Bruxismo em praticantes de treino de força
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/51894 |
Resumo: | Objetivos: Caracterizar o bruxismo e outros hábitos parafuncionais na população adulta, praticante de treino de força em Portugal, investigar a sua prevalência e fatores associados. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional e transversal, dirigido a adultos praticantes de treino de força, residentes em Portugal. Os dados foram obtidos através de um questionário on-line, que recolheu informação sobre a rotina de treino, os comportamentos orais parafuncionais, utilizando a Lista de Comportamentos Orais Parafuncionais (LACO) e a perceção de stress, através da Escala de Perceção de Stress (EPS). Foi apresentada a estatística descritiva dos dados e utilizados os testes de Fisher, Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Kruskall- Wallis (α=0,05). Resultados: A amostra incluiu 213 participantes. A prevalência de Bruxismo da Vigília (BV) e do Sono (BS) reportada foi de 51,6 a 79% e 16 a 29,1%, respetivamente. O BS não estava associado às características do treino. O BV estava relacionado com a intensidade de treino baixa ou intermédia (p=0,006) e volume de treino baixo ou intermédio (p=0,041). Determinou- se uma associação significativa entre apresentar BS e BV, concomitantemente (p=0,042). O bruxismo não demonstrou associação ao consumo de substâncias. Verificaram-se associações positivas entre um nível de stress percecionado mais elevado e apresentar BS (p=0,006) ou BV (p=0,008), ser do género feminino (p=0,001), ser desempregado ou estudante (p=0,010). Conclusão: A população praticante de treino de força apresentou uma prevalência de bruxismo alta, estando esta relacionada com o stress. São necessários mais estudos que investiguem o bruxismo relacionado com as características do treino de força. Os Médicos Dentistas e treinadores de fitness podem ter um papel importante na consciencialização dos atletas sobre a importância da utilização eventual de um protetor bucal. |
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Bruxismo em praticantes de treino de forçaTeses de mestrado - 2021Saúde OralObjetivos: Caracterizar o bruxismo e outros hábitos parafuncionais na população adulta, praticante de treino de força em Portugal, investigar a sua prevalência e fatores associados. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional e transversal, dirigido a adultos praticantes de treino de força, residentes em Portugal. Os dados foram obtidos através de um questionário on-line, que recolheu informação sobre a rotina de treino, os comportamentos orais parafuncionais, utilizando a Lista de Comportamentos Orais Parafuncionais (LACO) e a perceção de stress, através da Escala de Perceção de Stress (EPS). Foi apresentada a estatística descritiva dos dados e utilizados os testes de Fisher, Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Kruskall- Wallis (α=0,05). Resultados: A amostra incluiu 213 participantes. A prevalência de Bruxismo da Vigília (BV) e do Sono (BS) reportada foi de 51,6 a 79% e 16 a 29,1%, respetivamente. O BS não estava associado às características do treino. O BV estava relacionado com a intensidade de treino baixa ou intermédia (p=0,006) e volume de treino baixo ou intermédio (p=0,041). Determinou- se uma associação significativa entre apresentar BS e BV, concomitantemente (p=0,042). O bruxismo não demonstrou associação ao consumo de substâncias. Verificaram-se associações positivas entre um nível de stress percecionado mais elevado e apresentar BS (p=0,006) ou BV (p=0,008), ser do género feminino (p=0,001), ser desempregado ou estudante (p=0,010). Conclusão: A população praticante de treino de força apresentou uma prevalência de bruxismo alta, estando esta relacionada com o stress. São necessários mais estudos que investiguem o bruxismo relacionado com as características do treino de força. Os Médicos Dentistas e treinadores de fitness podem ter um papel importante na consciencialização dos atletas sobre a importância da utilização eventual de um protetor bucal.Objectives: To characterize bruxism and other parafunctional habits in the adult population practicing strength training in Portugal, and to investigate its prevalence and associated factors. Materials and Methods: An observational and cross-sectional study was carried out, aimed at adults who practice strength training, in Portugal. Data was obtained through an online questionnaire, which collected information about the training routine, parafunctional oral behaviors, using the portuguese version of the Oral Behaviors Checklist, and the perception of stress, through the portuguese version of the Perceived Stress Scale (PSS) Descriptive statistics of the data were presented and the Fisher, Chi-Square, Mann-Whitney and Kruskall-Wallis tests were used (α=0.05). Results: The sample included 213 participants. The reported prevalence of Awake Bruxism (AB) and Sleep Bruxism (SB) was 51.6 to 79% and 16 to 29.1%, respectively. SB was not associated with the training routine. AB was related to low or intermediate training intensity (p=0.006) and low or intermediate training volume (p=0.041). A significant association was determined between having SB and AB, concomitantly (p=0.042). Bruxism was not associated with substance use. Positive associations were found between displaying higher levels of perceived stress and having SB (p=0.006) or AB (p=0.008), being a female (p=0.001), being unemployed, or a student (p=0.010). Conclusion: The population that practices strength training showed a high prevalence bruxism, which was related to stress. More studies investigating the relationship between bruxism and strength training are needed. Dentists and fitness coaches can play an important role in raising awareness among athletes about the importance of eventually using a mouthguard.Quaresma, Maria Carlos Cardoso Real DiasRepositório da Universidade de LisboaPereira, Maria Yolanda Buzzo2022-03-22T16:02:52Z2021-11-252021-11-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/51894TID:202966224porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:56:55Zoai:repositorio.ul.pt:10451/51894Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:07.175236Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Objetivos: Caracterizar o bruxismo e outros hábitos parafuncionais na população adulta, praticante de treino de força em Portugal, investigar a sua prevalência e fatores associados. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional e transversal, dirigido a adultos praticantes de treino de força, residentes em Portugal. Os dados foram obtidos através de um questionário on-line, que recolheu informação sobre a rotina de treino, os comportamentos orais parafuncionais, utilizando a Lista de Comportamentos Orais Parafuncionais (LACO) e a perceção de stress, através da Escala de Perceção de Stress (EPS). Foi apresentada a estatística descritiva dos dados e utilizados os testes de Fisher, Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Kruskall- Wallis (α=0,05). Resultados: A amostra incluiu 213 participantes. A prevalência de Bruxismo da Vigília (BV) e do Sono (BS) reportada foi de 51,6 a 79% e 16 a 29,1%, respetivamente. O BS não estava associado às características do treino. O BV estava relacionado com a intensidade de treino baixa ou intermédia (p=0,006) e volume de treino baixo ou intermédio (p=0,041). Determinou- se uma associação significativa entre apresentar BS e BV, concomitantemente (p=0,042). O bruxismo não demonstrou associação ao consumo de substâncias. Verificaram-se associações positivas entre um nível de stress percecionado mais elevado e apresentar BS (p=0,006) ou BV (p=0,008), ser do género feminino (p=0,001), ser desempregado ou estudante (p=0,010). Conclusão: A população praticante de treino de força apresentou uma prevalência de bruxismo alta, estando esta relacionada com o stress. São necessários mais estudos que investiguem o bruxismo relacionado com as características do treino de força. Os Médicos Dentistas e treinadores de fitness podem ter um papel importante na consciencialização dos atletas sobre a importância da utilização eventual de um protetor bucal. |
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