Incapacidade auditiva autopercecionada e doença cardiovascular: estudo transversal na população portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Fábio André dos Santos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/164490
Resumo: RESUMO - Introdução: A incapacidade auditiva (IA) representa uma importante componente da carga de doença a nível mundial. Demonstrada a relação entre a doença cardiovascular (DCV) e alterações da função auditiva, torna-se importante perceber os seus determinantes. Esta investigação tem como objetivo medir a associação entre a prevalência de IA e a DCV na população portuguesa e se esta é explicada pelos determinantes socioeconómicos. Metodologia: Analisaram-se os dados do Inquérito Nacional de Saúde de 2019 (N=14.617). Caraterizou-se a amostra dos respondentes com apenas IA e também com DCV. Posteriormente, analisou-se o efeito das variáveis demográficas e socioeconómicas na probabilidade de ter IA e ter ambas, avaliando os Odds Ratio (OR) da regressão logística. Resultados: A prevalência de IA foi 25%; 6% no caso de ter simultaneamente DCV. Os respondentes com DCV tinham uma probabilidade 60% superior de ter igualmente incapacidade auditiva (p < 0,001). Não estar empregado (p = 0,022), residir na região de Lisboa (p = 0,003), ser mais velho (p < 0,001) aumentam a probabilidade de ter IA. Quando analisados os determinantes de ter IA e DCV, menores quintis de rendimento eram igualmente fatores de risco. Conclusões: Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de implementação de políticas de saúde que incentivem a prevenção, rastreio e diagnóstico de perda de audição, sobretudo na população geriátrica e com maior vulnerabilidade socioeconómica, no sentido de diminuir a prevalência da mesma e promover atempada e eficaz reabilitação auditiva nos indivíduos.
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