Prática de chemsex entre homens que fazem sexo com homens (HSH) durante período de isolamento social por COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: De Sousa, Álvaro Francisco Lopes
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Queiroz, Artur Acelino Francisco Luz Nunes, Lima, Shirley Verônica Melo Almeida, Almeida, Priscilla Dantas, De Oliveira, Layze Braz, Chone, Jeremias Salomão, Araújo, Telma Maria Evangelista, Brignol, Sandra Mara Silva, De Sousa, Anderson Reis, Mendes, Isabel Amélia Costa, Dias, Sónia, Fronteira, Inês
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/116645
Resumo: Investigar os fatores associados à prática do sexo sob o efeito de drogas (chemsex) entre homens que fazem sexo com homens (HSH) durante período de isolamento social, no contexto da pandemia da COVID-19. Inquérito multicêntrico online, aplicado aos territórios de Brasil e Portugal em abril de 2020, enquanto os dois países vivenciavam medidas sanitárias restritivas para a doença. Os participantes foram recrutados valendo-se de uma adaptação do método respondent driven sampling (RDS) ao ambiente virtual. Os dados foram coletados usando redes sociais e aplicativos de encontro voltados a HSH. Utilizamos regressão logística bivariada e multivariada para a produção das odds bruto (OR) e ajustado (ORa). Em um universo de 2.361 sujeitos, 920 (38,9%) realizaram a prática do chemsex, que, em 95% dos casos, foi realizada com parceiro casual. Aumentaram as chances de se envolver em chemsex: morar no Brasil (ORa = 15,4; IC95%: 10,7-22,1); não estar em isolamento social (ORa = 4,9; IC95%: 2,2-10,9); fazer sexo casual durante o distanciamento social (ORa = 52,4; IC95%: 33,8-81,4); fazer sexo grupal (ORa = 2,9; IC95%: 2,0-4,4); não apresentar nenhum tipo de sintoma para a COVID-19 (ORa = 1,3; IC95%: 1,1-1,8); não residir com o parceiro (ORa = 1,8; IC95%: 1,2-2,6) e estar em uso da profilaxia pré-exposição (ORa = 2,6; IC95%: 1,8-3,7). A ocorrência de chemsex foi elevada, sobretudo no Brasil, onde o isolamento social proposto não sensibilizou os HSH à adesão. The aim of this study was to investigate factors associated with sex practice under the effect of drugs (chemsex) among men who have sex with men (MSM) during the period of social isolation in the context of the COVID-19 pandemic. A multicenter online survey was applied to Brazil and Portugal in April 2020 when the two countries were under restrictive health measures due to the pandemic. Participants were recruited with an adaptation of the respondent driven sampling (RDS) method in the online environment. Data were collected using social networks and dating apps for MSM. We used bivariate and multivariate logistic regression to produce crude (OR) and adjusted odds ratios (aOR). In a universe of 2,361 subjects, 920 (38.9%) reported engaging in chemsex practice, which involved casual partners in 95% of the cases. Higher OR of engaging in chemsex were associated with Brazil (aOR = 15.4; 95%CI: 10.7-22.1), not being in social isolation (aOR = 4.9; 95%CI: 2.2-10.9), engaging in casual sex during social distancing (aOR = 52.4; 95%CI: 33.8-81.4), group sex (aOR = 2.9; 95%CI: 2.0-4.4), not presenting any symptom of COVID-19 (aOR = 1.3; 95%CI: 1.1-1.8), not living with the sex partner (aOR = 1.8; 95%CI: 1.2-2.6), and using pre-exposure prophylaxis (aOR = 2.6; 95%CI: 1.8-3.7). The occurrence of chemsex was high, especially in Brazil, where the proposed social distancing did not gain adherence by MSM. El objetivo fue investigar los factores asociados a la práctica del sexo bajo el efecto de drogas (chemsex), entre hombres que practican sexo con hombres (HSH) durante el período de aislamiento social en el contexto de la pandemia de la COVID-19. Se realizó una encuesta multicéntrica en línea, aplicada al territorio de Brasil y Portugal en abril de 2020, mientras los dos países vivían medidas sanitarias restrictivas por la COVID-19. Los participantes se reclutaron mediante una adaptación del método respondent driven sampling (RDS) al ambiente virtual. Los datos fueron recabados usando redes sociales y aplicaciones de encuentros dirigidos a HSH. Utilizamos la regresión logística bivariada y multivariada para la producción de las odds ratio brutas (OR) y ajustadas (ORa). En un universo de 2.361 sujetos, 920 (38,9%) realizaron la práctica del chemsex, que en el 95% de los casos se realizó con una pareja casual. Aumentaron las oportunidades de implicarse en chemsex: vivir en Brasil (ORa = 15,4; IC95%: 10,7-22,1); no estar en aislamiento social (ORa: = 4,9; IC95%: 2,2-10,9); practicar sexo casual durante el distanciamiento social (ORa = 52,4; IC95%: 33,8-81,4); practicar sexo grupal (ORa = 2,9; IC95%: 2,0-4,4); no presentar ningún tipo de síntoma de COVID-19 (ORa = 1,3; IC95%: 1.1-1.8); no residir con la pareja (ORa = 1,8; IC95%: 1,2-2,6) y estar usando la profilaxis previa a la exposición (ORa = 2,6; IC95%: 1,8-3,7). La ocurrencia de chemsex fue elevada, sobre todo en Brasil, donde el aislamiento social propuesto no sensibilizó a los HSH a la adhesión.
