Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/91475 |
Resumo: | RESUMO - O cancro do colo do útero (CCU) é o terceiro com maior incidência e mortalidade nas portuguesas entre os 15 e 44 anos. O rastreio constitui uma estratégia efetiva para diminuir estas taxas, embora em Portugal se continue a verificar a existência de disparidades na sua adesão. Assim, este trabalho pretendeu estudar a prevalência e fatores associados à não-adesão ao rastreio do CCU em Portugal. Realizou-se um estudo observacional e transversal, incluindo mulheres dos 25 aos 64 anos que participaram no Inquérito Nacional de Saúde 2014. Foi estimada a prevalência e analisada a associação entre diversos fatores e a não-adesão ao rastreio do CCU. Foram calculados odds ratio (OR) e intervalos de confiança a 95% (IC 95%) através de regressão logística, ajustando para a idade e escolaridade. A prevalência de não-adesão foi de 13,2% (IC 95%: 12,0-14,0). Apresentaram maior probabilidade de não-aderir ao rastreio (OR; IC 95%): mulheres mais novas, com baixa escolaridade (6,14; 3,66-10,32) ou rendimento, desempregadas, solteiras (3,40; 2,51-4,60), nascidas fora de Portugal, que nunca tinham realizado uma consulta/com consulta médica ≥ 12 meses, nunca tinham estado grávidas ou nunca tinham realizado mamografia (15,49; 9,27-25,89). A não-adesão apresentou também diferenças entre as regiões nacionais. Não foi encontrada uma associação com o subsistema ou seguro de saúde, o Índice de Massa Corporal ou o consumo de tabaco. O presente estudo demonstrou que persistem desigualdades na adesão ao rastreio do CCU em Portugal, reforçando a necessidade de estratégias que permitam combater estas disparidades e melhorar a utilização deste cuidado preventivo. |
id |
RCAP_3c6ef6968d9079c726e5d7eab064d933 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:run.unl.pt:10362/91475 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014Cancro do colo do úterorastreiodesigualdadesCervical cancerscreeninginequalitiesDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisRESUMO - O cancro do colo do útero (CCU) é o terceiro com maior incidência e mortalidade nas portuguesas entre os 15 e 44 anos. O rastreio constitui uma estratégia efetiva para diminuir estas taxas, embora em Portugal se continue a verificar a existência de disparidades na sua adesão. Assim, este trabalho pretendeu estudar a prevalência e fatores associados à não-adesão ao rastreio do CCU em Portugal. Realizou-se um estudo observacional e transversal, incluindo mulheres dos 25 aos 64 anos que participaram no Inquérito Nacional de Saúde 2014. Foi estimada a prevalência e analisada a associação entre diversos fatores e a não-adesão ao rastreio do CCU. Foram calculados odds ratio (OR) e intervalos de confiança a 95% (IC 95%) através de regressão logística, ajustando para a idade e escolaridade. A prevalência de não-adesão foi de 13,2% (IC 95%: 12,0-14,0). Apresentaram maior probabilidade de não-aderir ao rastreio (OR; IC 95%): mulheres mais novas, com baixa escolaridade (6,14; 3,66-10,32) ou rendimento, desempregadas, solteiras (3,40; 2,51-4,60), nascidas fora de Portugal, que nunca tinham realizado uma consulta/com consulta médica ≥ 12 meses, nunca tinham estado grávidas ou nunca tinham realizado mamografia (15,49; 9,27-25,89). A não-adesão apresentou também diferenças entre as regiões nacionais. Não foi encontrada uma associação com o subsistema ou seguro de saúde, o Índice de Massa Corporal ou o consumo de tabaco. O presente estudo demonstrou que persistem desigualdades na adesão ao rastreio do CCU em Portugal, reforçando a necessidade de estratégias que permitam combater estas disparidades e melhorar a utilização deste cuidado preventivo.ABSTRACT - Cervical cancer (CC) is the third with the highest incidence and mortality in Portuguese women aged 15 to 44. Screening is an effective strategy to reduce these rates, although in Portugal adherence to this screening still presents disparities. Thus, this study aimed to assess the prevalence and factors associated with CC screening non-adherence in Portugal. An observational, cross-sectional study was performed in women aged 25 to 64 that participated in the 2014 Portuguese National Health Survey. The prevalence was estimated and the association between multiple factors and CC screening non-adherence was analyzed. Odds ratio (OR) and 95% confidence intervals (95% CI) were calculated, using logistic regression, adjusting