sugerido que a resistência ao 5-FU seria, pelo menos parcialmente, mediada pelo SOX2. Por essa razão, as nossas observações neste estudo retrospetivo merecem continuar a ser investigadas num futuro próximo. |
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