Funcionamento Familiar e Conflito Trabalho–Família: estudo com enfermeiros, professores e outros profissionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neto, Mário Jorge Batista
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Sequeira, Joana (Orientadora), Cardoso, Ilda Massano (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/976
Resumo: Objetivo: Analisar a perceção do funcionamento familiar e da relação trabalho-família (através da existência, ou não, de conflito), em enfermeiros, professores e outros profissionais. Metodologia: Participaram neste estudo 752 profissionais, sendo 658 enfermeiros, 56 professores e 38 profissionais de outras áreas, com idades compreendidas entre os 21 anos e os 64 anos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Avaliação da Flexibilidade e da Coesão Familiar (FACES-IV), a Work Family Conflict Scale (MWFCS) e um questionário sociodemográfico. Resultados: Os profissionais percebem as suas famílias como sendo funcionais. Os enfermeiros percecionam maior coesão e os professores maior flexibilidade e desmembramento. Os enfermeiros com idades entre os 20 e os 40 anos consideram-se mais coesos e satisfeitos com a sua família. Os casados são mais flexíveis e mais satisfeitos e, o casal sem filhos, mais coeso do que as outras configurações familiares e as famílias monoparentais são as mais flexíveis tal como quem tem dois ou mais filhos. Os enfermeiros que têm um rendimento entre 1000 euros e 2000 euros mensais perceciona-se como mais coesos O conflito trabalho família percecionado entre os profissionais é mediano. Os enfermeiros e, em particular, os homens percecionam maior conflito trabalho-família. Existem correlações fracas entre o funcionamento familiar e o conflito trabalho família. Conclusões: Esta investigação traz contributos para a compreensão do papel e do impacto da família no contexto laboral e vice-versa permitindo equacionar estratégias de conciliação ajustadas à realidade familiar e laboral. / Purpose: The main objective of this study was to analyze the perception that nurses, teachers and other workers have of family functioning, and the relations between work and family (trought the existence, or not, of conflict). Methodology: A total of 752 workers, 658 nurses, 56 teachers, 38 of other workers, with ages between 21 and 64 participated in this research. The instruments applied were the Family Adaptability and Cohesion Scale (FACESIV), the Work Family Conflict Scale (MWFCS), and the socio-demographic and complementary data questionnaire. Results: Professionals perceive their families as being functional. Nurses perceive greater cohesion and teachers more flexibility and dismemberment. Nurses between the ages of 20 and 40 consider themselves more cohesive and satisfied with their family. Married couples are more flexible and more satisfied, and the childless couple, more cohesive than other family settings and single-parent families, are the more flexible as one who has two or more children. Nurses who have an income between 1000 euros and 2000 euros per month perceive themselves as more cohesive. The work family conflict perceived among professionals is medium. Nurses and particularly men perceive greater work-family conflict. There are weak correlations between family functioning and family work conflict. Conclusion: This research contributes to the understanding of the role and impact of the family in the work context in which these professionals are inserted, as well the role and impact of work in the work context.
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