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Os participantes foram recrutados valendo-se de uma adaptação do método respondent driven sampling (RDS) ao ambiente virtual. Os dados foram coletados usando redes sociais e aplicativos de encontro voltados a HSH. Utilizamos regressão logística bivariada e multivariada para a produção das odds bruto (OR) e ajustado (ORa). Em um universo de 2.361 sujeitos, 920 (38,9%) realizaram a prática do chemsex, que, em 95% dos casos, foi realizada com parceiro casual. Aumentaram as chances de se envolver em chemsex: morar no Brasil (ORa = 15,4; IC95%: 10,7-22,1); não estar em isolamento social (ORa = 4,9; IC95%: 2,2-10,9); fazer sexo casual durante o distanciamento social (ORa = 52,4; IC95%: 33,8-81,4); fazer sexo grupal (ORa = 2,9; IC95%: 2,0-4,4); não apresentar nenhum tipo de sintoma para a COVID-19 (ORa = 1,3; IC95%: 1,1-1,8); não residir com o parceiro (ORa = 1,8; IC95%: 1,2-2,6) e estar em uso da profilaxia pré-exposição (ORa = 2,6; IC95%: 1,8-3,7). A ocorrência de chemsex foi elevada, sobretudo no Brasil, onde o isolamento social proposto não sensibilizou os HSH à adesão. The aim of this study was to investigate factors associated with sex practice under the effect of drugs (chemsex) among men who have sex with men (MSM) during the period of social isolation in the context of the COVID-19 pandemic. A multicenter online survey was applied to Brazil and Portugal in April 2020 when the two countries were under restrictive health measures due to the pandemic. Participants were recruited with an adaptation of the respondent driven sampling (RDS) method in the online environment. Data were collected using social networks and dating apps for MSM. We used bivariate and multivariate logistic regression to produce crude (OR) and adjusted odds ratios (aOR). In a universe of 2,361 subjects, 920 (38.9%) reported engaging in chemsex practice, which involved casual partners in 95% of the cases. 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Se realizó una encuesta multicéntrica en línea, aplicada al territorio de Brasil y Portugal en abril de 2020, mientras los dos países vivían medidas sanitarias restrictivas por la COVID-19. Los participantes se reclutaron mediante una adaptación del método respondent driven sampling (RDS) al ambiente virtual. Los datos fueron recabados usando redes sociales y aplicaciones de encuentros dirigidos a HSH. Utilizamos la regresión logística bivariada y multivariada para la producción de las odds ratio brutas (OR) y ajustadas (ORa). En un universo de 2.361 sujetos, 920 (38,9%) realizaron la práctica del chemsex, que en el 95% de los casos se realizó con una pareja casual. Aumentaron las oportunidades de implicarse en chemsex: vivir en Brasil (ORa = 15,4; IC95%: 10,7-22,1); no estar en aislamiento social (ORa: = 4,9; IC95%: 2,2-10,9); practicar sexo casual durante el distanciamiento social (ORa = 52,4; IC95%: 33,8-81,4); practicar sexo grupal (ORa = 2,9; IC95%: 2,0-4,4); no presentar ningún tipo de síntoma de COVID-19 (ORa = 1,3; IC95%: 1.1-1.8); no residir con la pareja (ORa = 1,8; IC95%: 1,2-2,6) y estar usando la profilaxis previa a la exposición (ORa = 2,6; IC95%: 1,8-3,7). La ocurrencia de chemsex fue elevada, sobre todo en Brasil, donde el aislamiento social propuesto no sensibilizó a los HSH a la adhesión.Population health, policies and services (PPS)Global Health and Tropical Medicine (GHTM)Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT)RUNDe Sousa, Álvaro Francisco LopesQueiroz, Artur Acelino Francisco Luz NunesLima, Shirley Verônica Melo AlmeidaAlmeida, Priscilla DantasDe Oliveira, Layze BrazChone, Jeremias SalomãoAraújo, Telma Maria EvangelistaBrignol, Sandra Mara SilvaDe Sousa, Anderson ReisMendes, Isabel Amélia CostaDias, SóniaFronteira, Inês2021-05-01T22:54:13Z20202020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article11application/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/116645por0102-311XPURE: 27511581https://doi.org/10.1590/0102-311X00202420info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:59:20Zoai:run.unl.pt:10362/116645Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:43:11.767300Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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