Uma coisa é aquilo que eu gostaria, outra é aquilo que será possível... Tempos de incerteza e a incerta transição para o 2º filho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Vanessa
Data de Publicação: 2014
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/22508
Resumo: A fecundidade portuguesa é actualmente uma das mais baixas da Europa, quando nos anos 70 era ainda uma das mais elevadas. Desde então tem registado um declínio persistente, mesmo em anos mais recentes, quando a tendência europeia passou a ser de ligeira recuperação. Este declínio singulariza - se pelo adiamento do segundo filh o. Adiar este nascimento passou a ser um comportamento reprodutivo comum, em parte responsável pela visibilidade das descendências de filho único. Uma pesquisa extensiva sobre as trajectórias reprodutivas da coorte de 1970 - 75 expôs a ambivalência em relaçã o a esta transição. Equacionam - se novos requisitos para o exercício de uma parentalidade responsável; insinua - se um ideal de vida childfree ; pesam as considerações em torno das condições de bem - estar que importa garantir. No contexto actual de incerteza, p recarização das condições de vida e recuo do Estado social amplificam - se os custos directos e indirectos da parentalidade e, consequentemente, o adiamento. Esta comunicação pretende dar a conhecer, através da história de um casal, os meandros da negociação conjugal da vinda do segundo filho, numa fase da vida em que o tempo “biológico” começa a escassear, e as circunstâncias biográficas e estruturais que confluem na indecisão e no adiamento. Trata - se de uma primeira análise das entrevistas a casais recolhid as no âmbito da pesquisa em curso sobre o duplo adiamento em marcha na sociedade portuguesa: o adiamento do primeiro e do segundo filho.
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spelling Uma coisa é aquilo que eu gostaria, outra é aquilo que será possível... Tempos de incerteza e a incerta transição para o 2º filhoFecundidadeDecisões reprodutivasA fecundidade portuguesa é actualmente uma das mais baixas da Europa, quando nos anos 70 era ainda uma das mais elevadas. Desde então tem registado um declínio persistente, mesmo em anos mais recentes, quando a tendência europeia passou a ser de ligeira recuperação. Este declínio singulariza - se pelo adiamento do segundo filh o. Adiar este nascimento passou a ser um comportamento reprodutivo comum, em parte responsável pela visibilidade das descendências de filho único. Uma pesquisa extensiva sobre as trajectórias reprodutivas da coorte de 1970 - 75 expôs a ambivalência em relaçã o a esta transição. Equacionam - se novos requisitos para o exercício de uma parentalidade responsável; insinua - se um ideal de vida childfree ; pesam as considerações em torno das condições de bem - estar que importa garantir. No contexto actual de incerteza, p recarização das condições de vida e recuo do Estado social amplificam - se os custos directos e indirectos da parentalidade e, consequentemente, o adiamento. Esta comunicação pretende dar a conhecer, através da história de um casal, os meandros da negociação conjugal da vinda do segundo filho, numa fase da vida em que o tempo “biológico” começa a escassear, e as circunstâncias biográficas e estruturais que confluem na indecisão e no adiamento. Trata - se de uma primeira análise das entrevistas a casais recolhid as no âmbito da pesquisa em curso sobre o duplo adiamento em marcha na sociedade portuguesa: o adiamento do primeiro e do segundo filho.The Portuguese fertility is currently one of the lowest in Europe, while in the 70s was still one of the highest. Since then there has been a persistent decline, even in more recent years, when the European trend began to be of slight increase. This declin e encloses a singular feature, which is the postponement of the second child. Postponing this birth became a common reproductive behavior, in part responsible for the visibility of the only child offspring. An extensive research on reproductive trajectori es of the cohort of 1970 - 75 highlighted the ambivalence regarding this transition: by bringing new prerequisites for the exercise of responsible parenting; by insinuating a childfree lifestyle ideal; by emphasizing the “minimal set of conditions” (González and Jurado - Guerrero, 2006) that parents must guarantee. In the current context of uncertainty, precariousness of living conditions and retreat of the Welfare State, the direct and indirect costs of parenting amplify and, consequently, the childbearing pos tponement. This paper aims to highlight, through the story of a couple, the negotiation process underlying the transition to the second child, at a stage of life where “biological” time is coming to an end, as well as the biographical and structural circ umstances that flow in indecision and childbearing postponement. This empirical data stem from an ongoing research on the double postponement in Portuguese society: the postponement of the first and of the second child.APS. Associação Portuguesa de SociologiaRepositório da Universidade de LisboaCunha, Vanessa2016-02-02T11:58:56Z20142014-01-01T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/22508porCunha, V. (2014). UMA COISA É AQUILO QUE EU GOSTARIA, OUTRA É AQUILO QUE SERÁ POSSÍVEL... Tempos de incerteza e a incerta transição para o 2º filho. 40 anos de democracia(s): progressos, contradições e prospetivas (pp. 10). Lisboa: APS. Associação Portuguesa de Sociologia. ISBN: 978-989-97981-2-0978-989-97981-2-0info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-20T17:26:49Zoai:repositorio.ul.pt:10451/22508Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-20T17:26:49Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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