Bibliotecas na saúde… e a saúde nas bibliotecas?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/6312 |
Resumo: | Em arquivos e bibliotecas a presença de fungos é considerada nefasta pelas suas implicações na conservação e leitura de documentos históricos e pela sua associação a problemas de saúde sentidos pelos funcionários e utentes que frequentam estes locais. De acordo com alguns autores, os problemas de saúde mais reportados por funcionários em Bibliotecas e Arquivos são dermatite, rinite, alergias e asma. Embora revestida de inegável importância, existem poucos estudos internacionais sobre a temática e, em Portugal, a contaminação fúngica em ambiente arquivístico e em bibliotecas é ainda muito pouco conhecida. O estudo realizado em quatro Arquivos Portugueses teve como objectivo conhecer a contaminação fúngica, contribuindo para a análise da qualidade do ar interior desses espaços e sua comparação com estudos internacionais. Para isso foram recolhidas amostras de ar e de superfícies e estas foram analisadas por métodos clássicos de cultura e, quando necessário, por métodos de biologia molecular. A avaliação foi feita quantitativa e qualitativamente, considerando os requisitos legais em vigor. No que respeita à análise do ar, o número de unidades formadoras de colónias (UFC)/m3 nunca excedeu as 500 (limite legislado), tendo sido verificada contaminação interior em todos os locais estudados. Comparativamente aos estudos realizados anteriormente em contextos semelhantes foram encontrados níveis elevados de contaminação por leveduras nas amostras de ar analisadas em Arquivos Portugueses. Não foi identificado nenhum fungo patogénico neste estudo, mas em quase todas as amostras estavam presentes fungos potencialmente toxinogénicos. Dentro do grupo dos Aspergillus, o A.versicolor mostrou predominância, tendo este fungo reconhecidas capacidades de emissão de micotoxinas em ambiente de interior. A inclusão de amostras de superfície revelou-se vital para conhecer todo o espectro fúngico existente em cada um dos locais estudados, incluindo a detecção de Stachybotrys chartarum e a do fungo potencialmente queratinofílico, Chrysosporium carmichaelli. Tanto para a saúde como para a conservação, o recente estudo realizado em quatro arquivos permitiu retirar importantes conclusões e reforçar a necessidade de vigilância, sendo também útil para a definição de padrões de qualidade no campo do património cultural. |
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O estudo realizado em quatro Arquivos Portugueses teve como objectivo conhecer a contaminação fúngica, contribuindo para a análise da qualidade do ar interior desses espaços e sua comparação com estudos internacionais. Para isso foram recolhidas amostras de ar e de superfícies e estas foram analisadas por métodos clássicos de cultura e, quando necessário, por métodos de biologia molecular. A avaliação foi feita quantitativa e qualitativamente, considerando os requisitos legais em vigor. No que respeita à análise do ar, o número de unidades formadoras de colónias (UFC)/m3 nunca excedeu as 500 (limite legislado), tendo sido verificada contaminação interior em todos os locais estudados. Comparativamente aos estudos realizados anteriormente em contextos semelhantes foram encontrados níveis elevados de contaminação por leveduras nas amostras de ar analisadas em Arquivos Portugueses. Não foi identificado nenhum fungo patogénico neste estudo, mas em quase todas as amostras estavam presentes fungos potencialmente toxinogénicos. Dentro do grupo dos Aspergillus, o A.versicolor mostrou predominância, tendo este fungo reconhecidas capacidades de emissão de micotoxinas em ambiente de interior. A inclusão de amostras de superfície revelou-se vital para conhecer todo o espectro fúngico existente em cada um dos locais estudados, incluindo a detecção de Stachybotrys chartarum e a do fungo potencialmente queratinofílico, Chrysosporium carmichaelli. Tanto para a saúde como para a conservação, o recente estudo realizado em quatro arquivos permitiu retirar importantes conclusões e reforçar a necessidade de vigilância, sendo também útil para a definição de padrões de qualidade no campo do património cultural.ABSTRACT - Fungal presence in archives and librairies is considered worrisome for its implications in the conservation of historical documents and for its association with health issues reported by staff and public attending these premises. Dermatitis, rhinitis, allergies and asthma are the most frequently mentioned health problems. Despite its undeniable importance, this issue has seldom been studied abroad and, in Portugal, the context of fungal contamination in archives and librairies is still somewhat unknown. The study developed in four Portuguese Archives was designed to analyse indoor fungal contamination as a part of an indoor air quality evaluation. Air and surface samples were performed and analysed by both classical culturing methods and molecular biology protocols. The qualitative and quantitative results were compared to international data and current legislation. As far as air samples are concerned, the number of colony forming units (CFU) never exceeded the limit value of 500, with indoor contamination in all studied locations. Compared to previous studies in similar settings, the number of yeasts was higher in Portuguese Archives. No potentially pathogenic fungus was identified but potentially toxinogenic fungi were present in almost every sample taken. Within the Aspergillus group, A.versicolor was the most represented and this fungus has proven the ability to produce mycotoxins in indoor environments. Surface samples proved invaluable in revealing the spectra of fungal contamination, allowing the detection of Stachybotrys chartarum and the potentially keratinophylic Chrysosporium carmichaelli. For both health and conservation, this study allowed important conclusions to be drawn, namely the need for staff protection, environmental surveillance and definition of quality standards for Cultural Heritage.RCIPLPinheiro, Ana CatarinaViegas, CarlaVeríssimo, CristinaBrandão, JoãoMacedo, Maria Filomena2016-07-08T12:23:53Z2016-042016-04-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/6312porPinheiro AC, Viegas C, Veríssimo C, Brandão J, Macedo MF. Bibliotecas na saúde… e a saúde nas bibliotecas? In: XII Jornadas APDIS – Investigação, Inovação, Intervenção: partilha de conhecimento em saúde, Reitoria da Universidade de Coimbra, 20-22 de abril de 2016.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T09:50:58Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/6312Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:15:28.009911Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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