for age and educational level. The prevalence of non-adherence was 13,2% (95% CI: 12,0-14,0). A higher odds of screening non-adherence (OR, CI 95%) was found for: younger women, with low levels of education (6,14; 3,66-10,32) or income, unemployed, single (3,40; 2,51-4,60), born outside Portugal, who had never had/had a medical appointment ≥ 12 months, were never pregnant or had never had a mammography (15,49; 9,27-25,89). The non-adherence also showed differences across the national regions. No association was found with public or private health insurance, Body Mass Index or smoking. This study showed that inequalities in CC screening adherence in Portugal persist, reinforcing the need for strategies that allow to tackle these disparities and improve this preventive care use.Dias, SóniaLeite, AndreiaRUNNunes, Mariana Fortuna2021-07-22T00:30:31Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/91475TID:202380220porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:40:39Zoai:run.unl.pt:10362/91475Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:37:20.947094Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
title |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
spellingShingle |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 Nunes, Mariana Fortuna Cancro do colo do útero rastreio desigualdades Cervical cancer screening inequalities Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais |
title_short |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
title_full |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
title_fullStr |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
title_full_unstemmed |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
title_sort |
Fatores associados à não-adesão ao rastreio do cancro do colo do útero em Portugal : análise dos dados do inquérito Nacional de Saúde de 2014 |
author |
Nunes, Mariana Fortuna |
author_facet |
Nunes, Mariana Fortuna |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Dias, Sónia Leite, Andreia RUN |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nunes, Mariana Fortuna |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cancro do colo do útero rastreio desigualdades Cervical cancer screening inequalities Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais |
topic |
Cancro do colo do útero rastreio desigualdades Cervical cancer screening inequalities Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais |
description |
RESUMO - O cancro do colo do útero (CCU) é o terceiro com maior incidência e mortalidade nas portuguesas entre os 15 e 44 anos. O rastreio constitui uma estratégia efetiva para diminuir estas taxas, embora em Portugal se continue a verificar a existência de disparidades na sua adesão. Assim, este trabalho pretendeu estudar a prevalência e fatores associados à não-adesão ao rastreio do CCU em Portugal. Realizou-se um estudo observacional e transversal, incluindo mulheres dos 25 aos 64 anos que participaram no Inquérito Nacional de Saúde 2014. Foi estimada a prevalência e analisada a associação entre diversos fatores e a não-adesão ao rastreio do CCU. Foram calculados odds ratio (OR) e intervalos de confiança a 95% (IC 95%) através de regressão logística, ajustando para a idade e escolaridade. A prevalência de não-adesão foi de 13,2% (IC 95%: 12,0-14,0). Apresentaram maior probabilidade de não-aderir ao rastreio (OR; IC 95%): mulheres mais novas, com baixa escolaridade (6,14; 3,66-10,32) ou rendimento, desempregadas, solteiras (3,40; 2,51-4,60), nascidas fora de Portugal, que nunca tinham realizado uma consulta/com consulta médica ≥ 12 meses, nunca tinham estado grávidas ou nunca tinham realizado mamografia (15,49; 9,27-25,89). A não-adesão apresentou também diferenças entre as regiões nacionais. Não foi encontrada uma associação com o subsistema ou seguro de saúde, o Índice de Massa Corporal ou o consumo de tabaco. O presente estudo demonstrou que persistem desigualdades na adesão ao rastreio do CCU em Portugal, reforçando a necessidade de estratégias que permitam combater estas disparidades e melhorar a utilização deste cuidado preventivo. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019 2019-01-01T00:00:00Z 2021-07-22T00:30:31Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10362/91475 TID:202380220 |
url |
http://hdl.handle.net/10362/91475 |
identifier_str_mv |
TID:202380220 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137990338936832 |