As Síndromes Mielodisplásicas - Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/97830 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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As Síndromes Mielodisplásicas - Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoMyelodysplastic Syndromes - Pathophysiology, Diagnosis and TreatmentSíndromes MielodisplásicasEritropoietinaRecetor da EritropoietinaTransdução de SinalVariação GenéticaMyelodysplastic SyndromesErythropoietinErythropoietin ReceptorSignal TransductionGenetic VariationTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: As Síndromes Mielodisplásicas (SMD) representam um grupo heterogéneo de doenças clonais da célula estaminal hematopoiética. São as neoplasias hematológicas mais frequentes nos idosos, com elevado risco de progressão para Leucemia Mieloide Aguda (LMA), sobrevivência global baixa e resistência às terapêuticas convencionais. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão atual da literatura existente acerca das Síndromes Mielodisplásicas, principalmente a nível da sua fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Material e Métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica predominantemente no motorde busca PubMed, combinando os termos “myelodysplastic syndromes” e “erythropoietin”. Pesquisas adicionais foram efetuadas no Cochrane Library, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Acta Médica Portuguesa e Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). Deu-se preferência à literatura publicada nos últimos 10 anos, tendo-se procedido à seleção dos artigos com base na adequabilidade temática, fator de impacto da fonte da publicação, número de citações e edição em inglês, português, espanhol ou francês.Resultados: A patogénese das SMD parece relacionar-se com a ocorrência de uma sequência de alterações genéticas/epigenéticas na célula progenitora hematopoiética multipotente, sendo que o sistema imune parece ainda desempenhar um papel na supressão da função da medula óssea. Estes mecanismos celulares e moleculares podem ainda influenciar o elevado risco de progressão para LMA. Adicionalmente, as células neoplásicas parecem possuir capacidade de subversão do eixo EPO/EPOR, com ativação de diversas vias de sinalização celular, o que se associa a progressão tumoral. Os Agentes Estimuladores da Eritropoiese (ESA), frequentemente usados como terapêutica de primeira linha, falham na indução de uma resposta sustentável em muitos casos. Estudos recentes têm proposto novos fármacos como alternativas ou associados às terapêuticas atuais.Conclusão: A heterogeneidade clínica das SMD reflete os diversos mecanismos fisiopatológicos responsáveis pelo seu desenvolvimento e progressão para LMA. O diagnóstico das SMD assenta principalmente nos achados morfológicos de displasia medular em doentes com evidência clínica de hematopoiese ineficaz. Atualmente, a decisão terapêutica baseia-se na aplicação de scores de prognóstico. Os progressos recentes no entendimento da fisiopatologia têm permitido o desenvolvimento de fármacos específicos, pelo que o futuro das estratégias terapêuticas pode passar pela contínua aposta na investigação deste grupo de patologias.Introduction: Myelodysplastic Syndromes (MDS) represent a heterogeneous group of hematopoietic stem cell clonal disorders and the most frequent hematologic neoplasms in the elderly, with a high risk of progression to Acute Myeloid Leukaemia (AML), low overall survival and resistance to conventional therapies. Aim: This paper aims to review the current existing literature about Myelodysplastic Syndromes, mainly in terms of its pathophysiology, diagnosis and treatment.Material and Methods: A bibliographic research was carried out predominantly on the PubMed search engine, combining the terms “myelodysplastic syndromes” and “erythropoietin”. Additional research was carried out in the Cochrane Library, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Acta Médica Portuguesa and Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). Preference was given to the literature published in the last 10 years, with the selection of articles based on thematic suitability, impact factor of the publication source, number of citations and edition in English, Portuguese, Spanish or French.Results: The pathogenesis of MDS seems to be related to a sequence of genetic/epigenetic changes in the multipotent hematopoietic progenitor cell, with the immune system also playing a role in supressing bone marrow function. These cellular and molecular mechanisms can also influence the high risk of progression to AML. Additionally, neoplastic cells seem to have the capacity to subvert the EPO/EPOR axis, activating several cell signalling pathways, which is associated with tumour progression. Erythropoiesis-Stimulating Agents (ESA), often used as first-line therapy, fail to induce a sustainable response in many cases. Recent studies have proposed new drugs as alternatives or in association with current treatment strategies.Conclusion: The clinical heterogeneity of MDS reflects the different pathophysiological mechanisms responsible for its development and progression to AML. The diagnosis of MDS is based mainly on the morphological findings of bone marrow dysplasia in patients with clinical evidence of ineffective haematopoiesis. Currently, the therapeutic decision is based on prognostic scores. Recent advances in the understanding of its pathophysiology have allowed the development of specific drugs. The future of therapeutic strategies may involve continuous investment in the investigation of this group of disorders.2020-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/97830http://hdl.handle.net/10316/97830TID:202711960porCabral, Joana Oliveira Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T09:46:41Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/97830Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:15:46.824279Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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