Exploring bioorganometallic compounds with ruthenium moietis as antimalarials

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DUARTE, Beatriz Rodrigues
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/129346
Resumo: A malária é uma das doenças parasitárias mais importantes no mundo, causada por cinco espécies de parasitas do género Plasmodium. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2019, ocorreram 229 milhões de casos de malária no mundo e cerca de 409 000 mortes. Atualmente, a OMS recomenda a utilização de uma terapia combinada à base de artemisinina (ART) e derivados (ACTs), que conjuga um derivado de semivida curta com um derivado de longa semivida. Contudo, o maior desafio nestas terapêuticas é o facto do parasita Plasmodium desenvolver resistências aos antimaláricos mais rapidamente do que são introduzidos novos compostos. Já estão descritas resistências à grande maioria dos fármacos, incluindo aos derivados de artemisinina que fazem parte da terapêutica atualmente recomendada. O desenvolvimento de complexos organometálicos no campo da medicina tem progredido rapidamente na última década, sendo explorado o seu potencial como agentes antimaláricos. A ferroquina, um análogo ferroceno da cloroquina, tem sido um agente organometálico antimalárico particularmente bem-sucedido, uma vez que apresenta uma atividade elevada e grande seletividade contra estirpes resistentes de P. falciparum. Apesar do sucesso da ferroquina, com o constante aparecimento de resistências, continua a ser necessário procurar novas alternativas. Desta forma, foram realizados testes in vitro com dois objetivos: otimizar as condições do teste de suscetibilidade com SYBR™ Green I e avaliar a atividade antimalárica de cinco compostos organometálicos (RuGly1, RuGly2, TM34, PF1 e PF2) em culturas de três estirpes de P. falciparum (3D7, IPC5202 (1240) e Dd2). Os resultados obtidos permitiram concluir que foram otimizadas as condições do teste de suscetibilidade e que todos os compostos testados apresentavam atividade antimalárica em pelo menos uma das estirpes resistentes, corroborando o potencial antimalárico dos complexos organometálicos. Os compostos TM34 e PF1 foram os compostos mais promissores, apresentando valores de IC50 inferiores a 100 nM.
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