As imagens que nos aprisionam e a escapada a partir do corpo: sobre Dietmar Kamper
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34632/comunicacaoecultura.2007.456 |
Resumo: | In communication’s area, Dietmar Kamper is an outsider. For him, the universe of images is our new Cavern, a kind of prison from where no one can ever escape. We look for images because we have got an “initial wound”: we want to go back to mother’s uterus but we are not allowed to do this. At the same time we do not want to enter the world. The images protect us from the world pains, they turn bearable the unbearable and nourish us as well. Lacan did utilize the mirror as symbol of body’s fragmentation but according to Kamper television goes much farer: it changes the time flux in flux of points. The exit of images’ cavern is not possible neither through machines (the symbolical) nor through God (the imaginary) but 224 | Recensões just through the body (the real). It is the only thing that is inaccessible to the mass media. But not any body, but just the body as a “theatre without director”, a prelinguistic body, a body that feels the world. Turn the media declarations against themselves, make the option for the silence that cries, change the luminosity for the twilight and, above all, write to denounce what is going on are his weapons. |
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As imagens que nos aprisionam e a escapada a partir do corpo: sobre Dietmar KamperIn communication’s area, Dietmar Kamper is an outsider. For him, the universe of images is our new Cavern, a kind of prison from where no one can ever escape. We look for images because we have got an “initial wound”: we want to go back to mother’s uterus but we are not allowed to do this. At the same time we do not want to enter the world. The images protect us from the world pains, they turn bearable the unbearable and nourish us as well. Lacan did utilize the mirror as symbol of body’s fragmentation but according to Kamper television goes much farer: it changes the time flux in flux of points. The exit of images’ cavern is not possible neither through machines (the symbolical) nor through God (the imaginary) but 224 | Recensões just through the body (the real). It is the only thing that is inaccessible to the mass media. But not any body, but just the body as a “theatre without director”, a prelinguistic body, a body that feels the world. Turn the media declarations against themselves, make the option for the silence that cries, change the luminosity for the twilight and, above all, write to denounce what is going on are his weapons.Na área de comunicação, Dietmar Kamper é um outsider. Para ele, nossa nova Caverna é o universo das imagens, prisão da qual aparentemente não há saída. Buscamos as imagens porque temos uma «ferida inicial»: queremos retornar ao útero materno e não podemos. Ao mesmo tempo, tampouco queremos avançar no mundo. As imagens nos livram das dores do mundo, tornam suportável o insuportável e também nos alimentam. Lacan usou-se do espelho como símbolo da fragmentação, mas, para Kamper, a televisão vai muito além dele: ela substitui o fluxo de tempo pelo fluxo de pontos. A saída da caverna das imagens não ocorre pelas máquinas (o simbólico), por Deus (o imaginário), mas sim pelo corpo (o real). É a única coisa que é inacessível aos media. Mas não qualquer corpo, apenas o corpo como «teatro sem diretor», o corpo pré-lingüístico, o corpo que sente o mundo. Virar as declarações mediáticas contra elas mesmas, optar pelo silêncio que grita, trocar a luminosidade pelo lusco-fusco e, acima de tudo, escrever para denunciar o que está aí.Universidade Católica Portuguesa2007-06-01T00:00:00Zjournal articlejournal articlejournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.34632/comunicacaoecultura.2007.456oai:ojs.revistas.ucp.pt:article/456Comunicação & Cultura; No 4 (2007): Terror e terrorismos; 153-174Comunicação & Cultura; n. 4 (2007): Terror e terrorismos; 153-1741646-487710.34632/comunicacaoecultura.2007.n4reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.ucp.pt/index.php/comunicacaoecultura/article/view/456https://doi.org/10.34632/comunicacaoecultura.2007.456https://revistas.ucp.pt/index.php/comunicacaoecultura/article/view/456/404Direitos de Autor (c) 2007 Ciro Marcondes Filhohttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFilho, Ciro Marcondes2022-09-22T10:29:58Zoai:ojs.revistas.ucp.pt:article/456Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:57:50.225386Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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