“O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Porfírio
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/13123
Resumo: Incorporada ao Símbolo dos Apóstolos, a fórmula cristológica descendit ad inferos remete para uma realidade cultural e teológica veterotestamentária, o sheol, que é profundamente transformada (do ponto de vista teológico) pela revelação neotestamentária. Depois da morte na cruz, Jesus foi sepultado e a sua alma (nepheseh) desceu ao sheol, partilhando a condição de todos os seres humanos. O homem- -Deus é solidário com todos os defuntos, experimenta a derrelicção total e leva a sua obediência ao extremo (a verdadeira “obediência do cadáver”). Essa obediência na derrelicção é simultaneamente uma vitória, que culmina no resgate divino: Deus ressuscitou-o dentre os mortos. Paradoxalmente, Deus identificar-se com Jesus morto! Poderíamos pensar que, no descensus Christi, houve como que uma autoredefinição de Deus a favor de todos os homens, criando uma possibilidade de relação amorosa além-túmulo.
id RCAP_3e84a7ee36ce741a0a7db67ea57f6158
oai_identifier_str oai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/13123
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo“Love Never Fails”: The Descensus Christi and the Life Beyond the Grave“El Amor Jamás Pasará”: El Descensus Christi y la Vida Más Allá de la TumbaMorteSheolSolidariedadeVitóriaAmorDeathSheolSolidarityVictoryLoveMuerteSheolSolidaridadVictoriaODS::04:Educação de QualidadeIncorporada ao Símbolo dos Apóstolos, a fórmula cristológica descendit ad inferos remete para uma realidade cultural e teológica veterotestamentária, o sheol, que é profundamente transformada (do ponto de vista teológico) pela revelação neotestamentária. Depois da morte na cruz, Jesus foi sepultado e a sua alma (nepheseh) desceu ao sheol, partilhando a condição de todos os seres humanos. O homem- -Deus é solidário com todos os defuntos, experimenta a derrelicção total e leva a sua obediência ao extremo (a verdadeira “obediência do cadáver”). Essa obediência na derrelicção é simultaneamente uma vitória, que culmina no resgate divino: Deus ressuscitou-o dentre os mortos. Paradoxalmente, Deus identificar-se com Jesus morto! Poderíamos pensar que, no descensus Christi, houve como que uma autoredefinição de Deus a favor de todos os homens, criando uma possibilidade de relação amorosa além-túmulo.Incorporated into the Symbol of the Apostles, the Christological formula descendit ad inferos refers to a cultural and theological reality of the Hebrew Bible, the sheol, which is profoundly transformed (from the theological point of view) by the New Testament revelation. After his death on the cross, Jesus was buried and his soul (nepheseh) went down to sheol, sharing the condition of all human beings. The God-man is in solidarity with all the deceased, experiences total rejection and takes his obedience to the extreme (the true “obedience of the corpse”). This obedience in the defeat is simultaneously a victory, culminating in the divine rescue: God raised him from the dead. Paradoxically, God identifies himself with Jesus dead! We could think that, in the descensus Christi, there was a kind of self-definition of God in favor of all men, creating a possibility of a loving relationship beyond the grave.Incorporada al Símbolo de los Apóstoles, la fórmula cristológica descendit ad inferos se refiere a una realidad cultural y teológica del Antiguo Testamento, el sheol, profundamente transformado (desde el punto de vista teológico) por la revelación neotestamentaria. Después de su muerte en la cruz, Jesús fue sepultado y su alma (nephesh) bajó al sheol, compartiendo la condición de todos los seres humanos. El Dios-hombre es solidario con todos los difuntos, experimenta el rechazo total y lleva su obediencia al extremo (la verdadera “obediencia del cadáver”). Esta obediencia en el abandono total es simultáneamente una victoria, que culmina en el rescate divino: ¡Dios lo resucitó de entre los muertos! Al identificarse (paradójicamente) con Jesús muerto, podríamos pensar que pudo haber una especie de autodefinición de Dios, a favor de todos los hombres, creando la posibilidad de una relación amorosa. Paradójicamente, ¡Dios se identifica con Jesús muerto! Podríamos pensar que, en el descensus Christi, hubo una especie de autoredefinición de Dios a favor de todos los hombres, creando la posibilidad de una relación amorosa más allá de la tumba.Núcleo de Estudos de Cultura/Universidade Federal de SergipeRepositório AbertoPinto, Porfírio2023-01-11T21:06:58Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/13123por2446-7189https://doi.org/10.32748/revec.v7i18.15986info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T15:44:40Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/13123Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:52:15.295687Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
“Love Never Fails”: The Descensus Christi and the Life Beyond the Grave
“El Amor Jamás Pasará”: El Descensus Christi y la Vida Más Allá de la Tumba
title “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
spellingShingle “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
Pinto, Porfírio
Morte
Sheol
Solidariedade
Vitória
Amor
Death
Sheol
Solidarity
Victory
Love
Muerte
Sheol
Solidaridad
Victoria
ODS::04:Educação de Qualidade
title_short “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
title_full “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
title_fullStr “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
title_full_unstemmed “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
title_sort “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-Túmulo
author Pinto, Porfírio
author_facet Pinto, Porfírio
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Aberto
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinto, Porfírio
dc.subject.por.fl_str_mv Morte
Sheol
Solidariedade
Vitória
Amor
Death
Sheol
Solidarity
Victory
Love
Muerte
Sheol
Solidaridad
Victoria
ODS::04:Educação de Qualidade
topic Morte
Sheol
Solidariedade
Vitória
Amor
Death
Sheol
Solidarity
Victory
Love
Muerte
Sheol
Solidaridad
Victoria
ODS::04:Educação de Qualidade
description Incorporada ao Símbolo dos Apóstolos, a fórmula cristológica descendit ad inferos remete para uma realidade cultural e teológica veterotestamentária, o sheol, que é profundamente transformada (do ponto de vista teológico) pela revelação neotestamentária. Depois da morte na cruz, Jesus foi sepultado e a sua alma (nepheseh) desceu ao sheol, partilhando a condição de todos os seres humanos. O homem- -Deus é solidário com todos os defuntos, experimenta a derrelicção total e leva a sua obediência ao extremo (a verdadeira “obediência do cadáver”). Essa obediência na derrelicção é simultaneamente uma vitória, que culmina no resgate divino: Deus ressuscitou-o dentre os mortos. Paradoxalmente, Deus identificar-se com Jesus morto! Poderíamos pensar que, no descensus Christi, houve como que uma autoredefinição de Deus a favor de todos os homens, criando uma possibilidade de relação amorosa além-túmulo.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2021-01-01T00:00:00Z
2023-01-11T21:06:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.2/13123
url http://hdl.handle.net/10400.2/13123
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2446-7189
https://doi.org/10.32748/revec.v7i18.15986
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Núcleo de Estudos de Cultura/Universidade Federal de Sergipe
publisher.none.fl_str_mv Núcleo de Estudos de Cultura/Universidade Federal de Sergipe
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799135114931732480