As novas guerras: o desafio da guerra híbrida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Hugo Miguel Moutinho
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/36182
Resumo: As últimas décadas têm trazido a debate as alterações no caráter da guerra contemporânea. O objetivo deste estudo é efetuar uma análise ao conceito daquilo a que muitos teorizadores designam por guerra híbrida. Pese embora o fenómeno da guerra híbrida não seja novo, como defendemos nesta análise, a ascensão deste conceito veio representar em si uma dificuldade acrescida para o ambiente securitário, e mais concretamente para o planeamento e resposta a efetuar no combate às ameaças híbridas futuras por parte da Aliança. Esta “nova” forma de fazer a guerra, assente na teoria da guerra híbrida, engloba uma combinação única de ameaças híbridas (Estados falhados e atores não-estatais, apoiados por Estados), que exploram uma combinação de desafios, empregando todas as formas de guerra e táticas, mais frequentemente em simultâneo. É fundamental que entendamos essas características de mudança, a sua natureza, as suas relações e a sua história para uma compreensão aproximada do fenómeno. Apesar de existirem, ao longo da história, vários exemplos de guerras que se enquadram nesta caraterização, iremos analisar com maior profundidade o pensamento e modelo de guerra híbrida conduzido pela Rússia na anexação da Crimeia e intervenção no leste da Ucrânia, em 2014. Esta guerra híbrida representa um claro desafio aos vários níveis para a Aliança e Estados membros, que terão que responder com estratégias claras e abrangentes.
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