Estudo molecular da epidemiologia da infecção por rhinovirus na região do grande Porto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Filipa Antunes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/2262
Resumo: Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Microbiologia Clínica.
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spelling Estudo molecular da epidemiologia da infecção por rhinovirus na região do grande PortoDissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Microbiologia Clínica.As Rhinoviroses estão entre as causas mais frequentes de infecções agudas do trato respiratório em humanos, e estão geralmente associadas às constipações, o que representa, por si só, a causa mais relevante de absentismo escolar e laboral. O presente estudo teve como objectivo estudar, pela primeira vez, num estudo longitudinal sistemático, a presença do Rhinovirus na narina de jovens voluntários saudáveis da região do Grande Porto. O primeiro passo em direcção a essa meta, foi o desenvolvimento de um Semi-Nested-RT-PCR-em-Tempo-Real para a detecção do Rhinovirus. Contrariamente às nossas expectativas iniciais, a falta de um controlo positivo para o Rhinovirus C não nos permitiu desenvolver um protocolo específico para esta espécie viral, e os primers utilizados (descritos anteriormente por outros), não permitiram a detecção específica de Enterovírus (agora reclassificado no mesmo género que o Rhinovirus). No entanto, o protocolo desenvolvido é capaz de detectar Rhinovirus A e B, que são as espécies mais abundantes desses vírus. Para o estudo da epidemiologia da infecção por Rhinovirus, foram colhidas 248 zaragatoas nasais entre Outubro de 2009 e Setembro de 2010 representando trinta e seis alunos voluntários da Universidade Fernando Pessoa. Por razões orçamentais, foram analisadas apenas 138 amostras representativas de dezassete voluntários para a presença do RNA de Rhinovirus. O Rhinovirus foi detectado ao longo de todo o ano, mas apresentou-se significativamente mais frequente nos meses frios (Outubro a Março). Foi também encontrada uma relação significativa entre a presença do RNA de Rhinovirus e o número de sintomas apresentados pelos voluntários. Na verdade, o Rhinovirus foi encontrado com maior frequência em indivíduos que relatam a presença de pelo menos seis sintomas relacionados com a constipação do que indivíduos com menos sintomas. O estudo permitiu, também o acompanhamento dos voluntários durante todo o ano. Isto permitiu-nos demonstrar claramente que um indivíduo é repetidamente infectado durante este período. Os dados não incluem, até agora, a caracterização genética dos vírus envolvidos e, portanto, não podemos afirmar que essas reinfecções foram originadas pelo mesmo ou por um Rhinovirus diferente. No entanto, ficou claro que a resolução de uma infecção por Rhinovirus tem pouco efeito na duração do período em que os voluntários se mantêm livres de Rhinovirus no resto do ano. Em conclusão, o presente estudo permitiu, pela primeira vez, o estudo sistemático de infecção por Rhinovirus em jovens voluntários saudáveis residentes na zona do Porto, mostrando que a infecção por Rhinovirus é de facto muito frequente e está associada (embora nem sempre) com o aumento de sintomas relacionadas com as constipações. Rhinoviroses are among the most frequent cause of acute upper respiratory tract infections in human, and are usually associated with the common cold, representing, per se, the single most relevant cause of school and work absenteeism. In the present study, we aimed at studying, for the first time, in a systematic longitudinal study, the presence of Rhinovirus in the nostril of healthy young voluntaries from Oporto, Portugal. As a first step towards that goal, we developed a Real-Time-Semi-Nested-RT-PCR for the detection of Rhinovirus. Contrary to what was our initial expectations, the lack of a Rhinovirus C control did not allow us to develop a specific protocol for this viral species, and the primers used (previously described by others) did not allow the specific detection of enteroviruses (now reclassified in the same genus as Rhinoviruses). However, the protocol developed is capable of detecting Rhinovirus A and B, which are the most abundant species of these viruses. To study the epidemiology of Rhinovirus infection, two hundred and forty eight nasal swabs were collected between October 2009 and September 2010 from thirty six voluntary students of University Fernando Pessoa. For budged reasons, only one hundred and thirty eight samples representative of seventeen voluntaries were analyzed for the presence of Rhinovirus RNA. Rhinoviroses were detected throughout the year, but significantly more frequently in the cold months of October to March. The presence of Rhinovirus RNA was also found to be significantly related to the number of symptoms presented by the voluntaries. In fact, individuals reporting the presence of at least six symptoms related to common cold were found to harbor Rhinovirus most frequently than individuals with fewer symptoms. The study design also allowed the follow-up of the volunteers throughout the year. This has allowed us to clearly demonstrate that one individual is repeatedly infected over a one year period. The data did not include, so far, the genetic characterization of the viruses involved, and thus we cannot state weather these reinfections are by the same or by a different Rhinovirus. Nevertheless, it became clear that resolution of a Rhinovirus infection has little effect in the duration of a Rhinovirus free status for the rest of the year. In conclusion, the present study allowed, for the first time, the systematic study of Rhinovirus infection among Healthy Young individuals residing in the Oporto area, showing that Rhinovirus infection is indeed very frequent and is associated (albeit not always) with increased common cold related symptoms.[s.n.]Cabeda, José ManuelRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaCorreia, Filipa Antunes2011-12-30T14:34:35Z2011-01-01T00:00:00Z2011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/2262porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:01:45Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/2262Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:39:23.403845Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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