A lentidão que estimo: Uma autoanálise sociológica e política

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lannoy, Pierre; Faculté de Philosophie et Sciences Sociales, Institut de Sociologie, Centre METICES, Université Libre de Bruxelles
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://www.dosalgarves.com/index.php/dosalgarves/article/view/90
Resumo: A partir de narrativas breves de experiências pessoais de slow travel, este artigo analisa as dimensões que, aos olhos do autor, se atribuem a estas práticas: consistência e um valor genuíno. Slow travel, todavia, não é apenas uma aspiração pessoal; surge também como o critério de pleno valor, sob o nome de slow tourism. No entanto, será que este critério de lentidão reflete o tipo de experiências que traz tanta satisfação pessoal ao autor? Este artigo responde a esta pergunta a partir da autoanálise detalhada das condições de satisfação pessoal através de experiências de slow travel, e demonstra que a “não imersão”, as sensações corporais incomuns e técnicas, a antecipação visual e o isolamento simbólico são os seus principais ingredientes. Estas dimensões serão, depois, comparadas com os princípios de slow tourism, argumentando que as duas formas de viajar nada têm em comum, para além do nome, porque estão baseadas em estruturas de apreciação radicalmente distintas.
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spelling A lentidão que estimo: Uma autoanálise sociológica e políticaThe slowness I cherish: An attempt at sociological and political self-analysisnavegação interna; escalada; técnicas corporais; distinção simbólica; intermediários; prazer turísticoinland navigation; hill-walking; body techniques; symbolic distinction; intermediaries; touristic enjoymentA partir de narrativas breves de experiências pessoais de slow travel, este artigo analisa as dimensões que, aos olhos do autor, se atribuem a estas práticas: consistência e um valor genuíno. Slow travel, todavia, não é apenas uma aspiração pessoal; surge também como o critério de pleno valor, sob o nome de slow tourism. No entanto, será que este critério de lentidão reflete o tipo de experiências que traz tanta satisfação pessoal ao autor? Este artigo responde a esta pergunta a partir da autoanálise detalhada das condições de satisfação pessoal através de experiências de slow travel, e demonstra que a “não imersão”, as sensações corporais incomuns e técnicas, a antecipação visual e o isolamento simbólico são os seus principais ingredientes. Estas dimensões serão, depois, comparadas com os princípios de slow tourism, argumentando que as duas formas de viajar nada têm em comum, para além do nome, porque estão baseadas em estruturas de apreciação radicalmente distintas.Providing short accounts of personal experiences of slow travelling, the paper analyses the dimensions that, in the eyes of the author, lend these practices a genuine consistency and value. ‘Slow travel’, however, is not just a personal aspiration; it is also promoted as a fully-fledged policy, under the name of ‘slow tourism’. Yet, does the policy’s slowness reflect the same type of experiences as those that bring so much personal satisfaction to the author? The paper answers this question through a detailed self-analysis of the conditions for personal enjoyment of slow travel experiences; it demonstrates that ‘un-embeddedness’, unusual body sensations and techniques, visual anticipation, and symbolic isolation are its main ingredients. These dimensions are then compared with the policy principles of ‘slow tourism’, arguing that these two forms of slowness share nothing in common but their name, because they prove to be based on radically distinct enjoyment structures.Dos Algarves: Tourism, Hospitality & Management JournalDos Algarves: Tourism, Hospitality & Management Journal2017-01-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://www.dosalgarves.com/index.php/dosalgarves/article/view/90Dos Algarves: Tourism, Hospitality & Management Journal; n. 27 (2016); 53-72Dos Algarves: Tourism, Hospitality & Management Journal; n. 27 (2016); 53-722182-5580reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPenghttps://www.dosalgarves.com/index.php/dosalgarves/article/view/90https://www.dosalgarves.com/index.php/dosalgarves/article/view/90/108Copyright (c) 2017 Dos Algarves: A Multidisciplinary e-Journalinfo:eu-repo/semantics/openAccessLannoy, Pierre; Faculté de Philosophie et Sciences Sociales, Institut de Sociologie, Centre METICES, Université Libre de Bruxelles2024-01-27T07:45:29Zoai:ojs.dosalgarves:article/90Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:58:06.390036Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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