Estudo da infeção por Toxoplasma gondii em animais exóticos e selvagens de cativeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fangueiro, Sara Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5966
Resumo: A toxoplasmose, causada pelo protozoário intracelular Toxoplasma gondii, é reportada como endémica em muitos países a nível mundial (Ajzenberg et al. 2004; Dubey, 2004). Os felinos, domésticos e silváticos, são os únicos hospedeiros definitivos do parasita, excretando milhões de oocistos que, em condições ambientais adequadas, esporulam para se tornar infetantes. Uma grande variedade de animais homeotérmicos, incluindo os próprios felinos, é considerada hospedeiro intermediário (Davidson, 2000). O presente estudo consistiu no rastreio serológico da infeção por Toxoplasma gondii, utilizando o teste de aglutinação modificado (“modified agglutination test” – MAT), de 42 animais existentes no Jardim Zoológico de Santo Inácio, em Gaia, Portugal, dos quais 25 (59,5%) eram mamíferos e 17 (40,5%) eram aves. Os resultados obtidos revelaram uma seroprevalência geral de infeção de 23,8% (10/42), sendo que todos os animais positivos eram mamíferos, o que se revelou estaticamente significativo. No que diz respeito ao tipo de alimentação, foi possível verificar que o grupo de mamíferos alimentados à base de carne crua apresentou uma seroprevalência significativamente mais elevada (80%) quando comparado com o grupo de animais alimentados à base de legumes, fruta e ração (26%). Nenhum estudo sobre a infeção por T. gondii em animais exóticos e selvagens em cativeiro em Portugal foi, até à data de entrega desta dissertação, publicado e, apesar do número total de animais estudados ser reduzido, este pode ser considerado um trabalho preliminar de extrema importância onde se pretende obter níveis atualizados de seroprevalência de infeção. Adicionalmente, os resultados do presente estudo suscitam preocupação devido à transmissão do parasita em zoos, uma vez que foi possível encontrar animais que já tiveram um primeiro contacto com T.gondii.
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