República de razões

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Ricardo Leite, 1958-
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11067/1211
https://doi.org/10.34628/c9s2-3n04
Resumo: Lusíada. Direito. - ISSN 2182-4118. - S. 2, n. 4-5 (2007). - p. 435-456.
id RCAP_3fbb013e50b39bf7f95ccf78f224230d
oai_identifier_str oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/1211
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling República de razõesRepublicanismoLusíada. Direito. - ISSN 2182-4118. - S. 2, n. 4-5 (2007). - p. 435-456.O neo-republicanismo constitui uma corrente filosófica relativamente recente, inserida na família mais ampla das teorias da democracia. Se bem que colhendo a herança do republicanismo histórico que tem as suas raízes no pensamento de Aristóteles ou Cícero, reformulado na Renascença pelas vozes de Maquiavel ou Arrington e reconceptualizado nos alvores do constitucionalismo pelos escritos de Jefferson ou Montesquieu, o pensamento republicano ganhou novo folego no final do seculo XX quando os estudos históricos de Pocock, Wood e Baylin sabre a revolução americana permitiram o desenvolvimento de uma abundante literatura sabre o papel da virtude, da cidadania e da deliberação política nas sociedades modernas. Apesar das notórias diferenças de pensamento nomes com Skinner, Pettit, Viroli ou Spitz passaram a ser considerados epígonos do neo-republicanismo. Mas outros autores, com Habermas, Walzer, Sandel ou Rawls, não ficaram indiferentes ao novo surto doutrinário. No campo do Direito Constitucional as influências também se fizeram sentir, sendo de referir na literatura jurídica norte-americana os nomes de Michelman, Sunstein, Ackerman ou Sherry. Esse vasto "corpus" ideológico e teórico abriu novas portas para ler e interpretar as Constituições e o Direito Constitucional. Alguns desses contributos acentuaram o papel da virtude, a participação política, a razão dialógica, a deliberação política, a ideia de soberania popular e a modelização da cidadania. Mas o contributo neo-republicano pode também ajudar a densificar o conceito complexo de "forma republicana de governo", presente em muitas Constituições como limite material de revisão constitucional como é o caso da Constituição Portuguesa de 1976. Embora o conceito de forma republicana de governo remeta para uma fisionomia tradicional que o define par recurso ao elemento anti-monárquico, a "rottation in office", a separação de poderes e a constituição mista, pode também ser lido como um "modo de governar". Nesta última perspectiva o neo-republicanismo pode ajudar a re-conceptualizar a forma republicana de governo associando-a ao valor epistémico da democracia deliberativa (reforço da legitimidade e da correcção das decisões políticas colectivas). Este texto procurará centrar-se neste último ponto, reconciliando a teoria republicana com a forma republicana de governo, aspecto que tem sido descurado pelos juristas neo-republicanos.2014-10-08T13:20:20Z2014-10-082014-10-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11067/1211http://hdl.handle.net/11067/1211https://doi.org/10.34628/c9s2-3n04por2182-4118Pinto, Ricardo Leite, 1958-info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-04T01:47:15Zoai:repositorio.ulusiada.pt:11067/1211Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:26:34.193084Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv República de razões
title República de razões
spellingShingle República de razões
Pinto, Ricardo Leite, 1958-
Republicanismo
title_short República de razões
title_full República de razões
title_fullStr República de razões
title_full_unstemmed República de razões
title_sort República de razões
author Pinto, Ricardo Leite, 1958-
author_facet Pinto, Ricardo Leite, 1958-
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinto, Ricardo Leite, 1958-
dc.subject.por.fl_str_mv Republicanismo
topic Republicanismo
description Lusíada. Direito. - ISSN 2182-4118. - S. 2, n. 4-5 (2007). - p. 435-456.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-10-08T13:20:20Z
2014-10-08
2014-10-08T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11067/1211
http://hdl.handle.net/11067/1211
https://doi.org/10.34628/c9s2-3n04
url http://hdl.handle.net/11067/1211
https://doi.org/10.34628/c9s2-3n04
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2182-4118
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136746094460928