Desafios do “turístico” na atualidade: uma introdução surpreendida por uma pandemia

Bibliographic Details
Main Author: Sampaio, S.
Publication Date: 2021
Other Authors: Vidal, F., Lourenço, I.
Format: Article
Language: por
Source: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Download full: http://hdl.handle.net/10071/22379
Summary: Durante muitos anos, o turismo foi visto como um objeto de estudo emergente cuja pertinência e legitimidade científica eram frequentemente questionadas. Antropólogos e sociólogos experimentaram e, em alguns casos, relataram (ex.: Nash 2005) as dificuldades e os desafios próprios de quem se dedica a construir um novo campo de investigação: ausência de financiamento; inexistência de quadros conceptuais e disciplinares adequados; incompreensão por parte dos pares; e, de uma forma geral, uma certa marginalização académica, capaz de gerar, nos seus intervenientes, tanto de entusiasmo quanto de frustração. A perceção do turismo e dos turistas como “intrusos” no trabalho de campo foi dando lugar à vontade de compreender essa presença (M. Silva 1993; Doquet 2010). Foi quando o turismo se afirmou como uma indústria internacional em rápida ascensão, a partir de finais dos anos 60 do século passado, que o interesse das ciências sociais pelo turismo ganhou força e forma. Existe uma bibliografia considerável que procura traçar as origens, expansão e consolidação desse interesse (ex.: Nash 2005; Dann e Parrinello 2009), dando-nos a ver as principais tendências que se estabeleceram desde a criação dos primeiros seminários e cursos (Graburn 1980) até à “explosão” de estudos, em anos mais recentes, muito para lá do âmbito das ciências sociais (cf. Jamal e Robinson 2009) e dos centros geográficos de conhecimento de onde estes estudos começaram por emanar.
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